Negócios

Pravaler compra Workalove em busca de novas receitas

Em sua 3ª compra, edfintech quer ampliar linhas de receita que representem 35% do resultado da empresa em 5 anos

Pravaler
Pravaler. Crédito: Canva

O Pravaler, plataforma que se descreve como uma “edfintech” e que se firmou no mercado nacional de serviços de crédito financeiro estudantil, e fez uma nova aquisição. A companhia anunciou a compra de 100% da Workalove, edtech de soluções para orientação e desenvolvimento de carreiras.

De valor não revelado, esta é a terceira compra do Pravaler no espaço de 1 ano, alinhada com um novo posicionamento da companhia. Segundo destaca o diretor de novos negócios do Pravaler, Rafael Martins, a empresa está com a meta de diversificar suas fontes para criar novas linhas de receita que representem 35% do resultado da empresa em 5 anos.

“É algo que começamos em 2021 com a criação de uma área dedicada a M&As, focados em criar novas linhas de receitas, mas também para atender de forma mais completa o ecossistema de educação, indo da graduação, que é onde temos mais presença atualmente, até o ensino básico e educação continuada, algo que a Workalove traz”, explica o executivo, em entrevista ao Startups.

Fundada em 2017, a Workalove oferece em sua plataforma um programa completo de desenvolvimento de carreira, acompanhando os estudantes ao longo de sua vida acadêmica e também fazendo a ligação com a entrada no mercado de trabalho.

Já para as instituições de ensino, a plataforma da Workalove entrega inteligência para integrar currículos pedagógicos à demandas atuais e futuras do setor produtivo, algo que segundo a fundadora Fernanda Verdolin, é um dos principais desafios das instituições. “Elas (instituições de ensino) estão empenhadas no conceito do lifelong learning, buscando formas de engajar com seus alunos e ex-alunos de forma contínua”, explica.

A companhia já impactou mais de 1,3 milhões de estudantes, está presente em centenas de instituições de ensino privadas e conta com mais de 10 mil empresas cadastradas que usam a plataforma para selecionar e contratar estudantes com mais assertividade.

“A inteligência fornecida pela Workalove é algo inovador e disruptivo para o setor. Ao unirmos as especialidades das duas empresas, conseguimos cobrir de ponta a ponta o ecossistema da educação, oferecendo um portfólio de soluções que nenhuma outra empresa oferece”, destaca Rafael Baddini, co-founder e CPO do Pravaler.

Rafael Martins, diretor de Novos Negócios (camiseta azul)
Fernanda Verdolin, fundadora Workalove (camiseta branca)
Rafael Baddini, CPO (camiseta preta)
Carlos Furlan, CEO (camiseta verde)
Rafael Martins, Rafael Baddini, Fernanda Verdolin e Carlos Furlan, CEO do Pravaler (Foto: Divulgação)

O negócio ainda aguarda a aprovação dos órgãos reguladores, e ao ser concretizado, os 36 funcionários da Workalove serão absorvidos e a plataforma continuará como um produto separado em um primeiro momento, mas aos poucos será integrado ao Pravaler.

Crescimento orgânico e inorgânico

A Workalove é a terceira aquisição do Pravaler desde 2021, quando ligou sua máquina de M&A para expandir sua operação para entregar uma plataforma de ponta a ponta para o ecossistema educacional.

A primeira compra, realizada no fim de 2021, foi a da AmigoEDU, edtech de benefícios integrados a finanças e captação digital. No ano passado, a outra aquisição foi a da Jobs, que trouxe para a plataforma do Pravaler soluções voltadas à parte de empregabilidade.

Apesar de se considerar uma edtech, o Pravaler está há um bom tempo no mercado – cerca de 20 anos – e tem em seu quadro de investidores nomes grandes como o Banco Itaú. Segundo Rafael Martins, atualmente a empresa tem um faturamento acima dos R$ 300 milhões, e viu um crescimento acentuado durante os 2 anos de pandemia. “Crescemos quatro vezes de 2021 para 2022”, sem dar números de receita referentes ao ano passado.

Por falar em dinheiro, a empresa não pretende desligar a máquina de M&A tão cedo, e deve ir ao mercado para agregar novas soluções educacionais à sua plataforma. “Nosso pipeline está a todo vapor, mas sempre alinhado à estratégia de buscar novas receitas dentro do ecossistema educacional”, finaliza o executivo.