O uso de inteligência artificial na educação tem se mostrado promissor, especialmente com a criação de assistentes virtuais que atuam como uma espécie de monitor virtual para os estudantes. Uma das startups que tem apostado nessa tecnologia é a edtech Cubos Academy, de Salvador, que lançou recentemente o chatbot Emy, que acompanha e tira dúvidas dos alunos a qualquer momento do dia.
Fundada em 2019, a Cubos viu sua receita aumentar em 14 vezes desde que começou a comercializar a nova assistente virtual baseada em IA. Atualmente, a Emy já é usada por empresas do setor de educação como o Descomplica, de cursos preparatórios online, e Sanar, startup de educação médica.
Em entrevista exclusiva ao Startups, José Messias Junior, CEO da Cubos Academy, conta que a iniciativa surgiu no ano passado, como forma de melhorar a experiência dos alunos da própria plataforma, que oferece capacitação em tecnologia para o mercado de trabalho.
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“A inteligência artificial entende profundamente o conteúdo transmitido em sala de aula em tempo real, além de ler textos, escutar podcasts. E então responde os estudantes por meio de um chat. A ferramenta foi um sucesso na nossa plataforma, então este ano começamos a oferecer para fora. Já temos quatro empresas usando atualmente”, afirma.
Um diferencial é que, com a Emy, o estudante consegue obter informações sobre o assunto da aula apenas passando o mouse sobre o conteúdo exibido. Não é necessário trocar de tela ou sequer formular uma pergunta, a não ser que se queira uma informação mais específica.
Além disso, a Emy também elabora e sugere perguntas ao final da aula, de acordo com o conteúdo, para ajudar o aluno a fixá-lo. Na Cubos Academy, a monitora virtual tem 96% de aprovação por parte dos alunos, diz o CEO. Até o momento, a Emy já soma mais de 200 mil perguntas respondidas.
Para José Junior, a inteligência artificial está caminhando para se tornar um elemento fundamental na educação.
“Acho que isso que a gente faz hoje vai ser obrigatório no setor de educação daqui a algum tempo. Este é o setor que mais vai mudar com a IA, porque a tecnologia traz muitas possibilidades. Ter um professor particular era algo pouco acessível para boa parte dos estudantes, mas com a IA isso passa a ser possível. Queremos que a assistente tenha cada vez mais interação com os alunos, para que possa entender como a pessoa estuda e recomendar conteúdos também. O ensino adaptativo é o futuro”, aponta.