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Amazon lança cartão no Brasil e público já adotou rápido

Com foco no cashback, cartão de crédito da Amazon com Bradesco e Mastercard já somou 14 mil emissões em menos de 2 semanas

Cartão Amazon
Cartão Amazon. Crédito: divulgação

A Amazon lançou nesta terça-feira (8) de forma oficial o seu cartão de crédito para os clientes brasileiros, cerca de 10 dias depois do produto vazar para o mercado. A aceitação foi rápida, com 14 mil cartões emitidos no período.

Os cartões da varejista norte-americana estão sendo oferecidos em duas modalidades: um para os usuários do Amazon Prime e outro apenas para os clientes da Amazon.com.br. A emissão é feita pela Bradescard, do Bradesco, e leva a bandeira da Mastercard na categoria platinum.

O produto chamou a atenção pelo nível agressivo dos benefícios. Para consumidores do Amazon Prime, o cashback será de 5% para compras na loja; para os clientes da Amazon.com.br, o cashback é de 3%. Ainda, os dois cartões têm retorno de 2% em compras internacionais, restaurantes, drogarias, viagens e entretenimento, e 1% em compras fora da loja.

Em almoço com jornalistas, o presidente da Amazon Brasil, Daniel Mazini, ressaltou que a iniciativa tem o objetivo de recompensar os consumidores da empresa no país. Por isso, os pontos do programa só poderão ser utilizados no site da Amazon, sem data para expirar.

“Nos juntamos para lançar um cartão de crédito que vai suprir muitas das necessidades dos nossos clientes. O brasileiro gosta de e-commerce, está procurando melhores preços e procura por uma melhor experiência. Ele troca muito de e-commerce na hora de fazer a compra. Então, a fidelidade no setor é um dos maiores desafios”, afirmou o executivo.

Neste sentido, os cartões terão, também, anuidade grátis e parcelamento em até 15 vezes, sem juros, para compras a partir de R$ 1.500 — até então, as compras só poderiam ser parceladas em até 10 vezes. No programa, 5% de R$ 100 se tornam R$ 5 em pontos, por exemplo.

“Não somos um banco”

Questionado sobre a possibilidade de a companhia se tornar um banco — um passo adotado por grandes varejistas brasileiras, que ou construíram suas próprias instituições financeiras ou compraram uma —, Daniel negou. “Não somos um banco. No mundo inteiro, a Amazon tem uma visão sobre fintechs e meios de pagamentos. No Brasil, somos uma empresa para o consumidor”, disse.

Neste sentido, ele ressaltou que a gigante do e-commerce trabalha por meio de parcerias no país, a exemplo daquela firmada com a Livelo. Além disso, disponibiliza como meios de pagamentos o Pix, cartão de crédito, débito e boleto bancário.

De acordo com levantamento da Serasa Experian, o Brasil tinha, em junho, 71,45 milhões de inadimplentes, redução de 450 mil sobre o mês anterior. A despeito do número elevado, o diretor vice-presidente do Bradesco, José Rocha Neto, diz que o problema faz parte do setor.

“Quem concede crédito tem inadimplência. Não existe nenhum produto de crédito sem inadimplência, porque faz parte do negócio. O que estamos percebendo é que todas as novas safras de concessão de crédito e de cartão de crédito nos últimos meses já estão vindo com índices de inadimplência mais baixos em relação às concessões feitas há um ano ou um ano e meio”, afirmou o executivo do Bradesco.

Os cartões de crédito da Amazon ainda não têm data para chegar às wallets digitais, tanto no iOS quanto no Android.