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Artigo: Como preencher o gap de profissionais tech no mercado de startups

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*Marcello Gonçalves é sócio na DOMO Invest

 

Se por um lado o cenário pandêmico obrigou a economia a desacelerar, por outro serviu para que empresas e empreendedores compreendessem a importância de serem cada vez mais techs em prol da adaptação e/ou sobrevivência de seus negócios. Diante dessa necessidade, as startups, que já ensaiavam uma presença no mercado, ganharam ainda mais relevância com soluções para diversos problemas. Então, um boom de novas empresas aconteceu.

Só que toda a explosão acaba provocando consequências. Com a rápida evolução e adoção da tecnologia e o surgimento de novas startups, dia após dia, não demorou para que o déficit de conhecimento no setor de tecnologia desse as caras. A falta de mão de obra qualificada foi o principal fator que levou mais de 1 milhão de vagas de tecnologia não serem ocupadas no ano de 2020 em todo o mundo.

No Brasil, a Brasscom estima que até 2024 o segmento precisará de 420 mil novos profissionais. Já nos Estados Unidos, o U.S. Bureau of Labor Statistics projeta um crescimento de 22% na carreira de desenvolvimento de software até 2029. Ou seja, uma alta mais rápida do que a média de todas as ocupações do país.

Hoje, recrutar equipes de tecnologia de alta qualidade ainda é um grande desafio para as organizações. Candidatos qualificados, além de serem difíceis de encontrar, na visão das empresas, também são caros de contratar. Isso mostra que a corrida para recrutar especialistas em tecnologia está ficando mais acirrada, dado que a oferta de profissionais dessa área é menor do que a demanda do mercado.

Para a famosa lista de profissões do futuro, pouquíssimos profissionais capazes de exercê-las, o que tem exigido que empresas e instituições de ensino desenvolvam melhores programas para formação e aperfeiçoamento profissional contínuo.

Como suprir o gap: equilibrar matemática e geografia

A digitalização e o surgimento de startups abriram as portas para um profissional extremamente dinâmico e, na maioria das vezes, com capacidade para ser autodidata, ou seja, de reciclar conhecimento e estar ativamente por dentro dos lançamentos e movimentos do mercado. É um profissional que merece cuidados, mas longe de ser bajulado. Por esse motivo, as empresas precisam ver esses talentos – assim como também deveriam ser vistos os de outros setores – como um investimento e não como uma despesa.

Outro ponto que deve ser considerado é de que o mercado já estava extremamente aquecido, mas com a pandemia as barreiras geográficas deixaram de existir. Através do trabalho home office, empresas que antes contratavam pessoas exclusivamente da mesma cidade ou região, passaram a acessar profissionais do Brasil todo – até mesmo de fora dele – e por oferecerem um pacote de benefícios flexível, tornaram-se atrativas. Ou seja, monitorar com lupa os quatro cantos do país. E até do mundo!

Tendo em vista tais aspectos, é possível observar que a formação de profissionais para ocuparem cargos de tecnologia caminha a passos lentos, ao passo que aponta para um oásis de oportunidade para aqueles que já estão ou desejam ingressar no mercado tech. Para isso, é fundamental investirmos em tecnologia, mas é ainda mais importante investir na formação daqueles que a colocam em prática.

As empresas precisam investir na formação dos profissionais, ou seja, atrair pessoas para faculdades e recém-formados, optando por ensiná-las sobre especificações dos produtos e soluções que a sua empresa atua. Empreendedores que pensam, hoje, de forma estratégica e estão se estruturando (ferramentas de comunicação assíncrona para compartilhamento de ideias/atividades e status) para contratar pessoas de qualquer região do país, sairão na frente na atração pelos melhores talentos do mercado!

Sua empresa está pronta para esse upgrade?

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