
“Ainda estamos na superfície do que vai ser o Open Finance. Quando as instituições começarem a agregar inteligência aos dados dos clientes será algo extraordinário”. A aposta é de Luiz Fernando Figueiredo, chairman da JiveMauá e ex-diretor do Banco Central do Brasil, durante painel no klavi Day, evento que reuniu executivos de mais de 50 empresas na sede do Distrito, em São Paulo, na terça, 28 de outubro.
A quinta edição do encontro, promovido semestralmente pela klavi, primeiro bureau de Open Finance do mundo, tem como propósito fomentar discussões sobre inovação financeira e inteligência de dados. Nesta edição, o painel, moderado por Bernardo Meirelles, head de vendas da klavi, teve como foco a inovação no sistema financeiro brasileiro.
Durante a conversa, Meirelles concordou com Figueiredo ao destacar que o avanço do Open Finance no país depende, em grande parte, de gerar benefícios tangíveis para os clientes finais, incentivando o compartilhamento de dados pelos correntistas. “Na klavi, criamos jornadas de coleta de consentimento que entregam benefício imediato para o usuário, incentivando-o a compartilhar seus dados”, explicou. Atualmente, o OpenFinance tem 73 milhões de consentimentos únicos, sendo 25% deles provenientes de agregadores de dados, o que potencializa o alcance e o impacto do sistema.
Na visão de Figueiredo, o Banco Central é hoje líder mundial em inovação financeira e essa trajetória começou ainda nos anos de hiperinflação, no final da década de 1980 e início dos anos 1990. “O BC tinha que criar mecanismos para ajudar o sistema financeiro a se defender disso”, lembrou. Ele participou da criação do novo Sistema de Pagamentos Brasileiro, que modernizou a infraestrutura bancária. O surgimento do TED (Transferência Eletrônica Disponível), em 2002, foi outra inovação, que abriu caminho para o PIX.
Inclusão no sistema financeiro
O ex-diretor do Banco Central destacou ainda o papel do BC em estimular a concorrência e reduzir custos ao promover o surgimento das fintechs, ampliando o acesso ao sistema financeiro. Em relação ao Open Finance, ressaltou que o Banco Central precisou mostrar ao mercado que os dados pertencem aos correntistas, e não aos bancos. Apesar da resistência inicial dos clientes, Figueiredo comemorou os mais de 70 milhões de correntistas que já aderiram ao Open Finance, e reforçou que há espaço para crescimento muito maior.
Essa visão se conecta com o papel da klavi, que atua em parceria com o mercado e o regulador para transformar o Open Finance em uma ferramenta efetiva de democratização financeira com segurança e transparência. A klavi já processou mais de oito bilhões de transações e oferece mais de 400 variáveis proprietárias para bancos, financeiras, empresas de telecomunicações e mobilidade e aplicativos de finanças pessoais, atendendo clientes como Banco BV, Serasa, Renner e Vivo. Usando inteligência de dados na originação, a companhia apoia empresas na decisão de crédito ao consumidor, contribuindo para o ecossistema Open Finance, que já aprovou mais de R$ 31 bilhões em crédito no país. Durante o klavi Day, a companhia anunciou a homologação da empresa no Pix Automático.
Figueiredo observou que o Brasil nunca teve tanto crédito disponível como agora, mas ainda existem desafios na análise de risco que o Open Finance pode endereçar. “Dar crédito em ‘mar aberto’ é muito difícil”, afirmou, reforçando o papel dos dados como instrumento de inclusão e eficiência. Já para as empresas, segundo ele, o surgimento dos FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) foram um grande avanço, reduzindo o custo tributário e dando mais transparência às operações de crédito.
Além de uma aula sobre o sistema financeiro brasileiro e a visão de futuro do mercado, o klavi Day evidenciou a importância da evolução do ecossistema financeiro mais aberto, competitivo e seguro para consolidar um modelo financeiro mais inteligente e inclusivo para o país.
Quer transformar dados do Open Finance em inteligência de mercado? Entre em contato com a klavi, primeiro bureau de Open Finance regulado pelo Banco Central e conheça soluções que vão de modelos de renda e score a validações de identidade, antifraude e recuperação de crédito.