Se você perguntar para fundadores se as aplicações de software as a service – o famigerado SaaS – estão morrendo, provavelmente alguns deles ficarão ofendidos. Muitos deles há pouco resolveram migrar para este modelo, apostando na receita recorrente como um gatilho de crescimento no futuro.
Entretanto, para quem já fez a mudança para este tipo de produto há algum tempo, parece que as coisas não andam tão bem quanto já estiveram. Em um mercado onde os ritmos de crescimento das startups não são mais acelerados, os múltiplos caíram, os ARRs também, e os investidores já estão de olho na próxima grande tendência – no caso do momento, a inteligência artificial.
“A soma de um menor apetite à compra de SaaS por parte de médias e grandes empresas – reflexo direto da macroeconomia global, com juros e inflação em patamares acima do que vimos pré-pandemia, além do câmbio não favorável – impacta diretamente o setor. Ao mesmo tempo, há uma saturação de mercado – é difícil uma área de uma empresa que não possua inúmeras soluções de assinatura de software disponíveis”, avalia João Gabriel Chebante, fundador e CEO da Sinergis, player parceiro de grandes empresas internacionais de SaaS.
Entretanto, será que o apelo do SaaS está realmente caindo, ou está apenas se transformando? E se a resposta mais coerente for a segunda opção, para onde o futuro do SaaS está se encaminhando?
Na visão de João, diversas tendências atuais vão interferir na forma em que o SaaS será consumido pelas grandes companhias daqui para a frente. O hype da inteligência artificial, assim outras tendências como as plataformas low e no code, vão impactar tanto nas capacidades das aplicações quanto também na acessibilidade destes produtos para diversos tipos e portes de empresas.
“O que vejo é a entrada de novas tecnologias como “horizontais” agregando valor e diferenciação para os diferentes setores de uma organização. É aqui que entra a IA. O ganho de produtividade e capacidade analítica deve transformar a forma que trabalhamos. Logo, startups que conseguirem agregá-la de forma lúdica e assertiva vão se destacar, ganhar mercado e ter melhor acesso a investimentos”, avalia João.
Acertando os próximos passos
Há dez anos atuando como parceira de grandes players internacionais de SaaS, a Sinergis despontou como revendedora da SugarCRM na América Latina, a primeira da Monday.com na região, chegando a US$ 2 milhões de faturamento em três anos. Atualmente o principal case da Sinergis é com a ClickUp, startup ianque que está em alta e tem investidores como a Tiger Global e a16z, e já faturou mais de US$ 1 milhão em pouco mais de 12 meses de operação com a marca.
Na sua trajetória, a Sinergis já atendeu mais de 450 clientes, com nomes como Reserva, BTG, Nubank e Quinto Andar, e hoje tem na sua carteira empresas como Anbima, Alura, Casa dos Ventos, Totvs e Grupo SEB.
Apesar do cenário bastante competitivo, João Gabriel Chebante acredita que o cenário de SaaS ainda tem um grande potencial no país. “Players em late stage possuem uma vantagem, que é a expansão das soluções e renovações anuais, que fomentam um crescimento em dois dígitos em sua base instalada. Isso é ainda mais latente em países como o Brasil, onde a ‘instrumentalização’ de áreas como vendas, marketing, projetos e RH ainda está em curva de desenvolvimento. Ao somar o Sucesso do Cliente (CSM) com novas vendas, o resultado para SaaS, mesmo sendo menor que 5 anos atrás, ainda é muito interessante para empreendedores e investidores”, avalia.
De olho nas possibilidades ainda presentes no mercado local de SaaS, a Sinergis está se reposicionando no mercado, e está procurando clientes existentes e potenciais para colocar o “dedo no pulso”, ouvindo das próprias empresas quais são as dores que precisam ser resolvidas – e quais são as tecnologias, os próximos SaaS, que vão atender as atuais e futuras dores do mercado.
“Queremos saber quais serão as tecnologias dos próximos anos, não pelo lado de quem investe, mas de quem consome, pois no final do dia são eles quem decidem de verdade o que fica de pé ou não”, dispara.
Segundo o CEO da Sinergis, a pesquisa – chamada SaaS Stack BR – será a base para as próximas iniciativas de crescimento da companhia. Além disso, a partir das respostas dos usuários, a Sinergis quer ter a capacidade de não apenas alavancar no mercado as soluções que as empresas estão buscando, mas também apoiar startups de qualidade a vender de forma mais assertiva.
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