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O ponto de partida de toda startup é criar uma solução inovadora para resolver algum problema de mercado. Certo? Na contramão dessa teoria, a gaúcha PipeRun resultou de uma transição natural de uma agência de comunicação digital que precisava organizar e qualificar o processo de vendas. O sistema desenvolvido deu tão certo que se tornou uma startup com vida própria.

Na foto: Osvaldo Gehm (à esq), Cezar Gehm e Fausto Reichert, sócios da PipeRun

Essa história teve início em 2015, quando o presidente e fundador da PipeRun, Cezar Gehm, e os co-fundadores Osvaldo Gehm (seu irmão) e Fausto Reichert, perceberam que poderiam fazer algo de novo no universo dos CRMs. Isso se deu ao visitarem estandes de um evento de marketing e vendas de um concorrente em Porto Alegre (RS).

“Estávamos saturados, queríamos mudar o modelo de negócio e tínhamos um braço forte de desenvolvimento interno. Então pensamos em colocar no mercado o software de gestão criado pela agência, mas para inovar, teríamos que separar a operação”, conta Cezar. E foi o que fizeram.

Em 2017, ano do lançamento efetivo da PipeRun, a matriz da empresa foi transferida de Santa Maria para Porto Alegre e o CRM havia chegado à marca de 100 clientes. A 1ª grande empresa no portfólio foi a Netshoes, que inclusive usava o CRM da concorrente Salesforce (a salestech também compete com a RD Station e a Nectar, no Brasil, e com a Pipedrive, da Estônia). Aliás, a startup nunca fez prospecção de clientes. Segundo Cezar, os primeiros clientes já eram da própria agência, e posteriormente, conquistaram outros nos eventos que participavam.

Durante 2 anos a startup e a agência andaram juntas. E a partir de 2019, considerado o ano da virada, a PipeRun tornou-se a atividade principal dos sócios e a agência foi encerrada. Foi nesse ano que a empresa pegou um empréstimo de R$ 1 milhão pelo Inovacred, via BNDES e BRDE, dando fôlego ao negócio. O dinheiro foi aplicado no desenvolvimento de recursos, marketing, e na ampliação da sede: de uma sala de 45 m² para um escritório de 230 m².

“Fomos abordados por 30 fundos entre 2019 e 2020, mas estávamos convictos que o melhor caminho de investimento continuaria sendo o bootstrapping”, comenta Cezar, fazendo a ressalva de que as portas para rodadas não estão fechadas (#ficaadica).

Enquanto a pandemia quebrou muitas empresas em 2020, a PipeRun, apesar das incertezas, manteve seu time, renegociou custos e fez um bom caixa. No cenário pandêmico, mais empresas precisaram automatizar, centralizar e tornar mais inteligentes seus processos de venda. Como resultado, a empresa terminou o ano com 60% de aumento no faturamento. E 2021 promete, já que somente no 1º trimestre a startup acumulou crescimento de 30%.

O CRM da PipeRun

A solução desenvolvida pela PipeRun automatiza, centraliza e torna mais inteligentes os processos de vendas das empresas. Um dos diferenciais da ferramenta é a integração com outras soluções complementares aos processos de vendas, garantindo sua aderência a vários segmentos de negócios.

São 2 opções de planos para aquisição do CRM: o Aceleração, mais básico, que custa R$ 199,80 por mês e possibilita a inclusão de até 2 usuários sem custos adicionais, e o Corporativo, que oferece mais recursos, integrações, assinatura eletrônica de documentos e custa R$ 399,80 para o mesmo número de pessoas. Os valores aumentam de acordo com o número de usuários incluídos.

A mais recente novidade da ferramenta é uma extensão para o navegador Chrome que permite aos clientes mandarem propostas via WhatsApp, usarem o CRM no LinkedIn, dentre outras possibilidades. Em breve, uma integração nativa com o WhatsApp, das quase 100 integrações que a solução já oferece.

Hoje são 400 parceiros no país indicando clientes B2B, que já chegam a 1.100, e 7 mil vendedores usando a ferramenta diariamente.

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