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Foi em 2018 que Gabriel Vinicius e Edilson Fernandes decidiram unir suas bagagens nos setores de games e educação por um propósito: tornar a educação no país mais atrativa para os nativos digitais por meio dos eSports e dos maiores games do mundo. Surgia em Maringá, no Paraná, a PlayMatch. O investimento inicial foi de quase R$ 600 mil.

Com o dinheiro a dupla de empreendedores fez o 1º MVP do que se tornaria uma edtech 1 ano depois: a Liga Escolar Brasileira de eSports, que hoje é a maior competição de eSports escolar do país. Na época, convidaram 32 escolas públicas e privadas para participarem do torneio e o critério de participação dos estudantes era o boletim escolar. “Os estudantes tinham que antes se dedicar a melhorar as notas para somente então competir em seu game favorito. Isso fez muito sentido para os pais e para os educadores. A Liga foi um sucesso e avançamos com a startup”, conta Gabriel.

Na foto: Os vencedores da Liga Escolar de 2019, estudantes do Colégio Embraer Juarez Wanderley, escola pública mantida pela Embraer, em São José dos Campos – SP

O principal objetivo da competição é desafiar e estimular o desenvolvimento das habilidades de pensamento lógico e estratégico, socialização, perseverança e trabalho em equipe dos alunos. Estudantes de 12 a 18 anos do ensino básico podem participar. Inicialmente em seletivas regionais e, depois, a nível nacional.

Se o maior desafio da PlayMatch era criar um modelo de negócio sustentável, isso foi logo superado. A competição já está em sua 4ª edição com mais de 5 mil escolas credenciadas (73% públicas e 27% privadas). O boom aconteceu no ano passado com a parceria da desenvolvedora Epic Games, que levou à Liga Escolar o game queridinho dos jovens, Fortnite, e com o patrocínio da Asus. Os acordos devem ser renovados no próximo semestre.


Os sócios e fundadores da PlayMatch, Edilson Fernandes e Gabriel Vinicius

“A PlayMatch tem mostrado para o setor educacional o leque de benefícios que a introdução dos eSports traz, desde o trabalho em equipe, socialização, liderança, comunicação, resiliência e até mesmo a possibilidade de seguir a carreira de jogador profissional, criador de conteúdo e diversas outras profissões do futuro”, comenta Gabriel.

Além de criadora e mantenedora da Liga Escolar, a PlayMatch oferece às escolas produtos educacionais em formato de licenciamento, que abordam temas sobre profissões do futuro nesse universo de games e eSports, de maneira didática. A empresa conta com um grupo de pesquisadores dedicados a extrair dos maiores games atuais aspectos educativos baseados em metodologia proprietária de aprendizado prático e multidisciplinar.

Basicamente qualquer escola que já tenha modalidades como futsal, vôlei, basquete, entre outras, também passa a ter os esportes eletrônicos como base pedagógica para o ensino básico, com todo o suporte da startup e 100% gratuito.

Hora de escalar o negócio

Após crescer 225% em 2020, a PlayMatch prevê encerrar 2021 com expansão de 1.150% (what?!). A ideia é escalar sua plataforma e levar sua solução para mais de 20 mil escolas no Brasil até o fim do ano. Para apoiar todo esse crescimento, a startup se prepara para sua primeira rodada de investimentos, estando aberta a interessados (3,2,1, valendo!). O melhor dos mundos, segundo Gabriel, é levantar R$ 3,6 milhões até o fim de junho.

“Até 2020, nosso foco era validar o modelo de negócio, não estávamos focados em faturamento, então não teve nenhum investimento em marketing ou equipe comercial. Agora já somos 15 colaboradores e devemos chegar em 30 até o fim de agosto”, diz Gabriel.

Além de focar no crescimento da Liga Escolar, a PlayMatch está desenvolvendo um produto pedagógico para escolas chamado Desafio Escolar, também gratuito. Estudantes poderão aprender sobre educação financeira, empreendedorismo e lógica de programação, por meio de games.

A edtech pretende ainda expandir sua plataforma e levar sua Liga Escolar para outros países da América Latina e eventualmente para outros mercados. Novos produtos com foco no B2C também estão sendo desenvolvidos.

“Acreditamos no poder transformador da educação, e no Brasil, ela não tem acompanhado a velocidade da mudança do mundo. A PlayMatch nasceu para resolver essa problemática tornando a educação mais atrativa para os jovens”, completa.

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