*João Gonçalves é CEO da JoGo
Ser bem sucedido como founder é ser mais forte! Ou seja, é vencer onde a grande maioria desiste, e por isso é algo muito valorizado por quem tem as condições certas e está começando um caminho profissional. Mas onde falham muitas startups? Na hora de fazer o GTM!
E na minha opinião existem alguns exageros e assusta a ineficiência que é gerada por um fato: a maioria dos founders erra ao tocar growth. A maioria não tem interesse no assunto, conhecimento relevante ou acesso a esse expertise na fase early stage.
Claro que todos lembramos do que aconteceu com a Apple sem Steve Jobs (e o Vale do Silício tem isso claríssimo no playbook), mas será que estamos exagerando?
Hoje na maior parte dos casos, o founder “só por sorte” consegue entregar o desafio de growth no early stage, especialmente quando estamos na fase de diluir o risco de GTM, logo depois de validar o PMF (product-market fit).
E isso ocorre por três principais motivos::
A – falta de expertise;
B – proposta de valor e comunicação;
C – pouco espaço para errar.
E quase sempre a moeda de troca é equity, diluição… o bem mais precioso se você é founder.
Então qual a solução? A boa notícia é que existem várias soluções e modelos diferentes, desde parceiros com expertise técnica relevante a recrutar e desenvolver uma equipe interna, passando por sênior advisors e muito benchmark no mercado.
A combinação de várias técnicas produz o melhor resultado combinado, ou seja:
1 – você deve fazer muito benchmark com o mercado, aprender com os erros dos outros (dica – compare laranja com laranja, não se deslumbre simplesmente com o que deu certo e sim com o que é comparável ao seu desafio).
2 – deve procurar advisory de investidores e experts (dica – experiência ajuda muito e tente separar as opiniões “rápidas” das opiniões refletidas, ponderadas em prós e contras. Todos temos em 1 segundo a resposta para qualquer problema, mas essas respostas rápidas têm como base a intuição apenas).
3 – terá que em algum momento começar o desenvolvimento de uma equipe interna (dica – entenda o momento certo de criar a equipe interna de growth, não contrate antes de validar nenhum canal pois a “pessoa errada” em growth pode custar caro demais).
4 – pode e deve usar parceiros que têm expertise técnica específica e que terão muito mais agilidade! (dica – em quase todas as disciplinas de Growth, como branding ou paid ads, é mais importante entender de como fazer isso em startups do que apenas entender do assunto técnico).
Ser founder, por definição, pressupõe uma capacidade de aceitação de risco alta e uma boa dose de otimismo, mas isso é diferente de ser inconsequente ao lidar com a responsabilidade sobre as pessoas da equipe, com o dinheiro dos investidores e também com a expectativa dos clientes e da sociedade.
Fácil é achar que é fácil!
Não corra riscos desnecessários, não dependa da sorte!