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Inovação: Como o Brasil está construindo seu protagonismo global no Web Summit Rio 2025

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Web Summit
Web Summit | Ramsey Cardy/Web Summit

*Por Marcella Calfi, gerente de marketing da Zoop, fintech do iFood

A inovação tecnológica brasileira ficou em evidência na abertura do Web Summit Rio 2025, consolidando o compromisso do país com o desenvolvimento tecnológico. O evento revelou a confirmação de mais cinco edições na cidade maravilhosa e o ambicioso projeto “Rio AI City”, um campus de inteligência artificial que operará com energia limpa e capacidade de 3 gigawatts até 2032.

A ministra Luciana Santos detalhou os investimentos em inovação, como o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, com previsão de R$ 23 bilhões. É reconfortante ver que, diferentemente de outros momentos históricos, não estamos apenas observando a revolução tecnológica acontecer — estamos moldando-a ativamente.

IA à brasileira: Inovação com propósito social

A Heineken exemplificou perfeitamente o potencial da inovação tecnológica brasileira quando aplicada com sensibilidade cultural local. Com sua iniciativa “Boring Phone”, a marca demonstrou como a tecnologia pode ser usada para reconectar pessoas em experiências genuínas, em vez de substituir o elemento humano.

Esta abordagem reflete um traço distintivo da inovação tecnológica brasileira: adaptar soluções globais às necessidades locais. Nosso setor financeiro, historicamente subestimado internacionalmente, emerge hoje como um dos ecossistemas mais avançados para fintechs no mundo.

PIX e Drex: A revolução financeira que o mundo quer copiar

A evolução do Pix para um sistema biométrico, discutida por representantes do Itaú, representa o próximo passo na inovação tecnológica brasileira no setor de pagamentos. Enquanto outros mercados ainda tentam replicar nosso sucesso inicial, o Brasil continua inovando.

O futuro das finanças integradas

A evolução do Pix para um sistema biométrico, discutida por Bruno Barbieri e Bernardo Douat do Itaú, representa o próximo passo lógico em nossa revolução de pagamentos. O Brasil, que já surpreendeu o mundo com a velocidade de adoção do Pix, continua inovando, enquanto outros mercados ainda tentam replicar nosso sucesso inicial.

Esta transformação do ecossistema financeiro encontra sua expressão mais profunda no conceito de Embedded Finance, articulado por Patricia Fischer, em uma masterclass da Zoop. Ao integrar serviços financeiros de maneira tão fluida nas experiências cotidianas que se tornam praticamente invisíveis, estamos redefinindo a própria essência do dinheiro e das transações.

A provocativa pergunta lançada por André Martins, CTO da Zoop, sobre a última vez que utilizamos dinheiro físico não é apenas retórica – é um convite à constatação de que, sem alarde, já atravessamos um portal para uma realidade onde o Brasil não corre atrás de tendências globais, mas as estabelece. Neste novo paradigma, as transações financeiras deixam de ser eventos conscientes e tornam-se extensões naturais de nossas interações com produtos, serviços e experiências, materializando no presente um futuro que muitas economias desenvolvidas ainda contemplam como distante possibilidade.

Como o Brasil está redefinindo as finanças digitais

Com iniciativas como o Pix, avanços no Open Finance e o desenvolvimento do Drex, a inovação tecnológica brasileira não está apenas participando da revolução financeira global – está liderando-a em muitos aspectos. O Web Summit Rio 2025 reflete o Brasil que estamos construindo: inovador, ousado e cada vez mais consciente de seu potencial de liderança global. A inteligência viva que permeia nossas soluções financeiras é o prenúncio de um país que finalmente está aprendendo a transformar criatividade em protagonismo mundial.