Investimento-anjo

FDC Angels faz 2º aporte e quer terminar 2023 com mais cheques

Rede de anjos criada na Fundação Dom Cabral intensifica atividades para fechar o ano com até cinco investidas

FDC Angels
FDC Angels. Crédito: divulgação

A FDC Angels, rede de investidores anjo fundada por ex-alunos da Fundação Dom Cabral, quer botar o pé no acelerador no segundo semestre de 2023. Eles acabaram de anunciar o seu segundo aporte e pretendem fechar o ano com mais.

O ritmo foi retomado com um aporte de R$ 590 mil na startup baiana SDW, especializada em projetos de impacto socioambental em regiões de vulnerabilidade social. Um dos principais pilares dos projetos da SDW é o acesso à água potável e saneamento.

O investimento segue a linha da tese da rede de anjos, que é voltada a oportunidades B2B e B2BC, todas ligadas à soluções de impacto, em áreas como agro, saúde e bem estar, mineração, metalurgia, educação, serviços financeiros, entre outras.

Com o cheque para a SDW, o plano da FDC Angels é chegar até o fim de 2023 com mais investidas, até cinco startups, com aportes de R$ 300 mil a R$1 milhão, e cotas individuais de R$ 20 mil a R$ 100 mil por anjo.

Em entrevista ao Startups, o cofundador e diretor de inovação do grupo, Danilo Nascimento, revelou que a FDC está finalizando o terceiro aporte, em fase de due diligence. “O FDC Angels passou pela fase piloto e agora estamos no início da jornada da escala com as startups que investimos”, afirmou o executivo.

Agora o foco é acelerar o ritmo até o fim do ano, promovendo mais pitch nights para definir novos investimentos – em edições anteriores, a rede já se conectou com mais de 200 startups interessadas. “Com a qualidade de startups que temos, nem precisaríamos fazer mais chamadas, pois temos startups para várias pitch nights, pois levamos apenas três por edição”, explica Danilo.

Reforçando a rede

A FDC Angels teve as suas razões de ter levado tanto tempo entre aportes – a rede foi criada em 2021 e até então só teve uma investida: a edtech U4Hero, que recebeu R$ 400 mil no começo deste ano. Segundo Danilo, eles preferiram tomar o tempo necessário para preparar o movimento de escala que começou agora.

“Diferentemente de muitos grupos de anjos, queriamos começar com a chancela da Fundação Dom Cabral, contando com o apoio em governança da fundação. Trabalhamos quase dois anos neste processo”, explica o executivo. Além disso, neste tempo foi montado um grupo de diretores para tornar os processos mais sólidos.

O investimento de tempo foi empregado na ampliação da rede de investidores, que agora é composta por mais de 80 pessoas. A expectativa da rede é passar de 80 membros para 300, em dois anos. Para isso, a FDC Angels conta com a ajuda da Baanko, organização focada em desenvolvimento de negócios com foco sustentável.

Segundo o grupo de anjos, agora o plano é acelerar e, para isso, estão trazendo parceiros estratégicos, cada um deles atrelado a uma vertical, criando teses sob medida para cada setor. Um exemplo é o da incorporadora MRV, que se tornou o parceiro estratégico na parte de construtechs.

“Tudo isso sempre com foco na nossa missão que é alavancar empreendedores e empreendimentos de impacto espalhados pelo País. Esse ano serão 5, ano que vem 10 e assim vamos aumentando cada vez mais nosso impacto”, completa Ricardo Blandy, fundador e diretor executivo da FDC Angels.