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Lifelong learning e saúde mental: pilares indispensáveis nas empresas

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*Isabela Corrêa é cofundadora e CEO da B.NOUS

Quando tratamos sobre o ecossistema de inovação muito se fala a respeito da importância das novas tecnologias – ChatGPT, inteligência artificial, metaverso, entre outros – mas, ainda hoje, pouco se fala sobre lifelong learning e a saúde mental dos colaboradores. Ambos são políticas internas indispensáveis para empresas que desejam crescer de forma sustentável e prezam pelo bem-estar de seus funcionários, gerando impactos positivos diretamente nos resultados dos negócios.

Quando falamos em lifelong learning estamos nos referindo ao conhecimento contínuo, ou seja, as habilidades que acumulamos ao longo da vida. Tudo o que fazemos ou consumimos gera conhecimentos e experiências, seja uma graduação, pós-graduação, curso de idiomas, séries, filmes ou livros, moldando a nossa personalidade e habilidades. Toda essa bagagem se não for bem administrada, principalmente no mundo dos “super conectados”, pode gerar grandes transtornos para a saúde mental das pessoas.

Partindo do ponto que tudo o que é em excesso faz mal, as empresas que desejam ter êxito nas suas atividades devem levar em consideração essas questões e prestar atenção ao bem-estar dos seus colaboradores. Neste contexto, é fundamental criar políticas internas que incentivem a qualificação profissional, o desenvolvimento de habilidades com mentores ou profissionais especializados, sempre prezando pela saúde mental das pessoas. Colaboradores afetados no seu emocional tendem a ser menos produtivos e mais susceptíveis a pedir demissão.

Dados da pesquisa Global Learner Survey, realizada pela Pearson, reconhecida empresa de aprendizagem global, revela que 92% dos entrevistados acreditam que os benefícios da saúde mental e bem-estar são partes importantes na tomada de decisão se devem ou não procurar um novo emprego, por exemplo.
Muitas vezes uma “demanda silenciosa”, a saúde mental dos colaboradores ganha gradativamente a atenção das empresas, principalmente no pós-pandemia.

Segundo pesquisa realizada pela HUBRH+ABPRH, 66,3% das empresas estão preocupadas com a saúde mental dos colaboradores. Os entrevistados apontaram que a gestão do bem-estar e da saúde mental seguem sendo o principal desafio das empresas. A pesquisa ouviu profissionais de recursos humanos de empresas com mais de 500 funcionários.

Já quando falamos em lifelong learning, devemos ter em mente que o processo é composto por quatro pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Aqui, é fundamental nos colocarmos na posição do outro e pensarmos o quanto a bagagem de conhecimentos pode pesar e como podemos ajudar os colabores a equilibrarem ela de forma saudável e sem prejuízos à sua saúde mental.

Trabalhar políticas internas que promovam o lifelong learning de forma sadia e em sintonia com a saúde mental das pessoas coloca a empresa em outro patamar. No fim das contas, essas pequenas ações vão gerar além de crescimento sustentável, colaboradores motivados e com alta performance, bem como redução nos danos à saúde física, mental e emocional, potencializando lideranças e aprimorando habilidades.

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