*Thais Beré é CEO da Fala Labs
Em 10 anos de profissão e há quase quatro liderando uma agência que tem como uma das principais entregas ajudar marcas a construírem sua imagem online, foram inúmeras conversas com empreendedores e empreendedoras e é unânime que a grande maioria define o desafio de abrir o próprio negócio em três palavras: montanha-russa emocional. E de fato o é. E nessa árdua tarefa de transformar uma ideia em um negócio real, ter uma estratégia de posicionamento assertiva desempenha um papel crucial no sucesso ou fracasso da empreitada.
Mais do que uma vitrine de produtos e serviços, esses canais se transformaram em um ambiente de conexão e identificação. As pessoas já não consomem uma marca apenas pelos seus produtos, mas por se identificarem com os valores propagados pelas empresas e pelos posicionamentos de seus líderes. Sendo assim, a presença ativa e autêntica dos fundadores nas redes sociais pode impulsionar significativamente o reconhecimento da marca e gerar confiança entre os consumidores, destacando assim a importância crucial dessa abordagem para startups em ascensão.
Segundo pesquisa da Weber Shandwick, 63% dos stakeholders dizem que a reputação de um CEO influencia sua opinião sobre a empresa. Em paralelo, um estudo do Linkedin mostra que empresas com CEOs ativos e que se posicionam em redes sociais geram 77% mais leads que aquelas sem presença online.
Trazendo esses dados para o universo das startups early stage, em que os recursos são mais limitados e o fator awareness ainda é um grande desafio, ninguém melhor do que o fundador do negócio para ser propagador da sua essência, objetivos e diferenciais. Além disso, o Posicionamento de Executivo (ou Executive Positioning) é aliado crucial do Quiet Hiring, prática que tem como objetivo a atração de talentos qualificados que não necessariamente estão em busca de emprego, mas que estariam abertos a novos desafios.
Por mais óbvio que possa parecer, antes de começar a ter um posicionamento é fundamental que o empreendedor entenda quais os seus objetivos e, sobretudo, os objetivos do negócio, assim é possível traçar uma estratégia mais assertiva, que envolve quais um estudo de canais (isto é, em qual rede social ele deve estar presente), definição de linha editorial, frequência de publicações, dentre outros.
Abaixo, compartilho três dicas de como dar esse pontapé inicial no Linkedin:
1.Otimize o seu perfil: escolha uma boa foto de perfil, imagem de capa, biografia (resumo) e matérias em destaque. Lembre-se que este será o seu cartão de visitas.
2.Ative o “Modo de Criação”: com isso, você terá acesso a alguns recursos exclusivos e poderá criar a própria newsletter, que é uma excelente ferramenta de conexão com a audiência, tendo em vista que todos os inscritos receberão uma notificação sempre que você publicar um artigo.
3.Constância: defina uma frequência de publicações que você conseguirá manter no longo prazo. Assim como nas demais redes sociais, o algoritmo do Linkedin impulsiona perfis mais ativos.
Se você se identifica com o que compartilhei logo acima, entenda que a pergunta de um milhão de reais não é se empreendedores devem se posicionar nas redes sociais pessoais, e sim como eles (ou você) podem fazer isso da forma mais coerente dentro da estratégia da sua companhia.