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Com o mercado todo voltado para os ganhos que a inteligência artificial pode trazer, as grandes empresas de tecnologia seguem sofrendo na bolsa de valores. Um estudo divulgado esta semana pela Globaldata reforça a tendência, mostrando que somente no terceiro trimestre de 2023, as 25 maiores companhias do segmento registraram, no acumulado, uma perda de valor de mais de US$ 600 bilhões em relação ao trimestre anterior.

A lista é puxada pelo prejuízo das duas maiores – Apple e Microsoft. Ainda ocupando o primeiro lugar no ranking das mais valorizadas, a empresa de Tim Cook está avaliada em US$ 2,6 trilhões, uma queda brusca de 12,5% em relação ao trimestre anterior. A companhia chegou a animar na abertura do quartil, quando bateu recordes ao passar da marca de US$ 3 trilhões em valuation.

Entretanto, o boicote do governo chinês aos produtos da maçã, assim como projeções pouco animadoras para a nova linha de iPhones, fez o valor cair rapidamente – cerca de US$ 380 bilhões – até o final de setembro. Mesmo assim, o atual patamar da companhia está 29% acima do valuation anotado no final de 2022.

Ranking globaldata
Ranking globaldata. Crédito: divulgação

A queda da Microsoft, por sua vez, foi um pouco menor (8%), ficando em um valor de mercado de US$ 2,3 trilhões. Em terceiro no ranking, a Alphabet tratou de dar uma compensada na estatística, crescendo 9,5% em relação ao trimestre anterior, por conta de seus movimentos na área de IA generativa, especialmente com o lançamento do Bard, cogitado como um possível rival do ChatGPT.

Das FAANG, quem também anotou números positivos no trimestre foi a Meta, que aumentou seu valor de mercado em 6,3%, chegando a US$ 782 bilhões. A Amazon, por sua vez, no quarto lugar, caiu 2,8%, passando a valer US$ 1,3 trilhão.

Apesar dos números pouco animadores, a expectativa dos analistas é que o último trimestre seja mais positivo. Entretanto, questões geopolíticas podem entrar no caminho de uma reação mais acentuada. “No último trimestre de 2023, as ações de tecnologia deflacionadas poderão receber um impulso, com a forte procura dos consumidores e um maior ânimo dos investidores. No entanto, as condições econômicas voláteis alimentadas pelo aumento dos preços do petróleo e pelo conflito Israel-Palestina poderão atrasar uma potencial recuperação”, afirma Gracio Benher, analista da Globaldata.

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