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* Roni Cunha Bueno é sócio-fundador da Organica

Se mudamos toda a maneira de nos relacionar na Nova Economia, por que continuamos a liderar da mesma forma? Essa é a grande pergunta que você deveria se fazer. 

Jogue fora todos os livros antigos de gestão, pois eles foram escritos para um outro momento econômico-social, e pensa aqui comigo.

Viemos de uma velha forma de Economia e agora estamos em uma nova era, a era da Nova Economia (já há alguns anos, diga-se de passagem). Traduzi isso de uma forma profunda em meu primeiro livro, o Mude ou Morra – um dos finalistas do Prêmio Jabuti, onde eu trouxe esse pensamento de uma maneira econômica e um entendimento de que o poder era de quem tinha o capital. Naquele modelo o pensamento era “eu tenho o capital que lhe interessa, então eu (empresa) mando na relação”:

  • Tenho o que te interessa, então venha até mim
  • Eu faço uma novela para você, então assista no horário que eu determinar
  • Caso queira o brigadeiro que te ofereço, venha buscá-lo até a hora que eu vou servir
  • Você quer meu sanduíche, peça pelo número. 
  • Quer uma condução? Venha até o ponto de táxi e pegue o primeiro. 
  • Enfim, muitos exemplos.

E assim foi por muitos e muitos anos. Até que veio a Nova Economia!   

Quando o iPhone surgiu e, com ele, os smartphones, o poder foi mudado de mãos, empoderando as pessoas e “tirando o poder” de quem detinha o capital. E hoje, do ponto de vista econômico, é assim: o tênis desejado chega até a comprador; a pessoa quer um carro para se deslocar, esse carro chega até ela; o sushi escolhido chega à porta da sua casa em minutos…

Hoje quando se tem alguma dor, ambição ou desejo, um botão resolve esse problema quase que magicamente. As pessoas estão empoderadas em relação às empresas. Creio que isso é claro para todos. O que não é tão claro é que quando o poder muda de mão, do ponto de vista de poder econômico, historicamente elas também anseiam por poderes sociais. 

Esses poderes sociais vêm crescendo nos últimos anos. Não à toa, vemos grandes corporações que detinham – quase que hegemonicamente na mão das grandes empresas de mídia – os poderes sociais perdendo força para indivíduos. E, assim, o capital social de conduzir a sociedade de um lado para o outro vem se pulverizando em diversos influenciadores. 

Influenciadores (big ou micro) disputam espaço, tete à tete, com gigantes. Todo mundo acaba influenciando e tendo poder social, devido a esse empoderamento das pessoas. As pessoas não mais estão dentro de estruturas de poder hierárquicas, mas sim em comunidades. Passam horas do seu dia no WhatsApp, Instagram, TikTok, Twitter, Facebook e tantas outras formas de comunidade. 

O poder hoje está nas mãos de uma comunidade! 

Você está vivendo em comunidade, mas (…):

(…) como é onde você trabalha? 

(…) como é a gestão onde você trabalha? 

(…) como a liderança influencia e conduz o time? Como uma comunidade ou no velho modelo hierárquico em que quem tem o capital do poder social da empresa manda e os demais obedecem? 

Deixo essa provocação, que você reflita e observe como se dão as relações sociais dentro da empresa onde você trabalha. Na próxima semana, vou seguir com esse tema, pois ele é a essência de tudo o que vamos discutir nesta série de artigos. Prepare-se!

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