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Digital Trust: Vamos por partes

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Ok, nos perdoe pela redundância ou o trocadilho cretino do título, mas a ênfase é importante. Para entender com propriedade o mercado de ativos digitais – e aí você pode incluir criptomoedas, NFTs, entre outros – é preciso compreender como a “máquina” toda funciona. E como todo mecanismo complexo, ela é composta por elementos distintos. E a gente vai abordar cada um deles nesta série de conteúdos sobre ativos digitais, a Digital Trust.

Parte 2 – Vamos por partes

Por quê é EXTREMAMENTE IMPORTANTE você saber sobre estes diferentes elementos? Bem, porque nem sempre o que se entende sobre cripto fala sobre como estas peças cumprem papéis próprios, com tecnologias e disrupções que vão muito além, por exemplo, do que o bitcoin, ou até mesmo o blockchain pode entregar.

“Entender a importância e a magnitude dessas disrupções será fundamental para que as empresas continuem criando vantagens competitivas no futuro. Não se trata de gostar ou não do Bitcoin ou de ativos digitais, mas sim de entender como essas tecnologias irão mudar a forma como entendemos e transacionamos ativos a valor”, ressalta Rudá Pellini, autor do Best-seller O Futuro do Dinheiro e presidente da Arthur Mining.

Toda essa disrupção iniciada pelas criptomoedas, mineração e pelo blockchain há alguns anos hoje está se desdobrando no que muitos estão chamando de uma nova internet. Se você já não ouviu (é um termo relativamente recente), com certeza já vai ouvir da Web3, a tal da terceira onda da web.

Se na Web 1.0 o foco estava na distribuição de informações e na Web 2.0 o boom veio da criação massiva de conteúdos e interação entre os usuários, a web3 gira em torno de uma nova proposta: descentralizar e tornar mais transparente o controle dos dados na web, por meio de tecnologias como o blockchain e tokenização.

Nomes de efeito à parte, os impactos desta novidade já são sentidos na economia, como por exemplo o blockchain aos poucos sendo aceito pelo “mercado mainstream” (se é que existe esta expressão), e ativos como os NFTs se tornando opções de investimento ou até mesmo objetos de desejo.

Mas como destacamos no começo do texto, é importante conhecer as partes que compõem o todo, e entender como o valor de cada uma delas vai bem além das cotações de criptomoedas que você acompanha diariamente.

Ele mesmo, o Blockchain

Toda essa máquina gira em torno de uma estrutura principal, que é – isso mesmo – o Blockchain. E a mineração é onde esta estrutura se multiplica e gera valor, seja para compor novas moedas (Bitcoin, Ethereum), ou se traduzir até mesmo em outras formas, como é o caso dos tokens desenvolvidos em cima do Ethereum, que podem ser descritos como “contratos inteligentes”, tornando-se ativos digitais.

Apesar do Bitcoin ser ainda o nome ainda mais popular ligado ao Blockchain, aos poucos o conceito de tokens, os já mencionados smart contracts e ativos digitais está ganhando tração entre os mais antenados em tecnologia. Segundo diversos especialistas, estamos falando de novos conceitos em conectividade e programação para produtos, ativos e até mesmo investimentos.

No código do Blockchain, é possível incluir nos ativos capacidades únicas de governança, compliance e outros atributos que diminuem a possibilidade de erros, em um ambiente transparente e automatizado. O que isso significa? Bem, estamos falando da possibilidade de reduzir custos e gerar ainda mais valor.

E quando falamos em valor, não estamos apenas falando do setor financeiro, que é o que primeiramente vem à mente. Vamos pegar por exemplo a vertical heathcare, que já está utilizando o blockchain em questões como prontuários médicos e gestão de contratos. De acordo com segundo um estudo lançado pela Data Bridge Market Research em 2021, o seu uso no segmento de saúde deve acumular um crescimento médio anual de 21,70% até 2027.

Contudo, a popularização do blockchain não para por aí. Verticais como o mercado imobiliário, supply chain e outros já contam com empresas utilizando esta tecnologia como uma ferramenta em favor de seus processos.

Novas possibilidades

Ao tratar de blockchain, diversos entusiastas da Web3 falam de possibilidades inéditas de valor. Podemos pegar o exemplo dos NFTs, talvez o assunto mais bombado em relação aos ativos digitais nos últimos tempos. Seja você favorável ou não ao conceito, não dá pra negar que estamos falando de algo inédito. Ou você já pensou em algum momento da sua vida que um dia alguém pagaria quase US$ 70 milhões por um objeto de arte digital?

E outra coisa: no meio deste ruído todo, às vezes a conversa pode até ser limitante. NFTs podem mesmo ser só “JPEGs com grife”, mas a verdade é que existem – isso mesmo – possibilidades. Eles podem ir muito além de obras de arte que alguém é dono. Esses ativos digitais são programáveis, e podem trazer consigo outros atributos, sendo “chaves digitais” (tokens) para outros conteúdos e benefícios.

Estamos falando de um novo tipo de mercado sendo criado em tempo real, assim como um novo conceito em propriedade, isso que nem entramos pra valer nos temas tokenização ou o tal do METAVERSO. Mesmo assim, já dá pra ter uma ideia de como esta disrupção digital vem ganhando o público, se tornando cada vez mais aceito.

Mineração: onde se molda o Blockchain

Uma explicação rápida, e vamos utilizar o bitcoin como exemplo. A mineração é o processo onde os mineradores, por meio de sistemas de alto poder computacional, trabalham para construir novos blocos na blockchain do bitcoin, e validar as transações nesse bloco. Para isso, os mineradores realizam o processamento de um algoritmo criptográfico como prova de trabalho. Quem conseguir resolver o algoritmo e criar consenso, pode escrever um bloco.

Resumindo: estamos falando de um mercado de alta competitividade e alto investimento. Também se trata de uma atividade com alto consumo energético, dado a necessidade de processamento que ela exige. Tanto que, ao longo dos últimos anos, ela vem levantando questões sobre a sua sustentabilidade.

Contudo, à medida que a informação se torna mais disponível e o mercado de criptomoedas vai se popularizando, a atividade de mineração também acompanha esta, vamos dizer, “profissionalização”.

Se antes, operações de mineração eram vistas como algo à margem do mercado, com valores de mercado na casa das dezenas ou no máximo centenas de milhões de dólares, hoje estamos falando de bilhões, com algumas inclusive já listadas na Nasdaq.

Inclusive, segundo diversos especialistas do mercado, a expectativa do mercado de mineração para 2022 é que a hashrate da moeda dobrará até o final do ano. Para quem não sabe, a hashrate é o índice que mostra o quão seguro é a rede do blockchain, algo importantíssimo para os mineradores. Quanto mais alta, melhor.

“Os mineradores atuam como os guardiões da rede, já que ao mesmo tempo em que processam as transações e fornecem infraestrutura pra rede, garantem à integridade e imutabilidade da rede” Ray Nasser, CEO da Arthur Mining.

Essa mudança de perfil também gera mais responsabilidades, abrindo portas para outras necessidades e soluções, especialmente na questão energética. Mas isso é assunto para o próximo texto da série Digital Trust, na semana que vem.

Enquanto o novo capítulo não vai ao ar, que tal conferir o texto anterior?

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