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* Amure Pinho é fundador do Investidores.vc

Representando o maior cargo da  área de tecnologia de uma empresa, o papel do CTO (Chief Technology Officer) se tornou imprescindível para a construção de boas ideias e crescimento de startups de diferentes segmentos.

A ocupação deste profissional de tecnologia em nível executivo representa a profunda necessidade deste mercado para colocar em prática boas ideias. Diante de um mercado aquecido, esses profissionais são caros, especialmente os extremamente qualificados. Ao mesmo tempo, startups buscam nomes que tenham habilidades técnicas de bons desenvolvedores e o domínio de linguagens complexas.

Então, como um empreendedor que está começando sua startup consegue pagar por este profissional? Entregando uma fatia do negócio. A conta não é tão simples, já que é preciso convencer um profissional assediado pelo mercado a largar tudo e embarcar em uma aventura que, até o momento, ainda é uma  ideia pronta para entrar em uma planilha de dados. Desta forma, qual a fatia do negócio deve ser oferecida a um profissional essencial para qualquer startup?

Obviamente, é preciso analisar diferentes cenários. Quem estiver começando uma ideia agora, não tem nada construído, é bem provável que tenha que dar metade do negócio para o CTO, para que ele entre junto com o dono da startup, afinal, ele vai começar o negócio do zero também – e está entrando em um negócio mais arriscado. A startup que está operando  há mais de 6 meses ou gerando receita entre R$ 10 mil ou R$ 15 mil por mês, pode dar um pouco menos de porcentagem. Importante lembrar que o CTO não será considerado um cofundador se tiver menos de 10% de participação no negócio.

O valor mínimo de 10% atende também uma estratégia para reter o profissional, afinal, a chance do CTO “largar o barco” para  outra oportunidade diminui – vou dizer, novamente, que o mercado de tecnologia continua em ebulição e com propostas absurdamente atraentes para o mercado de tecnologia. Então, é preciso parcimônia e equilíbrio para fechar a conta e assinar contratos.

Avaliar o caminho traçado pela startup,  o quanto de receita ela já tem, o quanto já foi investido no negócio, qual a complexidade da matriz de dados necessária para a operação e qual o grau de dependência com esse profissional será estabelecido. O ideal, de fato, é estar na margem nos 10 e 20%, no entanto, essa conta vale para empreendimentos mais maduros tecnologicamente.  A startup que estiver começando agora, provavelmente precisará abrir mão de 25% a 30%, o que costuma ser uma decisão mais difícil de bater o martelo.

O que está fora de cogitação, depois de tantas variáveis, é negar a importância dos executivos responsáveis pelo desenvolvimento de empresas de tecnologia. O mercado está aquecido há bastante tempo e não é à toa.

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