Além da Faria Lima

Portí quer ser a fintech mais relevante para médicos no Norte e Nordeste

Em seu primeiro ano de operação, startup do Pará faturou R$ 3,2 milhões e antecipou R$ 785 mil em recebíveis

Foto: Arte/Startups
Foto: Arte/Startups

Descomplicar o dia a dia dos profissionais da saúde, com um portfólio de soluções fundamentado na organização e previsibilidade. Essa é a missão da Portí, fintech de Belém, no Pará, que simplifica a vida do médico, desde quando ele sai da faculdade e tem o primeiro plantão, até o momento que ele se torna um coordenador de uma unidade de saúde.

A startup nasceu em 2023, dentro da Health & Care, empresa tradicional que trabalha com a gestão de serviços médicos, e que foi fundada por três médicos. Quando ingressou na Health & Care em 2022, o CEO da Portí, Patrick Ferreira, enxergou uma oportunidade para pivotar o modelo de negócio e, ao longo do ano passado, esse novo modelo foi testado como uma unidade de negócio dentro da companhia.

“Então, no último trimestre de 2023, entendemos que tínhamos de fato um negócio independente, e o transformamos numa startup, lançando a Portí ao mercado no início de 2024”, explica Patrick ao Startups, em conversa para a série Além da Faria Lima. Segundo ele, no primeiro ano de operação, em 2023, e ainda como unidade de negócio dentro da Health & Care, a startup faturou R$ 3,2 milhões, com mais de 100 produções médicas ativas em todo o Brasil e R$ 785 mil em antecipações de recebíveis.

A Portí trabalha com plantões e consultas, entregando soluções financeiras para médicos. O portfólio inclui: o Concierge, assistente pessoal do médico plantonista, que vai organizar suas demandas administrativas e operacionais, dando previsibilidade financeira a ele; a Assessoria Contábil, serviço de contabilidade digital e inteligência tributária; o BPO Financeiro, para terceirização eficiente das rotinas operacionais; e o Antecipaí, uma solução de antecipação de recebíveis que transforma produção médica em fluxo de caixa imediato. No início do ano, a startup paraense também lançou o Portíclub, clube de benefícios que oferece descontos e cashback.

O CEO da Portí, Patrick Ferreira (Foto: Divulgação)

Apoio da Casa Azul Ventures

Em busca de expandir sua atuação pelo Norte e Nordeste do Brasil, a Portí foi integrada à Casa Azul Ventures, aceleradora especializada em negócios de capital de risco, que inclusive já teve sua história contada no Além da Faria Lima. Essa união marca a entrada da Casa Azul na região Norte, visto que, desde 2017, a primeira aceleradora do Ceará acelerou e acompanhou mais de 80 startups em todo o Nordeste.

Agente de transformação social por meio de negócios que transformem a sociedade, a Casa Azul apoia a maturação e transformação de novas startups, com acompanhamento, aporte financeiro, mentorias, networking e conexões estratégicas. 

“A Casa Azul é um grande parceiro, está nos ajudando muito em relação a fazer conexões e trazer pessoas para nos ajudar com mentoria. É uma peça-chave para contribuir que tenhamos um valuation, de fato, relativo no mercado, mostrando que nós somos uma solução robusta, consolidada, e a partir daí a gente consiga fazer rodadas de investimento conversável e com players maiores”, afirma Patrick.

Para 2024, o plano da Portí é consolidar a marca no mercado e sua estrutura de máquina de vendas e produtos. O CEO da fintech reforça que a projeção é pelo menos triplicar a atual base de 74 clientes e dobrar o faturamento da operação neste ano. Até 2030, a startup quer se tornar a fintech mais relevante para a jornada médica do Norte e Nordeste.

Para tal, a companhia acredita que um relacionamento baseado em geração de valor e uma plataforma tecnológica robusta são fundamentais para atender às necessidades dos médicos e proporcionar a melhor experiência possível. “Com médicos cada vez mais jovens e nativos digitais, que já têm muita familiaridade com tecnologia, entregar alguma coisa que esteja dentro de um contexto já vivenciado por eles é um caminho facilitador para nossa consolidação e expansão”, finaliza Patrick.