A ROCK acabou de nascer, mas já chega ao mercado brasileiro com números grandes. Bancada por um investimento de R$ 300 milhões do fundo Hindiana e com sócios de renome, a companhia quer se firmar como a primeira “encantech” do país.
Definida pelos sócios como uma solução completa para engajamento de clientes, a ROCK é resultado também de uma série da aquisições. Formado pelas recém-adquiridas companhias Directo.ai, Izio&Co, LL Loyalty, Propz e a retailtech Bnex, o grupo que constitui a ROCK já começa suas operações cobrindo diversos segmentos do mercado brasileiro com as suas soluções baseadas em inteligência de dados e fidelidade.
Os produtos da ROCK são voltados, principalmente, para varejos de grande e médio porte, em segmentos de alta competitividade. No portfólio da companhia estão soluções de CRM, gestão de fidelidade e marketplace, cashback omnichannel, inteligência de mercado e geográfica, shopper analytics, algoritmos de personalização de ofertas, automação promocional, entre outras.
A carteira da encantech já compreende cerca de 320 clientes ativos, incluindo marcas como Arezzo, JHSF, Itaú Shop, Assaí, Supermercados BH, Plurix, Pague Menos, Farmácias São João, entre outras. Para 2024, a empresa espera fechar o ano com uma receita de R$ 100 milhões, com a meta de dobrar este valor em 2025.
“Somente com as soluções SaaS em CRM, já são mais de 130 milhões de usuários cadastrados nos programas de fidelidade e benefícios administrados para os varejistas clientes, totalizando mais de R$ 310 bilhões de GMV (Volume Bruto de Mercadorias) e de 1,3 bilhão de transações por ano”, destacou a companhia, em comunicado.
Nomes de peso
Contudo, para sustentar toda essa ambição, a ROCK tem no seu cockpit empresários de renome. A companhia é capitaneada por Carlos Formigari, fundador da Netpoints Fidelidade e ex-CEO da Itaucard, e por Jorge Ramalho, ex-CTO do Itaú e CIO da Alpargatas.
Vale frisar também sobre os investidores. O fundo Hindiana é comandado por ninguém menos que Alfredo Villela, um dos herdeiros do Itaú. Aliás, a criação da ROCK remete a movimentações no portfólio da Hindiana. Formigari se associou no início do ano à Izio&Co, empresa de cashback comprada há quatro anos pelo fundo de private equity, com o objetivo de expandir o negócio.
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Passados seis meses – e com algumas centenas de milhões do Hindiana, a Izio se transformou em ROCK, com Carlos se firmando como CEO e e estruturando a encantech a partir das demais aquisições – todas companhias com soluções complementares ao plano geral da companhia, de se estabelecer como uma fornecedora completa para a jornada de relacionamento e engajamento dos clientes.
“Estamos abraçando a missão de catalisar a mudança, estabelecendo novos paradigmas para a indústria de inteligência de varejo e consumo”, reforça o CEO. “O varejo é inovador por necessidade, visto que depende do olhar atento para as evoluções do consumidor. Por isso, estruturamos uma plataforma que analisa as compras, personaliza ofertas e promove mudanças de comportamento mensuráveis”, complementa Carlos Formigari, em comunicado.
Mais M&As vem aí?
Mesmo com todos os M&As realizados em questão de meses, a ROCK não descarta a posibilidade de voltar ao mercado em breve para continuar impulsionando seu crescimento de forma inorgânica.
A companhia afirmou em comunicado que deve manter uma postura ativa no mercado, identificando e mapeando oportunidades de aquisição de novas empresas que complementem sua estratégia de negócios.
Segundo Carlos Formigari, os próximos movimentos de M&A devem focar em empresas comprometidas com a promoção e o encantamento dos clientes, bem como na excelência na era digital, remetendo ao acrônimo que forma o nome da companhia: “Return On Customer Knowledge”.
“Precisamos fazer jus a essa definição”, pontua o CEO. “Cada pessoa e parceiro envolvido nessa jornada precisa valorizar a autenticidade, afinal, só a celebração da individualidade pode tornar os clientes únicos em meio a um cenário dinâmico e desafiador como o atual. Então, vamos continuar sempre em busca daquilo que nos torna excepcionais”, conclui.
