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*Por Renato Pezzotti, especial para o Startups

A urgência por tratar dos temas ESG (social, ambiental e de governança) é cada vez mais importante dentro dos negócios das empresas. O Brasil está inserido nessa agenda, uma vez que desponta como potência energética, fonte de minérios e de proteína animal e vegetal.

Como o agronegócio brasileiro pode ajudar no crescimento do conceito de capitalismo consciente? A questão foi debatida durante o painel de encerramento do AgTech Meeting 2023, evento realizado esta semana em Piracicaba (SP).

Lucro, ética e responsabilidade social foram assuntos do debate, que contou com a participação de Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil; Leonardo Lima, CEO da consultoria Dreams and Purpose, Mario Lewandowski, diretor de Novos Negócios da AGBI e mediação de Gabriela Geraldi, gestora de Comunidade do AgTech Garage.

“Vivemos em um paradoxo. A humanidade nunca esteve tão bem como agora. Por outro lado, estamos vendo policrises, em diversas áreas. Empresas foram criadas para resolver problemas da sociedade. E, pelo amor ou pela dor, o grande capitalismo já viu que não tem como dissociar tudo isso do impacto ambiental”, afirmou Carlo.

Para Leonardo, que atuou por quase 15 anos no McDonald’s antes de abrir sua consultoria, a questão é “mental”. “Quase fui apedrejado quando falei de capitalismo consciente. O problema é o modelo mental de crescer ilimitadamente nos materiais que a gente quer ou consegue acumular. O planeta não suporta mais esse modelo. E, para mudar o mundo, precisamos questionar nosso papel, precisamos estar indignados”, disse Leonardo.

Aprender a aprender

“Precisamos da cooperação dos atores e temos visto isso no agronegócio, por exemplo. Se hoje se discute o mercado de carbono, é porque houve essa colaboração. Oferecemos insumos para liderar essa discussão no planeta”, declarou Lewandowski.

Para Carlo, parte dessa mudança de mentalidade das pessoas passa por “aprender a aprender”. “Uma das coisas essenciais da humanidade é a geração do cidadão crítico. Precisamos ter mais massa crítica para mudarmos o mundo”, afirmou.

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