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Há 12 anos, a inovação era até discutida nas empresas brasileiras, mas longe de ser uma prioridade estratégica, assim como as startups eram novidade no país. Atentos a um potencial a ser explorado na época, no início de 2011, três empresários decidiram estudar mais a fundo metodologias para se construir um negócio inovador, tais como Lean Startup e Business Model Canvas.

Munidos de conhecimento, decidiram então fundar, em Florianópolis (SC), a Semente Negócios, com intuito de transformar a forma de ensinar o empreendedorismo inovador no Brasil. Denominada uma startup de educação empreendedora, a companhia já apoiou mais de 30 mil empreendedores, 13 mil startups e 3 mil negócios inovadores em sua longa trajetória. Natura, Mercur, Randon e Senac são alguns dos clientes corporativos.

Mas o começo não foi nada fácil. O investimento inicial dos sócios para dar vida à empresa foi mais de tempo e suor, do que necessariamente grana. “Ficamos os 2 primeiros anos de operação sem receber salário, já que toda a receita do período era reinvestida na Semente. Conforme fomos crescendo, começamos a ampliar o portfólio de serviços”, conta o sócio e CEO da Semente Negócios, Marcio Jappe.

Com metodologias próprias, a Semente apoia startups nascentes e empresas consolidadas por meio de 3 frentes: programas de aceleração, projetos customizados de empreendedorismo e inovação, e projetos de desenvolvimento territorial — intervenções para que empresas inovadoras possam se desenvolver em localidades inexploradas.

A metodologia Caminho Empreendedor, por exemplo, mostra o passo a passo da vida de um empreendedor ao desenvolver um negócio inovador, encontrar um mercado sólido e conseguir escalar. A abordagem utiliza os conceitos de lean startup, customer development, business model e design thinking.

Marcio Jappe, sócio e CEO da Semente Negócios (Foto: Divulgação)

Divisor de águas

A pandemia foi um divisor de águas na trajetória da empresa, para o bem e para o mal. “Decidimos fechar os 3 escritórios – Floripa, Porto Alegre e SP, e tornar a operação 100% remota. O que no fim das contas foi bom porque passamos a acessar talentos e clientes de todo canto do Brasil”, afirma Marcio. 

Segundo ele, mesmo com as dificuldades, a Semente reduziu custos e fez um plano de contingência de 2 anos para não sair demitindo. A estratégia não só deu certo, como a startup cresceu muito desde que ‘remotizou’ a operação. No primeiro ano de pandemia, a empresa conseguiu crescer 38% comparado a 2019. Para este ano, a projeção é de ampliar o faturamento anual em 85% em relação a 2021.

Em 2023, a Semente Negócios pretende ganhar escala, mas ainda sem investimento externo. A companhia vai ‘produtizar’ todo conhecimento adquirido nos programas de aceleração, cursos e oficinas realizados em mais de uma década em um aplicativo multiplataforma, facilitando o acesso de empreendedores aos serviços.

O próximo ano também será marcado por uma parceria da Semente com outras 4 empresas gaúchas para oferecer serviços de ponta a ponta no desenvolvimento de ecossistemas de inovação. São elas a universidade Atitus, o hub de educação corporativa Cenex, a consultoria Wise e a startup Whydea.

“Evoluímos nosso propósito ao longo dos anos e hoje entendemos que trabalhamos para promover prosperidade por meio da inovação, não só em relação à riqueza material, mas no bem-estar das pessoas”, ressalta Marcio, com orgulho.

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