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Investimento anjo cresce e alavanca novos negócios no Brasil

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*Fabiano Nagamatsu é CEO da Osten Moove

Após o boom das startups há alguns anos – considerados de ouro, os investimentos de capital de risco tiveram uma queda acentuada no primeiro trimestre de 2023, com redução de 53% em relação ao primeiro trimestre de 2022 em todo o mundo. Os números do Brasil seguiram a tendência global, com queda de 86% no volume total de investimentos, de acordo com o Inside Venture Capital Report do Distrito.

As incertezas pós-pandemia, o aumento da inflação e alta da taxa de juros global afetaram diretamente os investimentos em venture capital. Além disso, a expectativa de desaceleração da economia mundial, com os impactos de guerras e transformações geopolíticas, também contribui para o cenário de desaceleração e queda no valuation das empresas de tecnologia.

No sentido oposto, os números revelam o fortalecimento da atuação de investidores anjos. A modalidade vem crescendo a cada ano e se manteve resiliente mesmo com a crise econômica de 2020. Somente em janeiro de 2021 foram aplicados mais de US$ 600 milhões em startups brasileiras, segundo a Angel Investor Club. O modelo ainda retomou o patamar de R$ 1 bilhão investidos em 2021, com um aumento de 17% em relação a 2020 e recuperando os níveis pré-pandemia, segundo pesquisa realizada pela Anjos do Brasil.

A característica mais marcante de um investidor anjo é a experiência. São pessoas que já acertaram e fracassaram e diversas vezes, aprendendo e adquirindo vasto conhecimento. Esses investidores podem ser empreendedores ou mesmo outros profissionais que buscam diversificar seus investimentos.

Com smarts e mentorias especializadas, esse tipo de aporte vem se tornando mais seguro para alavancar empresas em qualquer segmento. O investidor anjo trabalha junto do empreendedor como um mentor, auxiliando nas dúvidas e problemas, além de garantir o networking necessário para ajudar a empresa a se desenvolver.

O perfil dessa parceria prevê a disposição para assumir riscos em busca de garantir o apoio que a startup precisa para se desenvolver. É uma parceria mais profunda, que traz uma troca com aprendizados e retornos financeiros aos dois lados, e pode ser a chave para transformar um negócio por meio da extração do melhor que existe em cada projeto.

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