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App IRL chega ao fim após admitir que 95% dos usuários eram falsos

Operação é encerrada apenas dois meses após o CEO da empresa, Abraham Shafi, ser suspenso por suposta má conduta

Foto: Bryce Durbin/TechCrunch
Foto: Bryce Durbin/TechCrunch

Durante o ano passado, o CEO e fundador do app de mensagens e unicórnio IRL, Abraham Shafi, por várias vezes disse orgulhosamente que o aplicativo tinha 20 milhões de usuários ativos mensais. Pois bem, ironicamente, 95% desses usuários eram falsos, “automatizados ou de bots”, conforme concluiu uma recente investigação feita pelo conselho de administração da startup.

Então, depois de levantar mais de US$ 200 milhões com o SoftBank, chega ao fim o IRL, alternativa usada principalmente por jovens com menos de 25 anos que não são ativos no Facebook. Segundo reportou o Techcrunch, um porta-voz da empresa afirmou que o dinheiro será devolvido aos acionistas. 

Quem acessa o site do IRL se depara com a seguinte mensagem: “Agradecemos por hospedar os bate-papos da comunidade conosco e desejamos que sua comunidade tenha ótimas conversas em outras plataformas daqui para frente”.

O enrosco acontece apenas dois meses após Abraham Shafi ser suspenso da operação por suposta má conduta. Os problemas internos da empresa se tornaram cada vez mais óbvios a partir de 2022, quando demitiu 25% de sua equipe, ou cerca de 25 funcionários. Na época dos cortes, o então CEO enviou um comunicado aos funcionários dizendo que a empresa tinha “dinheiro mais do que suficiente para durar até 2024”.

O IRL combinava calendário social, mensagens em grupo e eventos. Embora a empresa tenha se concentrado originalmente em ajudar os usuários a descobrir eventos do mundo real, ela mudou seu foco para eventos virtuais em meio à pandemia. Nos últimos dois anos o app passou também a oferecer chat em grupo, perfis de usuário, calendários de grupo e suporte multiplataforma, entre outros recursos.