Com ameaças digitais cada vez mais complexas e o uso maior de tecnologias emergentes, como a IA, garantir a total segurança cibernética das empresas chega a ser uma missão impossível. Foi pensando nisso que, Bruno Moraes, ex-diretor de segurança da informação (CISO) da Vivo e Olimpíadas Rio 2016, decidiu, após mais de 20 anos entendendo o lado do cliente e os gaps que ainda existiam no setor, criar sua própria startup, a Cyber Horizon Group.
O grupo é formado por três empresas especializadas em segurança cibernética que oferecem serviços de proteção digital que fogem do convencional: a Redwolves, empresa de segurança ofensiva que simula ataques hackers e treinamentos em guerra cibernética; Blue Diamond, empresa de defesa que observa todos os sinais e faz a proteção digital dos clientes; e a Cyberstar, empresa de estratégia que constrói táticas de alto impacto em segurança digital.
“De acordo com o relatório da World Economic Forum, a disparidade crescente entre as organizações ciber-resilientes e aquelas que ainda não implementaram medidas adequadas de segurança é uma preocupação. Esta lacuna representa um desafio significativo, já que empresas menos preparadas são mais vulneráveis a ataques devastadores. É aí que os nossos serviços entram, para blindar as empresas dos criminosos digitais que seguem se atualizando, principalmente com a inteligência artificial”, comenta Bruno.
Para dar vida à startup, o CEO e fundador investiu R$ 2 milhões do próprio bolso e traçou um planejamento estratégico muito bem desenhado e cauteloso para ganhar mercado e crescer. Segundo Bruno, foram definidas três “ondas”. Na primeira, que compreende os três primeiros anos de operação, o foco será vender, conquistar clientes e ganhar reputação, fortalecendo a marca. Na segunda onda, será o momento de buscar investidores e fazer uma captação, além de contratar mais executivos. Por fim, a partir do 5º ano, vem a expansão, com a conquista de clientes internacionais.
“Em nenhum momento vamos abrir mão da excelência. Vemos no mercado que a empresa que cresce demais e muito rápido, também perde a qualidade. E o mercado de segurança, em particular, é um mercado de confiança. Se você pisa na bola, é bem difícil recuperá-la”, afirma Bruno, em conversa com o Startups.
Para estabelecer uma conexão ainda maior com os clientes e crescer, o grupo pretende criar um e-commerce para vender produtos de cada uma das três empresas, como bolas e bonecos representando os animais que simbolizam cada marca: o lobo vermelho da Redwolves, que simboliza a astúcia e a agilidade necessárias para desafiar e fortalecer a defesa cibernética; o leão e o diamante da Blue Diamond, que personificam força, precisão e excelência; e o falcão e estrela da Cyberstar, que representam visão ampla, velocidade, precisão, excelência e brilho. A ideia é que 100% do que for faturado com as vendas do e-commerce seja destinado à ONGs de educação e combate à fome.
Com três clientes engatilhados antes mesmo de seu lançamento ( empresas de tecnologia, seguros e indústria), a Cyber Horizon Group acredita que seu pipeline de oportunidades vai crescer muito. A expectativa, segundo Bruno, é de crescer 300% no primeiro ano de operação, e chegar a uma base de 30 clientes, principalmente médias e grandes empresas.