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Para a Skyone, scale-up de soluções de TI, 2024 é o ano em que a companhia colocou o pé no acelerador. No começo do ano, a companhia recebeu um aporte R$ 60 milhões da Bewater, o que foi base para uma expansão agressiva – incluindo um M&A e uma joint-venture. Entretanto, ela quer mais no segundo semestre, e nos planos estão o fechamento de mais duas aquisições e a meta de bater os R$ 400 milhões em receita.

“O plano para este ano, em que completamos dez anos de mercado, é o de trazer coisas novas para a nossa estratégia, como um foco maior no crescimento inorgânico”, pontua o CEO da Skyone, Ricardo Brandão, em conversa com o Startups.

A tal nova estratégia foi colocada em prática já em maio, dois meses de depois de fechar a rodada de investimento. No caso, a Skyone comprou a FWC Cloud, empresa de serviços em nuvem e banco de dados, que trouxe mais de mil clientes e 700 servidores geridos para a operação da companhia.

Outro movimento realizado no primeiro semestre foi a criação de uma joint-venture com a Faitec, especializada em produtos e soluções tecnológicas para o setor hoteleiro. Presente no mercado desde 2002 com mais de 2.000 clientes, a rede se uniu à Skyone em uma parceria que visa explorar o potencial de um setor que representa 7,9% do PIB brasileiro – o de turismo e hospitalidade.

No âmbito dos novos negócios, em junho, a Skyone lançou um modelo de franchising para o segmento de cloud inovador, batizado como “Franquias Skyone”. A meta é implementar 25 operações nesse formato até o final de 2024, com sete contratos já fechados até o momento.

Segundo Ricardo, estes movimentos serão importantes para a companhia manter seu ritmo anual de crescimento. “Ano passado conseguimos crescer 55%, e para 2024 nosso plano é chegar novamente à marca dos 50% de crescimento”, pontua.

Aliás, para marcar essa reestruturação interna de forma literal, a empresa investiu na expansão de seu escritório em São Paulo (SP), que agora conta com 2 mil metros quadrados. Segundo destacou a empresa em nota, “o novo escritório foi projetado para promover um ambiente de trabalho colaborativo e inspirador, garantindo que a Skyone continue a ser a melhor parceira para os seus clientes e parceiros”.

Mais M&As

A compra da FWC foi a primeira operação de M&A da Skyone em seus nove anos de existência até então. De acordo com o CEO, agora que a fusão foi concluída, a empresa está preparada para mais transações do tipo e para o segundo semestre a meta é fazer mais duas aquisições.

“Queremos fazer uma por trimestre, e para o ano que vem vamos ampliar essa velocidade, com quatro aquisições por semestre”, dispara Ricardo. “(M&A) deve ser uma frente muito forte nossa nos próximos anos. Estamos já preparando os times, desenvolvendo modelos e playbooks para essa transição”, completa.

Conforme explica Ricardo, o foco para o crescimento inorgânico está em empresas de cloud, em nichos específicos de computação em nuvem e dados, tais como soluções verticalizadas para áreas como finanças, por exemplo – e é claro, na inteligência artificial.

Apesar do aporte ter sido importante na estratégia de M&As, Ricardo ressalta que a saúde financeira da Skyone não depende tanto de investidores externos para manter a máquina de aquisições rodando. “Já somos uma empresa que gera caixa, e isso é fundamental para esta estratégia”, ressalta.

IA e internacionalização

Mesmo com o foco reforçado no crescimento interno, a Skyone está de olho em oportunidades para crescer em outros países na América Latina. Atualmente, a companhia tem clientes em 25 países, a maioria da América Latina – e o plano é aumentar a presença no México e Colômbia, onde a companhia já possui times alocados.

Outra oportunidade de crescimento que a Skyone quer explorar é a inteligência artificial. Apesar de ser algo que todo mundo quer fazer, Ricardo ressalta que a empresa quer fazer isso à sua maneira, colocando na mesa a sua expertise em dados.

Segundo Ricardo, esse é um novo pilar na estratégia cloud da companhia, utilizando IA para contextualizar dados e aplicar modelos para resolver problemas dos clientes, especialmente a base atendida pela Skyone, que é em sua maioria negócios de pequeno e médio porte.

“Nosso foco é concentrado em PMEs de R$ 10 milhões a R$ 3 bi em faturamento. O que muda é que agora a IA e esses processamentos avançados de dados ficaram mais acessíveis. Queremos fazer com a IA o que a cloud fez para as PMEs, democratizando o que antes só era acessível parqa as grandes que tinham data center”, finaliza.

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