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Não está sendo fácil

coronavirus startups
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A coisa está tão doida que não consegui mandar a news da semana passada e a dessa semana vai bem atrasada. Peço desculpas, mas não está sendo fácil! Espero que não aconteça novamente.

E aí, como vocês estão se virando? Acho que 2020 já deu, né? Pode começar 2021? Abri uma nova thread para quem quiser compartilhar um pouco das angústias, percepções e experiências neste momento sem precedentes.

Na startuplândia, tudo continua movimentado, por enquanto. Claro que, assim como em todos os outros setores, os impactos vão depender do tempo que a pandemia e as medidas tomadas para combatê-la se estendam. A tendência é que as coisas só se acalmam lá pra Maio/Junho. Em termos de economia, as previsões já são de um ano perdido, sem chance de uma retomada no segundo semestre, infelizmente. Quem recebeu aporte em dólar recentemente deve estar feliz com o dólar a R$ 5. Mas é aquele sorriso amarelado de nervoso.

À primeira vista, startups voltadas ao B2B tendem a sofrer mais, principalmente as que atendem pequenos negócios, que têm menos disponibilidade de caixa para segurar momentos de dificuldade – nem todo mundo tem US$ 9 bilhões à disposição como a AB InBev. Quem está no B2C também pode sofrer com as pessoas eventualmente perdendo emprego ou ficando receosas em gastar dinheiro.

Aplicativos de entrega como iFoodUber EatsRappi e James Delivery (que pertence ao Pão de Açúcar) parecem se beneficiar já que, ficando em casa em quarentena, as pessoas vão querer pedir comida e outros itens – minhas compras chegam amanhã pela manhã. A questão é: será que essas empresas estão preparadas para atender um surto repentino de demanda? A ver.

Para dar um pouco de otimismo no home office, vamos de Bob Marley: Every little thing is gonna be alright! (em uns dois ou três meses).