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Klavi, de Open Finance, levanta US$ 15 mi e atrai 1º aporte do fundo da Vivo

Os recursos serão usados para fortalecer a área de tecnologia e processamento de dados

Foto: Gerd Altmann/Pixabay
Foto: Gerd Altmann/Pixabay

A Klavi, plataforma de soluções de open finance para empresas, é a primeira investida do Vivo Ventures, fundo de corporate venture capital da Vivo. A startup recebeu um cheque de US$ 15 milhões em rodada série A liderada pelos fundos Iporanga Ventures e Parallax Ventures. A Vivo acompanhou o round com um aporte minoritário, assim como o GSR Ventures e a prestadora de infraestrutura bancária CIP S.A.

Os recursos serão usados para fortalecer a área de tecnologia da fintech, com foco em inovações em serviços B2B e seu setor de processamento de dados, além da elaboração de novos produtos. “O aporte nos dará força para desenvolver mais soluções, facilitando o compartilhamento de dados financeiros”, diz Bruno Chan, presidente da Klavi, em nota.

Segundo o executivo, o objetivo é oferecer aos parceiros uma visão 360º das informações de seus clientes, tudo centralizado e em um só lugar. Ele afirma que tudo será feito com o consentimento dos usuários, com dados podendo ser compartilhados com qualquer empresas. A fintech diz estar agregando informações com a CIP S.A e desenvolvendo o primeiro score com dados de boletos.

Para Leonardo Teixeira, sócio da Iporanga Ventures, o que chamou a atenção na Klavi foi a capacidade de a empresa trabalhar dados em escala e entregar um produto concreto aos clientes. “A empresa vem acelerando muito, amadureceu o roadmap de produto e, na contramão de outras empresas, está contratando. Não pensamos duas vezes em coliderar essa rodada”, afirma, em comunicado.

Portabilidade de informações

A Klavi foi fundada em 2020 por Bruno Chan e Stone Zheng. A empresa tem como público-alvo instituições financeiras ou não, mas que precisam de soluções para a portabilidade de informações e o seu processamento. Segundo a startup, suas operações têm mais de 90% de precisão na classificação e a plataforma já processou mais de 450 milhões de transações.

A série A procede um aporte seed de R$ 6,5 milhões feito em 2021 pela Iporanga Ventures com participação da Parallax Ventures. Os recursos foram utilizados para modernizar a arquitetura da sua tecnologia, aprimorando, principalmente, a parte de coleta e processamento de dados através de engenheiros de softwares. A captação atual admite um closing adicional em até 90 dias, com a entrada de outros investidores.

Com um portfólio com banco BV, Telefônica, Mepoupe, Zippi, idwall e Portocred, a Klavi pretende crescer a sua base para mais de 100 clientes ativos até o fim do ano e chegar a mais de 500 até dezembro de 2023. “Enxergamos uma lacuna grande entre o recebimento de dados de Open Finance até a utilização deles para negócios. Vamos facilitar e acelerar a entrada de novos players, por meio das nossas tecnologias SaaS”, explica Bruno.

Para Rodrigo Gruner, diretor de Inovação e Novos Negócios da Vivo, este primeiro investimento do CVC da empresa reforça a tese do fundo, criado para impulsionar a estratégia da operadora como um hub digital. “Buscamos startups com alto potencial de crescimento e retorno, mas que também possam ser conectadas à plataforma de negócios da Vivo para gerar valor para ambos”, afirma. O Vivo Ventures foi lançado em abril de 2022 e prevê investir R$ 320 milhões ao longo de 5 anos.