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A universitech Cheers, startup que desenvolve soluções para entidades estudantis, como atléticas, grêmios, diretórios, centros e organizações similares, completou cinco anos em 2023, alcançando uma marca histórica: 1 milhão de universitários impactados em todo o Brasil. 

A plataforma, que nasceu em 2018, em Curitiba, atende hoje mais de 4 mil entidades acadêmicas em todo o país, além da Argentina e o Paraguai, oferecendo um leque de soluções muito mais amplo que aquele do desafio inicial.

Quando o co-fundador e CEO Gabriel Russo e os outros dois co-fundadores da startup faziam parte de uma atlética na Universidade Federal do Paraná (UFPA), organizavam vários eventos e sentiam falta de uma plataforma digital para controlar as vendas de ingressos com mais praticidade. Foi naquele momento que enxergaram uma oportunidade.

“Notamos que a nossa dor em lidar com a burocracia, administração e finanças dos eventos era a mesma que outras organizações estudantis enfrentavam ao organizar seus eventos, que são fundamentais para a subsistência dessas entidades”, afirma Gabriel, em conversa com o Startups para a série Além da Faria Lima.

Logo, os empreendedores contrataram outro amigo como CTO, para desenvolver a plataforma do zero, com um investimento em torno de R$ 10 mil de todos os fundadores. Segundo Gabriel, levou um ano para definirem que o público alvo da startup seria mesmo os universitários, após participarem de alguns programas de aceleração, como do Sebrae, e enfim começar a conquistar diversas atléticas como primeiros clientes. No primeiro ano de operação a Cheers movimentou R$ 1 milhão em volume transacionado na plataforma (GMV).

Gabriel Russo, co-fundador e CEO da Cheers (Foto: Divulgação)
Gabriel Russo, co-fundador e CEO da Cheers (Foto: Divulgação)

Primeiro desafio

Em 2020, quando os jovens decidiram ser mais que uma plataforma de eventos, mas um ecossistema universitário, um marketplace para vender produtos para esse público, encararam o primeiro grande desafio do negócio: veio a pandemia e todos os eventos universitários pararam de rolar. 

Focaram, então, no marketplace, que segundo Gabriel, é mais um produto de entrada do que gerador de receita. Passado o sufoco das restrições impostas pela pandemia, das 70 atléticas clientes, a Cheers saltou para 2 mil em 2021, crescendo 12 vezes. 

“Tracionamos o número de clientes, mas a receita com o marketplace é 10 vezes menor que a de eventos”, ressalta o CEO, explicando que as entidades não pagam pelo uso da plataforma — a remuneração da empresa vem de um pequeno percentual sobre o valor dos produtos comercializados.

Queremos mais

Ainda de acordo com Gabriel, a Cheers agora caminha para se tornar mais do que uma plataforma de soluções tecnológicas — está se constituindo em uma verdadeira rede social digital entre universitários. “Queremos participar de toda a jornada do universitário, facilitando o contato do público jovem com tudo que a universidade e esse período das nossas vidas podem oferecer”, diz.

Além das atuais 3,6 mil entidades atendidas e 1 milhão de universitários impactados, o aplicativo soma 750 mil downloads realizados. A startup emprega 70 pessoas, distribuídas no Paraná e em mais cinco estados, do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.

Em 2024, a ideia é aproximar empresas e universitários, oferecendo descontos aos estudantes pelo marketplace, além de lançar novos produtos. Para o ano seguinte, Gabriel não descarta a possibilidade de uma primeira rodada de captação, seguindo a recomendação dos conselheiros, de que 2025 será um momento mais favorável para isso. 

Mais além, em até três anos, a meta da startup é triplicar o total de universitários brasileiros impactados, para 3 milhões. “Somos e pretendemos ser, cada vez mais, a maior rede universitária do país”, conclui o empreendedor.

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