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Se de um lado, bancos e instituições financeiras disponibilizam cada vez mais opções de produtos, do outro, usuários estão ávidos pela melhor oferta. Para facilitar a vida dos envolvidos em ambas as pontas, a Foregon tem se proposto, desde 2016, a diminuir a distância entre a solicitação e a aprovação de produtos financeiros para consumidores através do seu marketplace.

O ano não foi quando a fintech foi fundada, mas sim quando decidiu virar a chave do seu modelo de negócio. Ela foi concebida, na verdade, em 2000, na cidade de Presidente Prudente, interior de São Paulo, e dedicou seus primeiros 15 anos de atuação ao modelo B2B, prestando serviços para bancos.

Um dos responsáveis pela mudança no foco da companhia foi Gustavo Marquini, que entrou na Foregon em 2016 como sócio e, em 2019, se tornou presidente. Em sua chegada à empresa, trouxe uma bagagem de 7 anos como empreendedor em outra startup, que criou com alguns amigos da faculdade em 2009. A finada MobWise, que desenvolveu um app de trânsito considerado pelos fundadores como “o primo pobre do Waze”.

Usuário no centro do negócio

Assim que chegou na fintech, Gustavo pivotou o negócio colocando o usuário no centro. A Foregon passou a ser então um marketplace comparador de produtos financeiros. Também criou um blog com diversos conteúdos informativos. No entanto, a empresa sentiu a necessidade de ir além. “Começamos a oferecer a melhor solução de produto financeiro para cada perfil de usuário. Passamos a querer entender melhor a situação do cliente para fazer sugestões e não apenas empurrar produtos”, diz Gustavo.

Foi então que, há 10 meses, implementaram um algoritmo capaz de sugerir as melhores opções de produtos financeiros ao usuário com base em seu score de crédito. Pausa para um momento de orgulho e animação do Gustavo durante a entrevista. Ele contou com exclusividade ao Startups que, em 10 meses da nova funcionalidade, 1 milhão de usuários criaram uma conta na Foregon.

Voltando à ferramenta, o usuário entra com o CPF no site e em segundos o seu score de crédito no Boa Vista é calculado. Os algoritmos também sugerem opções de cartões de crédito pré-aprovados por determinados bancos e fintechs, além de recomendações de empréstimos. Essa integração permite que o cadastro para o pedido de um cartão ou empréstimo seja feito no próprio site da Foregon. Também é possível comparar as sugestões, pois são apresentados na tela todos os benefícios e taxas de cada opção.

E tudo isso pode ser feito gratuitamente. A fintech recebe uma remuneração (success fee) em cada produto que é aprovado para os usuários. Para os bancos e instituições financeiras, a grande vantagem está em ganhar um ponto de oferta e originação para seus produtos, aproximando-se mais dos seus potenciais clientes.

Bons ventos para um futuro promissor

Com mais de 30 bancos e instituições financeiras clientes, entre eles Santander, Itaú e Banco Original, e mais de 22 milhões de visitantes nos últimos 12 meses, a Foregon espera encerrar o ano com crescimento de 163%. Com tanto fôlego, a fintech diz estar pronta para receber grandes investimentos.

Para 2022, a ideia é fazer a primeira rodada de captação para acelerar o que já está dando certo. Até então a empresa investiu capital próprio (não revelado) via bootstrap. A startup está em conversas com alguns fundos, mas não tem nada ainda definido, incluindo o valor a ser captado. No ano que vem ainda estão previstas melhorias no produto e, quem sabe, novas funcionalidades. Também pretendem investir em prover a melhor experiência em empréstimo. Segundo Gustavo, hoje essa modalidade ainda é um MVP.

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