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Mais que uma marca de produtos de limpeza ecológicos, a curitibana Onda Eco se autodefine como um movimento. Uma onda que gera impacto positivo ao evitar que as pessoas poluam o planeta enquanto limpam suas casas. A startup se lançou ao mercado em outubro de 2020, com investimento de R$ 300 mil do bolso de sua fundadora e CEO, Stefania Bonetti.

O insight para a criação da Onda Eco veio da paixão da economista pelos mares. Depois de 5 anos na Europa, onde essas soluções sustentáveis já eram realidade no cotidiano das pessoas, Stefania retornou ao Brasil em 2015 com vontade de empreender e fazer a diferença. “Investimos em tecnologia para criar produtos não só ecológicos e sustentáveis, mas com preço acessível”, conta ela, ressaltando que a primeira barreira para a compra de produtos ecológicos é o preço. 

Segundo Stefania, os produtos Onda Eco são até 40% mais econômicos que outras marcas ecológicas. Outro diferencial da marca está nas embalagens feitas de plástico reciclado, retirado do litoral e dos oceanos. Em parceria com ONGs e cooperativas, a startup coleta o lixo e produz as embalagens a partir da resina do plástico coletado. A empresa ainda incentiva a economia circular. Além da reutilização, existem pontos de coleta para o retorno das embalagens.

O portfólio é composto por 13 produtos de limpeza, dentre eles limpa vidro, lava louças e lava roupas, incluindo uma linha exclusiva pensada na saúde e bem-estar dos bebês, composta pelo poder relaxante da camomila. Todos os itens são feitos com ingredientes à base de plantas, veganos, biodegradáveis e hipoalergênicos. 

Após o sucesso das vendas nos supermercados de toda Curitiba, entre eles as grandes redes locais, a marca acaba de aterrissar em São Paulo com um centro de distribuição próximo à capital paulista para acelerar as entregas do e-commerce e disponibilizar produtos para grandes varejistas, como o Pão de Açúcar. Lembrando que a Onda Eco vende online para todo o Brasil, e está em pontos de venda físicos pontuais no Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. A expectativa, com a chegada na capital paulista, é que a marca triplique o faturamento. 

Stefania Bonetti, fundadora e CEO da Onda Eco (Foto: Divulgação)

Foco em crescer no B2B

Além das vendas nas principais redes de varejo e loja virtual, a Onda Eco acredita também no crescimento derivado das vendas para outras empresas, (a Fundação Grupo Boticário é um dos clientes), além de hotéis, pousadas e restaurantes, que querem adotar práticas mais sustentáveis em prol do meio ambiente. Inclusive o foco da startup neste ano será ampliar sua atuação no B2B. A projeção, segundo Stefania, é que essa frente cresça 360% em 2023 e passe a representar 40% do faturamento da companhia, hoje concentrada na B2C.

“A prática ESG tem ganhado força e mais atenção das empresas e enxergamos isso como uma oportunidade. Oferecemos uma plataforma de sustentabilidade e impacto positivo para empresas de todos os portes. Ou seja, não só oferecemos os produtos de limpeza, como também orientamos nessa comunicação com clientes e colaboradores por meio de treinamentos e na criação de valor para toda a cadeia”, afirma a fundadora.

Enquanto o B2B ainda engatinha, a startup tem surfado uma onda constante de crescimento no faturamento em seus 2 anos de operação. Aliás, um adendo aqui. No ano passado, a Onda Eco ganhou um impulso nas vendas ao ser selecionada para o projeto Divulga Porchat, do comediante e apresentador Fábio Porchat. Ele ajuda a divulgar o trabalho de pequenas empresas que estão começando com publicidade totalmente gratuita em suas redes sociais e nas das empresas, usando sua imagem. A ideia surgiu na pandemia e até hoje beneficia diversos empreendedores. Bacana, né?

Voltando à saúde financeira da Onda Eco, como ela iniciou conversas no fim de 2022 com fundos para uma primeira e pequena captação de recursos, Stefania preferiu não revelar os valores de faturamento obtidos até então. A ideia com o aporte é investir em tecnologia, na diversificação do portfólio, e aprimorar o canal de conscientização B2B.

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