A Blip, startup de soluções de chatbots de atendimento, não escapou da tendência que vem assolando o mercado há mais de um ano. Nesta segunda-feira, a empresa realizou uma demissão em massa, dispensando cerca de 143 funcionários.
O corte foi confirmado pela companhia, e equivale a aproximadamente 9% do quadro de colaboradores. Segundo mostra a página da startup no LinkedIn, ela conta com cerca de 1700 funcionários.
Em nota enviada ao Startups, a Blip afirmou que a reestruturação “visa manter o compromisso de crescimento e rentabilidade da empresa, diante do cenário macroeconômico nacional e internacional do momento”.
Além disso, a companhia afirmou que está apoinando cada uma das pessoas envolvidas, estendendo seus planos de saúde, Odonto, Gympass, Psicologia Viva e vale alimentação/refeição por 2 meses a partir da data do desligamento, além de oferecer o Linkedin Premium por igual período.
“A empresa já está colocando em prática também um plano de ação para recomendar estes profissionais no mercado de trabalho”, completou a empresa em nota enviada ao Startups.
Uma planilha com profissionais impactados já circula nas redes sociais, e até agora cerca de 54 nomes já estão listados, vindos de áreas variadas como TI, produto e vendas, entre outras. Os relatos de funcionários impactados já vêm circulando no LinkedIn desde o começo da manhã.
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Segundo alguns destes relatos, o anúncio da demissão em massa pegou vários de surpresa, já que a empresa parecia não se afetar com os layoffs que vêm acontecendo no mercado. “Em Blip o tema ‘layoff’ sempre vinha acompanhado de ‘fiquem tranquilos! Não está acontecendo layoff aqui'”, afirmou uma ex-funcionária.
“Ainda estou digerindo a informação tão repentina e a forma comunicada, mesmo depois de tanto dizerem para não nos preocupar sobre. Mas sim, hoje encerro meu ciclo dentro da Blip“, afirmou outra profissional afetada pelos cortes em post no LinkedIn.
Mesmo capitalizada, demitiu
Diferentemente de muitas startups, a Blip chegou a levantar uma rodada de respeito mesmo no começo do inverno do venture capital. Em junho do ano passado ela captou US$ 70 milhões em rodada liderada pela Warburg Pincus.
Na época, a empresa destacou que o aporte daria fôlego para a empresa continuar seu ritmo de expansão, inclusive em mercados internacionais.
Outro movimento recente da startup foi na sua marca. Em junho, a empresa tirou o Take do seu nome, passando a responder apenas por Blip. Além disso, seu mascote, o Blippinho, foi reformulado. E os colaboradores da empresa, até então conhecidos como “Take.seres” passam a ser chamados de “Blippers”.
