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A importância de convergir propósitos pessoais e profissionais na Nova Economia

Foto: Canva
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* Rodrigo Rocha é CEO da Amil Dental

Aliar propósitos pessoais e profissionais a uma mentalidade inovadora é indispensável para vencer em um mundo em constante evolução e transformação. Nos últimos anos, acompanhamos a colisão entre conceitos pessoais, valores empresariais e os rumos das nações, e percebemos que os destinos individuais e propósitos devem estar alinhados às macroestruturas de mercado. 

As empresas vêm buscando formas de agregar valor à sociedade como um todo, não apenas aos seus stakeholders, para lidar com os desafios da chamada Nova Economia. Ter propósito no trabalho é um impulsionador de performance crítico, conforme já sinalizou a McKinsey, cujas previsões de tendências apontam que, ao verem propósito no que fazem, as pessoas elevam seus desempenhos e melhoram suas atitudes no ambiente de trabalho. 

Para isso, dois lados precisam estar alinhados: os profissionais, por meio de propósitos pessoais e corporativos em consonância; e as empresas, com líderes inspiradores e estratégias assertivas que criem o sentimento de que o trabalho possui um significado para além das atividades em si. O perfil de profissionais autômatos cumprindo tarefas em busca de resultados é, definitivamente, coisa do passado. 

De olho no futuro, as pessoas devem se utilizar de sua essência, entusiasmo, excelência e empatia para impulsionar seus desenvolvimentos pessoal e profissional. Por sua vez, as empresas perceberam que valorizar as pessoas – em suas mais ricas e complexas subjetividades que vivem, sentem e opinem – é indispensável para a inovação do mundo e da sociedade. O movimento constante é a palavra de ordem para lidar com um contexto global cada vez mais volátil. 

Transformações necessárias

E ao longo do processo de desenvolvimento, profissionais e organizações devem apostar no Evolve thinking, modelo mental que conecta os propósitos à evolução; no perfil de Pessoa versalista, cujas atividades e interesses variados contribuam com a criatividade; na produção de Valor compartilhado, de modo que os objetivos pessoais atuem em consonância para aprimorar o ecossistema e na força mental do Equilíbrio emocional, para que os conceitos preestabelecidos não limitem, nem bloqueiem as transformações necessárias. 

É compreensível a sensação de receio e desconfiança em relação ao novo, mas o turning point está justamente em lidar com o desconhecido de maneira positiva e otimista, aproveitando esses momentos para reavaliar ideias e posturas. O desenvolvimento em si da humanidade nos mostra que enfrentar medos e obstáculos é condição sine qua non da existência humana. 

Do fogo à invenção da roda, do espanto e medo frente aos fenômenos meteorológicos ao domínio das técnicas agrícolas, do êxodo e migração para territórios distantes ao desenvolvimento da escrita e grandes obras de arte e literárias, da revolução industrial e, mais recentemente, à digital. 

O ser humano é movido pelo desafio, pela necessidade e pelo entusiasmo de transformar a realidade. Nos primórdios, o homem observava as estrelas e hoje é possível navegar pelo espaço e sonhar com a possibilidade de viver em outros planetas. A evolução sempre foi a regra, a nós cabe a adaptação.