ESG e a nova geração de investidores conscientes

*Juliane Lemos é CEO e fundadora da ManejeBem

O ESG e a nova geração de investidores conscientes impulsionaram um crescimento notável de 8% no número de investidores em produtos financeiros no Brasil durante 2022, em comparação com 2021. Os dados mais recentes foram divulgados na 6ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro.

O aumento reforça, também, uma nova linhagem de investidores que são consumidores e profissionais que valorizam a sustentabilidade e a responsabilidade social corporativa. A nova geração não se contenta apenas com números e lucros.

Já uma pesquisa Global da EY, “Global Reporting and Institutional Investor Survey”, reforça a tese ao divulgar que  99% dos investidores utilizam as divulgações ESG das empresas como parte de suas decisões de investimento.

A nova geração pesquisa como as empresas estão contribuindo para a sustentabilidade do planeta, diversidade, inclusão e se as empresas gerem o produto de forma ética e transparente. A nova tendência também reforça que empresas adotem medidas para melhorar as políticas ambientais e implementem práticas mais sustentáveis em toda a cadeia de suprimentos.

O estudo da EY ouviu mais de mil líderes financeiros seniores e 320 investidores. Na avaliação do instituto, 78% dos entrevistados apontam que as empresas devem investir em projetos ESG relevante para os negócios, mesmo que haja redução nos lucros à curto prazo.

Empresas sustentáveis atraem investimentos nas bolsas

Para atrair investidores, é necessário que a empresa seja transparente e integre os critérios ESG na empresa, e não apenas ter políticas isoladas voltadas para cada um dos aspectos. A gestão de projetos de responsabilidade social e ambiental, alinhada com os valores ESG, é essencial em todos os níveis da organização. Muitos investidores podem não entender completamente os critérios ESG e como eles se relacionam com o desempenho financeiro a longo prazo.

Educação contínua é essencial para aumentar a conscientização e o entendimento. É preciso destacar que os benefícios financeiros associados a práticas ESG muitas vezes se manifestam a longo prazo. Convencer investidores a adotar uma abordagem mais orientada para o futuro pode ser um desafio.

Superar esses desafios muitas vezes requer um compromisso genuíno com práticas sustentáveis, uma comunicação transparente e esforços contínuos para melhorar o desempenho ESG. Empresas que conseguem abordar essas preocupações podem se posicionar de forma mais eficaz para atrair investidores comprometidos com critérios ESG.

Para tornar as metas de sustentabilidade das empresas tangíveis, surgiram outras empresas comprometidas em atuar 100% com projetos que promovem o desenvolvimento social, ambiental e econômico sustentável. Elas minimizam seu impacto ambiental, adotando práticas e processos que reduzem a pegada de carbono, promovem o uso eficiente dos recursos naturais e apoiam a conservação da biodiversidade.

Isso é essencial para enfrentar desafios ambientais, como mudanças climáticas e escassez de recursos. Além disso, investidores e consumidores estão cada vez mais interessados em apoiar empresas socialmente responsáveis. Empresas sustentáveis muitas vezes atraem investidores comprometidos com critérios ESG e conquistam a preferência dos consumidores que valorizam produtos e serviços responsáveis.

Como aplicar o conceito ESG na sua empresa

No caso da ManejeBem, para tornar esse avanço de comunidades possível, a empresa é especializada em ajudar grandes corporações a relacionar-se com esses produtores familiares, estruturando cadeias produtivas e trabalhando para que práticas ESG na agropecuária sejam devidamente aplicadas, rastreadas e monitoradas.

A partir da visão de CEO da ManejeBem, os investidores conscientes mudaram o cenário corporativo por buscarem empresas comprometidas com rastreamento e monitoramento das ações. Principalmente, levando em consideração o aumento das mudanças climáticas, da poluição e da escassez de recursos naturais. Nesse contexto, o poder dessas empresas não é apenas de reduzir seu impacto ambiental, mas também colaborar com um futuro mais resiliente