Além da Faria Lima

Com crédito facilitado, iCred prevê fechar 2023 com R$ 1 bi em novos contratos

Fintech sergipana já antecipou R$ 700 milhões para mais de 1 milhão de clientes em pouco mais de 1 ano de operação

Foto: Startups
Foto: Startups

A iCred, fintech sergipana criada no início de 2022 para facilitar o acesso ao crédito e empréstimo pessoal, é um exemplo de negócio familiar que pode sim dar certo. Comandada pelo CEO Túlio Matos e os irmãos Júlio, Pedro e Thiago, a startup é uma evolução natural do Grupo Vida Nova (GVN), uma promotora de crédito tocada pela família há 18 anos.

Segundo Túlio, é claro que há desavenças, por outro lado, o fato dos 4 irmãos terem perspectivas diferentes de olhar para os desafios que foram se apresentando ao longo dos anos, permitiu chegar aonde chegaram. 

“Desde 2015 estudávamos alguma forma de a tecnologia nos permitir ter um produto próprio. Quando encontramos um ambiente regulatório propício e players que nos davam a condição de entrar no mercado sem ter que investir uma fortuna para obter uma licença bancária, conseguimos dar um passo além e fundar a iCred”, conta Tulio em conversa com o Startups para a série Além da Faria lima.

A fintech sediada em Aracaju começou oferecendo uma linha de crédito para antecipação de valores do saque aniversário do FGTS com uma plataforma feita dentro de casa. Com a premissa de simplificar a burocracia ao máximo para aprovação quase imediata da antecipação, a plataforma utiliza inteligência artificial no cruzamento de informações de diversos bancos de dados públicos de pessoas físicas.

Por fim, a aprovação do cadastro de cada usuário é feita em até 3 minutos, e a quantia antecipada é liberada via Pix logo na sequência. Ainda de acordo com o CEO, a taxa cobrada varia entre 1,59% e 2,05%, dependendo do tamanho da operação.

No início do ano, a iCred passou a atuar também com a concessão do consignado para beneficiários do INSS e vem mais novidades no portfólio. Ainda em 2023, a fintech pretende lançar um cartão de crédito consignado com taxa de rotativo de apenas 3%. A intenção é ser rápido na concessão, mais barato nos parcelamentos, entre outras cositas más.

Os cofundadores da iCred: Túlio Matos (sentado), Júlio (à esq), Thiago e Pedro (Foto: Divulgação)
Os cofundadores da iCred: Túlio Matos (sentado), Júlio (à esq), Thiago e Pedro (Foto: Divulgação)

Maior concessão de crédito

A iCred securitiza suas linhas de crédito por meio de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) que estruturou – modalidade de investimento no qual titulares de cotas têm rendimentos atrelados a recursos advindos de uma empresa – no qual os fundadores da startup são cotistas subordinados. 

Em outubro passado, a startup foi ao mercado para ampliar a sua capacidade de concessão de crédito ao captar R$ 100 milhões por meio de seu FIDC. Apenas 3 meses depois, fez uma nova captação, de R$ 300 milhões. A empresa, no entanto, não abre o instrumento nem quem está por trás do financiamento.

Com pouco mais de 1 ano de operação, a fintech já antecipou R$ 700 milhões e mais de 1 milhão de clientes de todo o país já passaram por sua plataforma. “Nossa meta é fechar o ano com R$ 1 bilhão em novos contratos e R$ 100 milhões de receita bruta”, finaliza Túlio.