
A startup uruguaia de cibersegurança Strike anunciou a captação de uma rodada Série A no valor de US$ 13,5 milhões, liderada pelo FinTech Collective, com a participação do Galícia Ventures, Greyhound Capital, FJ Labs e Canary, que já eram investidores. Os recursos serão usados para expandir a atuação da empresa nos Estados Unidos e dar início à sua operação no Brasil, com a abertura de um escritório em São Paulo.
“O Brasil é quase um outro continente. Existe muito a ser feito no país e esse é só o começo. Desde já, vemos um feat muito grande com o país e a cultura brasileira”, afirma o fundador e CEO Santiago Rosenblatt, em entrevista exclusiva ao Startups. A Strike atende hoje a clientes em mais de 20 países, incluindo corporações como Santander, Mercado Livre, Okta e Delivery Hero.
Com foco em pentesting, ou seja, simulação de ataques cibernéticos para detectar vulnerabilidades nos sistemas, a Strike também pretende usar os recursos levantados nesta rodada para automatizar 50% desses processos, usando inteligência artificial.
Tradicionalmente, o pentesting é feito por “hackers do bem”, que realizam esses ataques para mostrar quais defesas podem ser reforçadas para evitar que os hackers reais acessem os sistemas das empresas. No entanto, Santiago explica que esse processo costuma ser lento, caro e pouco eficiente, podendo levar meses.
Para agilizar esse processo, a Strike também está lançando duas soluções, a Strike360 e a Compliance Suite, que utilizam IA para automatizar testes e oferecer certificações de segurança em uma única plataforma.
“Pentesting normalmente leva entre três semanas a um mês, e com a Strike isso vai poder ser feito no mesmo dia”, explica Santiago.
Além dos testes, a startup também agiliza a disponibilização dos relatórios com medidas a serem adotadas pelas companhias.
“A forma como as empresas lidam com a segurança precisa ser revista, passando de testes pontuais para uma validação contínua. Nesse sentido, o aporte que recebemos será fundamental para seguirmos transformando essa realidade, sobretudo em mercados mais críticos e desafiadores, como o brasileiro e o americano”, diz o fundador.