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5 dicas para pet techs com soluções B2C iniciarem sua trajetória

Foto: Canva
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* Alaíde Barbosa é CEO da Capri Venture

Em uma sociedade pós-pandêmica, que valoriza a experiência dentro dos lares, os animais de estimação ganham ainda mais importância. Com 149,6 milhões de pets, o Brasil é o terceiro país em número de animais domésticos no mundo, segundo o censo do Instituto Pet Brasil (IPB) de 2021. Considerando os 215 milhões de brasileiros, pelo menos 70% da população tem um amigo de patas em casa ou conhece alguém que tenha. 

Nesse cenário, novas soluções para facilitar a vida de empresários do trade e de tutores estão a todo o vapor. Processos que são comuns para os humanos, como delivery de produtos, seguro de vida, agendamento de serviços e outras opções modernas, estão surgindo com soluções exclusivas para pets. Tais funções envolvem produtores, distribuidores, atacadistas, varejistas e prestadores de serviços em nichos que vão desde a saúde animal até o setor de alimentos, higiene e cuidados gerais com os animais de estimação. Além da mais nova telemedicina animal, regularizada recentemente no país. 

Com a variedade de produtos, aumentou em paralelo o faturamento do segmento. Hoje, os animais domésticos movimentam um mercado que chegou a faturar R$ 51,7 bilhões no ano passado, apontando um crescimento de 27%. Com base no desempenho do primeiro semestre deste ano, o IPB estima que em 2022 o crescimento do setor será de 14,7%, saltando para R$ 59,2 bilhões. Com mais “pais de pets”, o mercado se aqueceu e viu a entrada de novos negócios. O setor de pet shops, por exemplo, aumentou 33% nos últimos dois anos com a abertura de 18.278 novas lojas, segundo o Sebrae. 

Números tão altos despertam interesse em empresários, investidores e startups. Mas como dar os primeiros passos para implementar seu negócio no mercado? Veja aqui cinco dicas de caminhos para pet techs com soluções B2C iniciarem sua trajetória neste universo cheio de perspectivas – e amor! 

1. Conheça seu o seu público antes do seu produto/serviço 

Saia do escritório, vá falar com seu mercado-alvo e construa sua startup com base no que eles querem e não no que você imagina que querem. Uma dica de ouro é viver essa experiência com seu target na rua e não apenas via emails. 

2. Crie um plano de negócios sólido  

Metas de negócios, estratégias e como você planeja alcançá-las, projeções financeiras e um plano de marketing são fundamentais para dar start a um novo projeto. Depois de analisar seu público e afinar as ofertas, é hora de colocar tudo no papel e mensurar as possibilidades de forma objetiva. Aqui a tecnologia pode ser uma aliada importante para organizar dados. 

3. Invista em sua equipe 

O quadro de trabalhadores é o coração de uma empresa e investir no conhecimento e no bem-estar de sua equipe gera resultados sólidos. Construa um grupo de apoio melhor que você! Uma das coisas mais importantes para qualquer startup é reunir pessoas com habilidades e experiência que compartilhem sua visão para o negócio.  

4. Marketing é fundamental 

O marketing de conteúdo é, hoje, uma das principais ferramentas, não apenas de divulgação, mas também para fidelizar o cliente. Em uma sociedade digitalizada, as pessoas têm buscado o maior número de informações possível antes de adquirir qualquer produto ou serviço. E, se um cliente em potencial encontra uma marca que diz apenas “compre esse produto” e não explica mais nada, na maioria das vezes essa mensagem vai ser ignorada, levando-a procurar marcas que disponibilizam mais informações, ou seja, seu concorrente. 

5. Parcerias 

Contar com o apoio de quem está inserido no seu ecossistema é tendência sem volta. A colaboração entre os diversos elos do segmento é fundamental e uma boa opção para se inserir nessa prática são as venture builders. Hoje, as empresas do setor estão de olho no mercado pet e podem apoiar as startups em seu momento mais crítico, que são os primeiros anos, quando irão passar pelo conhecido vale da morte. O projeto visa estruturar o negócio e ajudar no breakeven.  

O apoio de ventures com conhecimento técnico da área viabiliza acesso às melhores práticas do mercado e a redes de mentores, modelagem e design de projetos, validação de MVP (produtos mínimos viáveis), serviços contábeis e jurídicos, suporte de marketing e vendas, relacionamento com clientes, entre outros. Além de apoiar a startup na estruturação, a parceria fomenta a conexão com fundos de investimento e investidores.  

No ecossistema pet, relativamente novo e em expansão, a convergência colaborativa ainda contribui para a digitalização do mercado. Abrir espaço para a participação de mais pessoas, com experiências e visões diferentes, agrega e torna a inovação heterogênea, obtendo-se resultados que nunca seriam vistos em um esforço individual.