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Em seus 23 anos de carreira, o baiano Alexandre Moreira já atuou como investidor, membro de conselho e executivo em multinacionais. Mas é como empreendedor que seus olhos brilham mais. É aquilo, quando você é picado pelo bichinho do empreendedorismo, é um caminho sem volta.

Depois de fundar três startups – Biodora Cosmética, Semtex e AMG7 Design & Comunicação – e vender duas delas em 2015, Alexandre decidiu criar seu quarto negócio seis anos depois: a GeoCarbonite, startup especializada na criação de experiências inovadoras no metaverso para empresas, marcas e figuras públicas.

A mais recente empreitada ganhou vida após uma longa temporada como diretor de marketing de uma multinacional e depois de um ano sabático “de leve”, em que Alexandre fez nada menos que um MBA nos EUA, na Escola de Negócios do MIT, considerado a melhor universidade do mundo. 

O principal objetivo da GeoCarbonite é redefinir o uso da internet, alavancando tecnologia de ponta, design e inteligência de marketing para criar experiências que conectem pessoas de maneiras significativas e que agreguem valor aos usuários.

Assim como o Startups, a GeoCarbonite não tem escritório fixo, por conta do caráter tecnológico da empresa, e sua equipe de 15 pessoas trabalha remoto. Alexandre mora atualmente em Campinas (SP), mas está sempre viajando, já que oferece serviços para uma base de clientes global, incluindo empresas em Singapura, México e Estados Unidos.

Metaverso, gamificação e avatares digitais

A GeoCarbonite se estabeleceu no 2º semestre de 2021 como um mercado descentralizado para créditos de carbono baseados em blockchain. Com a falta de uma regulamentação e as mudanças nos volumes deste mercado, a startup pivotou e iniciou sua fase de crescimento para apresentar seus novos produtos, atingindo o breakeven em fevereiro de 2022. 

Hoje, a startup oferece dois produtos: o GeoXP, um metaverso para negócios que funciona por meio da gamificação; e o GeoAvatars, que são personagens digitais construídos a partir do processo Gênese, metodologia exclusiva que dá personalidade, voz e comportamento, agregando uma camada de personalização e inovação ao trabalho de qualquer marca ou influenciador.

“Para o segmento de real estate, por exemplo, oferecemos às incorporadoras uma tecnologia de realidade virtual 4k que permite aos clientes visitarem apartamentos virtualmente com até 50 pessoas simultaneamente, no mesmo espaço. Dá pra levar a família toda para conhecer o espaço através da gamificação e ir discutindo o que acham em tempo real”, explica Alexandre em conversa com o Startups para a série Além da Faria Lima.

Próximos passos

Mas não para por aí. Quando questionado sobre novos produtos para este ano, Alexandre revelou que vem novidade para o consumidor final, que deve ajudar a GeoCarbonite em sua meta para 2023: dobrar o número de contratos fechados em seu primeiro ano de operação, que foi US$ 600 mil. 

A startup acaba de desenvolver o aplicativo Dr. Bula, inteligência artificial que explica sobre medicações de forma descomplicada. A ideia é garantir que as pessoas saibam como, quando e o porquê de tomarem certo remédio, evitando erros como o de interação medicamentosa. Além disso, a inteligência artificial permite um alto nível de personalização. Pelo app, é possível adicionar dados como peso, alergias, condições de saúde e outros medicamentos em uso. 

Para o lançamento oficial da novidade ainda neste semestre, Alexandre quer fazer barulho e pretende fazer sua primeira captação. “Vamos começar um round de investimentos agora em setembro para captar US$ 2 milhões e lançar a tecnologia nos EUA. É uma estratégia de expansão pensada partindo do maior mercado do mundo para demais países”, adianta o fundador.

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