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5 problemas que diminuem as chances conseguir aportes de investidores-anjo

Problemas investidores
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*Por Rubens Approbato, presidente da Poli Angels

O funil dos investidores está cada vez mais estreito. Investidores e fundos de venture capital estão mais criteriosos, o que é muito positivo e mostra o amadurecimento do ecossistema brasileiro nos últimos anos. 

Nunca faltarão investidores para startups que trazem soluções inovadoras, com potencial de escalabilidade e um time de excelência, capaz não só para executar, mas também para mudar o rumo e encontrar novos caminhos se for necessário. 

Na Poli Angels, em cinco anos de história, já avaliamos mais de 1.600 startups, mas apenas 30 receberam aporte dos investidores. Esta proporção é muito comum neste mercado de venture capital. Muitas vezes, identificamos falhas que se transformam rapidamente em objeções para investir, o que chamamos de “detonadores de investimento”. 

Conheça cinco problemas comuns que afastam os investidores: 

Avaliação Exagerada 

Uma avaliação muito alta e fora da realidade do mercado vai afastar os investidores. 

É essencial que os fundadores da startup entendam a dinâmica e a lógica do “staged financing” e façam avaliações realistas com o estágio que a startup se encontra e seu potencial. Tentar acelerar o processo geralmente resulta na necessidade de um “down round”, o que é um problema para a startup e seus investidores.

Por outro lado, uma avaliação muito baixa, pode representar abrir mão de uma parte importante da empresa, o que também causará problemas em aportes futuros.

Na Poli Angels auxiliamos as startups a encontrar o “sweet spot” de avaliação através de uma ferramenta chamada Poli Quest.

Problemas no captable 

A composição acionária é um fator muito importante porque os investidores vão sempre olhar o quanto os fundadores continuam com um interesse forte no resultado da startup. 

Em contrapartida, um captable muito fragmentado pode gerar problemas e distorções futuras. 

Em uma startup early stage, é importante que a participação dos fundadores dê espaço para que eles continuem majoritários até após um aporte de série A. 

Com o tempo, conforme a startup recebe aportes, deve-se procurar um equilíbrio saudável entre a participação de fundadores, investidores, e funcionários com participação acionária.

Falta de conhecimento de mercado 

Muitas startups criam soluções que parecem muito promissoras, mas que são rapidamente rejeitadas, às vezes até precipitadamente, por investidores que têm ampla experiência naquele setor. Isso é muito simples de evitar.

Na condução do MVP, é essencial aprofundar o conhecimento do mercado e do comportamento do público alvo da solução oferecida. Também é importante analisar o desempenho e histórico de soluções similares, para conseguir encontrar um novo ângulo ou retirar atritos e com isto ter um forte potencial competitivo. Isto trará argumentos e dados para convencer mesmo os investidores mais céticos.

Parece inovador, mas não é! 

Inovar, muitas vezes, não é inventar algo completamente novo! Inovações significativas são as que trazem soluções muito melhores (10x) para problemas e dores reais do mercado. 

Para a startup ser inovadora, a solução precisa ser muito melhor que as já existentes, eliminem atritos e tragam resultados, gostamos de dizer “dez vezes”, melhores que as outras soluções existentes.

Isto no entanto só se consegue testando o MVP no mercado e fazendo os ajustes necessários com o aprendizado advindo destes testes.

No papel, cabe quase tudo

Não basta uma ideia no papel. Uma startup “Powerpoint” dificilmente consegue investidores. É fundamental que a ideia se transforme em produto e modelo de negócios, e seja testada no mercado antes de ir buscar investimentos com investidores anjo ou fundos. Conseguir clientes dá a sinalização positiva e forte que existe um potencial na startup.

Também times fundadores têm que provar a sua competência além do papel. Mostrar ser forte em execução, em solução de problemas, em superar dificuldades e não apenas vender aos investidores belos currículos.

Lembre-se que apenas palavras não convencem investidores bons, ou seja, aqueles que têm experiência em ajudar startups. Dados e resultados sim!

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