* Cristiano Soares é Country Manager para o Brasil na Deel
Não é novidade que o trabalho remoto trouxe diversos benefícios aos empregadores e funcionários nos últimos anos. A flexibilidade e a autonomia para se trabalhar de onde quiser e da forma que achar melhor é o que vem encantando cada vez mais pessoas.
Antes do isolamento social obrigatório, o trabalho remoto era apresentado como um diferencial competitivo para a atração de talentos nas empresas. À época, as oportunidades de emprego que ofereciam este “benefício” se destacavam das demais, mas agora, no entanto, não o vemos mais como uma necessidade momentânea, e sim como um requisito na hora de aceitar uma proposta de trabalho.
O trabalho remoto tornou-se uma demanda real dos trabalhadores e é inegável que ele impulsionou – e continua a incentivar – uma tendência cada vez mais comum: a contratação de talentos globais. Ficou claro durante a pandemia que, se as empresas querem acessar os melhores talentos para obter melhores resultados, fronteiras devem ser quebradas, tanto físicas quanto culturais.
A pandemia e o trabalho remoto fizeram com que muitas pessoas refletissem sobre as suas vidas. Elas já não estão dispostas a aceitar que o trabalho ocupe um espectro de tempo maior do que o necessário, quando poderiam usar esse tempo para outras coisas. Não à toa, o termo “quiet quitting” – que, na tradução literal significa “demissão silenciosa” – ganhou importância nas últimas semanas com o debate sobre a mudança no modo de se trabalhar.
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Ainda assim, muitas empresas têm preocupações com esta nova forma de se trabalhar. Muitas delas se questionam sobre os benefícios de se procurar talentos no exterior, e, ao fazer isso, como poderiam avaliar posteriormente o desempenho de suas equipes. Graças à tecnologia, no entanto, todas essas perguntas têm respostas sólidas agora.
Contratação internacional
Da possibilidade de se ter uma equipe integrada com diferentes culturas até a chance de ter acesso aos melhores talentos do mundo, os benefícios da contratação internacional são incontáveis. Poder escolher a pessoa que tem as melhores habilidades à sua vaga e o melhor ajuste cultural para cada posição que ocupar resultará em ótimos resultados nos negócios.
Se uma empresa está procurando um cargo difícil de se contratar, por que não procurar no país que tem as melhores universidades nessa área? Cada país tem sua força quando se trata do mercado de trabalho, e podemos concordar que é muito improvável de se encontrar o melhor profissional apenas “virando a esquina”.
A chave da contratação internacional, portanto, é a confiança. Ela deve ser a base de todos os negócios, sejam eles recentes ou de longa data. A ideia de se avaliar uma equipe vendo-os sentados um ao lado do outro ficou datada nos dias de hoje. O desenvolvimento de carreira precisa ser promovido mesmo à distância, pois para atingir metas é preciso mostrar resultados. Não importa se a pessoa quer fazer uma pausa à tarde para ir à academia, tem consulta médica durante a manhã ou até quer almoçar com um amigo. Isso não tornará as pessoas menos produtivas. Pelo contrário, elas se sentirão ainda mais comprometidas.
A verdade é que as oportunidades estão por toda parte, mas os talentos, não. Então, se as empresas querem ter os melhores funcionários, elas terão que mudar sua mentalidade. É importante estar atento aos novos desafios que podem surgir, de forma a adaptar-se o mais rapidamente possível às mudanças desta era digital. A tecnologia já existe, agora precisamos utilizá-la para quebrar fronteiras.
