Fintech

Pomelo capta US$ 40M e acelera planos de crescimento na América Latina

Com a rodada série B liderada pela Kaszek, fintech soma US$ 103 milhões em aportes desde a sua fundação, em 2021

Pomelo
Fundadores da Pomelo (Foto: Divulgação)

A Pomelo está começando o ano com o pé direito. Menos de dois anos desde a sua última captação, a fintech de infraestrutura para o mercado de pagamentos na América Latina, acaba de anunciar que recebeu US$ 40 milhões em uma nova rodada de investimentos. A série B foi liderada pela Kaszek, que entra na startup como novo investidor, e contou com a participação dos também novos investidores Endeavor Catalyst, S32 e TQ Ventures, além do follow-on de monashees, Index Ventures, Insight Partners e Alter Global.

“Estamos muito felizes por começar 2024 com este aporte e contar com o apoio da Kaszek e de vários dos fundos de investimento mais prestigiados do mundo. Este feito confirma que estamos seguindo na direção certa e consolidando nossa liderança na região”, afirma Gastón Irigoyen, CEO e cofundador da Pomelo, em nota.

Desde sua fundação, em 2021, a startup já levantou US$ 103 milhões. A última rodada, no valor de US$ 15 milhões, foi anunciada em agosto de 2022 como uma extensão da série A do ano anterior. Agora, com o caixa reforçado, a Pomelo vai impulsionar ainda mais o seu plano de crescimento, utilizando o capital recebido para investir em tecnologias disruptivas que transformem os pagamentos com cartões no Brasil e em toda a América Latina. 

“Em 2024, com este importante investimento recebido, continuaremos apoiando nossos clientes a expandirem seus negócios de cartões com segurança, velocidade e uma jornada 100% digital”, pontua Rafael Goulart, country manager da Pomelo no Brasil. Segundo o executivo, a fintech, impulsionada pela necessidade dos emissores no desenvolvimento de novas propostas de valor em função dos avanços na agenda regulatória, se destaca no mercado brasileiro por meio de sua plataforma nativa em nuvem, que vem sustentando esse movimento.

No último ano, a startup multiplicou por sete seu volume de pagamentos, atingindo uma capacidade de processamento de 55 milhões de transações diárias. Segundo a Pomelo, esse avanço permitiu-lhe fortalecer alianças estratégicas com grandes players como Visa e Mastercard em todos os países onde opera. A projeção para 2024 é dobrar o tamanho do seu negócio.

Negócio em expansão

A Pomelo é especialista no desenvolvimento de infraestrutura tecnológica para emissão, processamento e gestão de pagamentos com cartões. Fundada por Gastón Irigoyen, Hernan Corral e Juan Fantoni, empreendedores Endeavor e ex-executivos da Mastercard, Mercado Pago e Naranja X, a fintech permite que empresas locais e internacionais ofereçam cartões pré-pagos, de débito e crédito aos seus clientes em vários países, com uma única integração tecnológica e a uma fração do custo.

Em apenas três anos, a startup expandiu para os mercados mais importantes da região (Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru). Atualmente, a companhia conta com centenas de clientes corporativos incluindo bancos, empresas multinacionais e startups de tecnologia como Rappi, Nomad, Bitso, Stori, Payjoy e AstroPay

“A Pomelo lidera uma nova geração de empresas de infraestrutura de pagamentos na América Latina e, na Kaszek, estamos muito entusiasmados em apoiá-los ativamente nesta etapa de expansão. A empresa demonstrou uma tração excepcional em um período de tempo muito curto, o que confirma a superioridade de sua solução tecnológica e a grande capacidade de execução deste time de empreendedores que conhecemos há anos”, diz Nicolas Szekasy, cofundador e managing partner da Kaszek, que se juntará ao Conselho da Pomelo. Além dele, Caio Bolognesi, partner da monashees, também passa a ser membro do board.

Há cerca de um ano, a Pomelo recebeu a autorização do Banco Central (BC) para operar como instituição de pagamento (IP) nas modalidades emissor de moeda eletrônica (pode gerir contas de pagamento pré-pagas) e também emissor de instrumento de pagamento pós-pago (por exemplo, cartão de crédito). Na época, a fintech disse que a autorização permitiria à empresa ampliar seu conjunto de soluções e consolidar sua presença no mercado local.