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A Tarvos, agtech especializada no manejo de pragas agrícolas, recebeu um aporte de R$ 5 milhões para consolidar seus planos de crescimento. A rodada seed, feita por ACE Ventures, Bossanova Investimentos, GVAngels e Fundepar, visa aumentar o número de clientes e de estações de monitoramento da empresa.

Fundada em 2017 por Andrei Grespan, Fabricio Soares e Hugo Fernandes, a Tarvos nasceu com a missão de criar e fornecer soluções digitais que permitissem monitorar as pragas na agricultura brasileira. Para isso, a empresa desenvolveu equipamentos eletrônicos e soluções em software para a coleta em tempo real de dados e manejo automatizado das pragas e doenças agrícolas.

A agtech recebeu o seu primeiro investimento em 2021 – um pré-seed no valor de R$ 1,6 milhão para validar a solução, expandir o portfólio e escalar a ferramenta comercialmente. Agora, pretende usar os novos recursos para melhorar o produto e fortalecer as áreas de marketing, vendas e atendimento ao cliente.

“Estamos presentes em 11 Estados brasileiros, e queremos reforçar a atuação nestes locais, e atender uma base maior de clientes nas regiões em que já operamos”, afirma Andrei, em entrevista ao Startups. O objetivo é chegar a 520 mil hectares rastreados na safra 2023/2024, atendendo mil produtores rurais de pequeno e médio porte em todo o Brasil. A startup prevê chegar a um faturamento de R$ 5 milhões em 2023, frente aos R$2 milhões do último ano.

Fundadores da Tarvos: Andrei Grespan, Fabricio Soares e Hugo Rafacho
Fundadores da Tarvos: Andrei Grespan, Fabricio Soares e Hugo Rafacho (Foto: Divulgação)

Reunindo investidores

Os fundadores da Tarvos vivenciaram duas estações bastante distintas no mercado de venture capital. Em 2021, o excesso de liquidez e as torneiras de dinheiro farto fizeram com que a 1ª captação – muitas vezes penosa para os empreendedores que ainda precisam provar o potencial do seu negócio – fosse mais simples do que a rodada de 2023, frente aos ajustes e as incertezas macroeconômicas.

“O primeiro aporte geralmente é mais difícil. Por isso, achei que a próxima seria mais fácil, mas não foi. Levamos 8 meses para fechar a última rodada por conta das questões econômicas”, conta Andrei. A solução foi “repartir” o cheque entre os investidores, permitindo que cada fundo entrasse com fatias menores. “Trouxemos fundos que vão contribuir além do dinheiro, nos auxiliando a acessar o mercado, dando dicas sobre o negócio e trazendo bagagens de compliance, comercial, entre outros”, acrescenta. 

“Desde 2016, acreditamos muito na capacidade do produto como valor de uma empresa. O time da Tarvos está utilizando inteligência artificial e visão computacional desde esse período em seu modelo de negócio, conseguindo evoluir o produto desde então. Isso fez com que encontrassem um excelente modelo comercial, permitindo que a empresa fosse altamente escalável. Esse foi o gatilho para o negócio abrir uma nova rodada de captação e conseguir atrair a atenção de tantos fundos”, explica Pedro Carneiro, Diretor de Investimentos da ACE Ventures, em nota.

Segundo Carlos Lopes, diretor-executivo da Fundepar, a startup demonstrou um “significativo progresso” na superação dos riscos identificados previamente em relação ao produto e ao mercado desde o investimento em 2021. “Vimos de perto o amadurecimento do produto, bem como a evolução comercial da companhia. Esses fatores motivaram nosso follow-on na empresa, pois acreditamos na capacidade já demonstrada pelo time de enfrentar os próximos desafios com sucesso”, finaliza.

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