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Por que investir em startups em meio a turbulência econômica e política

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* Mark Udler é investidor da Ventiur Aceleradora

Nos investimentos, cabe a máxima do megainvestidor Warren Buffett (também atribuída ao financista londrino Nathan Rothschild): compre ao som dos canhões e venda ao som dos violinos. O momento que vivenciamos hoje, no Brasil e no Exterior, é de turbulência econômica e política. Claramente, o que mais temos escutado são os disparos dos canhões.

Para aportar em startups, vale a mesma lógica. Uma pesquisa da Associação Brasileira de Venture Capital e Private Equity (ABVCAP) apontou que a taxa interna média anualizada de retorno dos fundos do setor foi superior ao dobro do Ibovespa entre 2010 e 2020. Será mera coincidência que, durante essa década, houve uma severa crise econômica e um impeachment no Brasil? No período da pandemia, também ocorreu algo semelhante: o boom das startups e, especificamente, dos unicórnios.

Além disso, investir em um portfólio de startups garante diversificação e hedge (contrapeso e proteção) para a carteira. Como Venture Capital é considerado um investimento de longo prazo (de cinco a 10 anos ou mais), fatores como inflação, taxas de juros e turbulências políticas acabam tendo pouco impacto negativo sobre essa classe de ativos descorrelacionados.

As startups são ágeis, adaptáveis e relativamente imunes aos altos e baixos dos mercados públicos graças aos seus horizontes de longo prazo. Na verdade, algumas empresas em estágio inicial podem realmente se beneficiar de cenários adversos – e é por isso que esse tipo de investimento ainda tem alto potencial de crescimento, mesmo quando a economia está afundando.

A história recente mostra que grandes negócios foram construídos e floresceram em momentos de dificuldades econômicas. Notoriamente, o Google levantou capital após o estouro da bolha das pontocom, cresceu durante a crise e conseguiu se distanciar da concorrência.

Para quem tem curiosidade, existe bastante conteúdo sobre o assunto publicado por gestores renomados. Mais do que nunca, agora é o momento de investir em startups no Brasil.

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