Martech

Após dobrar de tamanho, Copybase levanta R$ 1M com DOMO

Com aporte, martech de IA generativa quer ampliar carteira de clientes, estruturar time de vendas e crescer 2,5x em 2024

Copybase
Copybase. Crédito: Startups

Há exatamente um ano, falamos aqui no Startups sobre a Copybase, martech de inteligência artificial para apoiar agências e empresas na produção de conteúdos de marketing. De um ano pra cá, com o boom da IA como um todo, a companhia surfou uma onda de crescimento e, agora, chegou à sua primeira rodada institucional, levantando R$ 1 milhão com a DOMO.VC.

“Naquela época, tínhamos acabado de lançar nossa versão B2B e desde então conseguimos desenvolver muito bem a nossa base de clientes, que dobrou para mais de 2 mil empresas. O time dobrou também, e estamos chegando a 20 pessoas”, afirma o cofundador e CEO da Copybase, Sérgio Fernandes, em entrevista exclusiva ao Startups.

Agora com o reforço no caixa, o plano da companhia é desenvolver ainda mais a sua estrutura de vendas, assim como reforçar sua frente de desenvolvimento com talentos mais sênior. “Queremos garantir mais possibilidades técnicas para a plataforma, incluindo o desenvolvimento de modelos próprios”, destacou Sérgio. Inicialmente, a companhia desenvolveu sua inteligência em cima de modelos de terceiros, como da OpenAI, criadora do ChatGPT.

Focada em agências e empresas de pequeno e médio porte, a Copybase avalia que este é um mercado com enorme potencial no Brasil. “Há aproximadamente 10 milhões de empresas possíveis de nos contratar. O potencial é gigante. Por sermos precursores na IA generativa para marketing no país, temos baixa concorrência e alto número de oportunidades”, comenta.

Segundo Sérgio, atualmente 25% da sua carteira de clientes são PMEs – e a fatia está aumentando. A maior parte são agências que utilizam a plataforma para atender à demanda de empresas. Entretanto, de acordo com o executivo, mais companhias estão levando a Copybase para dentro de seus times de marketing, usando a solução para gerenciar suas demandas com agências. “A partir da nossa plataforma, as agências se tornam mais operadores das demandas, mas as empresas detém o controle dos dados”, explica.

Felipe Dias (CTO) e Sergio Fernandes (CEO), fundadores da Copybase (Crédito: divulgação)
Felipe Dias (CTO) e Sérgio Fernandes (CEO), cofundadores da Copybase (Crédito: Divulgação)

Com o plano de crescimento traçado, a expectativa da Copybase é dobrar ou triplicar de receita até o fim do ano. “Crescemos rapidamente em pouco tempo de operação e agora estamos em um momento de mudança na nossa base, adquirindo mais clientes business e alguns enterprise”, pontua o CEO. De acordo com o executivo, isso também envolverá investimento no time comercial, aumentando o fluxo de vendas consultivas. “Temos quatro pessoas atualmente no time de vendas, mas vamos duplicar ou triplicar até o fim do ano”, completa.

Com estes novos movimento, a companhia já tem planos de abocanhar clientes de maior porte – inclusive, já tem algumas contas grandes, mas este não é o foco no momento. “O enterprise pode entrar no plano, mas não nos próximos 12 meses pelo menos. Isso seria papo para uma outra rodada”, dispara.

Procurada pelos fundos

Perguntado sobre o caminho até o fechamento da captação, Sérgio revela que a companhia foi procurada por diversos fundos durante 2023, mas se segurou até o fim do ano no bootstrapping até bater o martelo com a DOMO, além de alguns investidores-anjo estratégicos como Rodrigo Tognini (Conta Simples), Rodrigo Ricco (Octadesk), Pedro Sant’Anna (Allu), Bruno Portnoi (Sem Parar), entre outros.

“Conversamos com alguns fundos, mas pro-ativamente não precisamos ir atrás de nenhum, pois a maré estava a favor da IA. A prospecção que fizemos foi com os investidores-anjo, com nomes que trouxessem não apenas o dinheiro, mas também o conhecimento e conexões”, revela Sérgio, que fundou a companhia ao lado do CTO, Felipe Dias.

No caso da DOMO, as conversas com o fundo já rolavam desde os primórdios da martech, ainda em 2022, mas só evoluíram no segundo semestre de 2023. O cheque foi assinado no fim do ano. “Outros fundos se interessaram em entrar nessa rodada, mas preferimos fechar apenas com um para não diluir tanto o capital e não ter que dividir atenção com dois investidores institucionais nesse momento”, avalia Sérgio, deixando a porta aberta para outros VCs em uma rodada mais adiante.

Aliás, por falar em diluição de capital, a companhia também acabou captando menos do que tinha previsto há um ano. Em entrevista ao Startups em março de 2023, a expectativa da Copybase era levantar algo entre R$ 1,5 milhão e R$ 4 milhões em sua rodada pré-seed. “O valuation ficou dentro do que estabelecemos, mas captamos menos para diluir menos, pois tinha receita entrando”, pontua.

“Vimos na Copybase um potencial de alta escalabilidade, já que ela atua em um mercado que tem crescido substancialmente, o da IA generativa, e que pode crescer em direção a um segmento de mercado sempre pujante, o das pequenas e médias empresas. Estamos bastante otimistas com a adição da startup ao nosso portfólio”, completa Mario Letelier, sócio da DOMO.VC, em nota.