
O celular é o principal dispositivo usado quando o assunto é meio de pagamento, sendo ele a escolha de 89% dos brasileiros para realizar transações via mobile em lojas físicas. Nesse contexto, o Pix também figura no topo da lista de preferências para transações no Brasil, sendo usado por 77% dos consumidores.
Os dados são da pesquisa “Pagamentos digitais e mobile”, realizada em setembro de 2025 pela Zoop, em parceria com a PiniOn, com 1.685 entrevistados a partir de 18 anos, com representantes de todas as classes sociais e regiões do País.
Em termos de compras online, o smartphone se mantém como sendo o mais usado pelos entrevistados (92%), especialmente quando o recorte observado é das classes D e E (92%). O resultado, vale ressaltar, reforça o fato de que as classes sociais mais baixas possuem menos acesso a computadores, tornando o smartphone o dispositivo móvel principal.
Outros meios de pagamentos digitais como cartão de débito e crédito virtual, carteira digital e pagamento intermediado por empresas de tecnologia (como WhatsApp Pay, Amazon Pay, Facebook, entre outros) também entram na briga, atingindo até 40% da população nos níveis socioeconômicos A e B, contra apenas 10% da população das classes D e E.
Sendo o celular o principal dispositivo, o pagamento por aproximação também ganhou relevância e é usado por 98% dos entrevistados que usam o smartphone para pagamento em lojas físicas, contra apenas 9% que utilizam relógios inteligentes para a mesma operação.
A tecnologia também avança para além do pagamento de compras, incluindo serviços como transporte público (27%) e pedágio (33%).
“O sucesso absoluto do Pix e a crescente aceitação do pagamento por aproximação no dia a dia mostram que o brasileiro está pronto para o digital”, observa Patricia Fischer, CRO da Zoop.

Adoção do celular como maquininha
Outra tendência é o uso do celular para transações ponto a ponto: 52% dos brasileiros já pagaram diretamente no celular do vendedor, e 31% já utilizaram o próprio celular para receber um pagamento.
A percepção é positiva: a maioria dos entrevistados declarou que utilizariam novamente o método, tanto para pagar (70%) quanto para receber (77%). A maioria dos respondentes declararam ter sido uma experiência rápida e simples (74% para pagamentos e 77% para recebimentos).
Para Patricia, os dados confirmam uma movimentação que acontece há algum tempo no mercado: “o celular é hoje o principal portal para a inclusão financeira no Brasil, independentemente da classe social”, comenta.
Mais do que um vetor de transformação social, a executiva também argumenta que “a alta adesão ao mobile para pagamentos, especialmente em relação ao Tap-to-Pay, quando se usa o celular como maquininha, valida a nossa tese de que a tecnologia, quando acessível e simples, é o que move a transformação”.
O levantamento também mostra que “conveniência e praticidade, tanto para consumidores quanto para empreendedores” é um dos principais argumentos a ser considerado para quem quiser investir em tecnologia de pagamentos.
“Ainda há espaço para ampliar o entendimento sobre essas vantagens, fortalecendo a percepção positiva e o potencial de crescimento dos meios digitais em todas as classes sociais”, conclui o estudo.