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Boa tarde,

E começamos a etapa final do ano de 2021. Esse era o momento que a maioria dos especialistas falava, há 1 ano, que, seria quando a vida voltaria ao normal. Ainda não é exatamente o caso, mas as coisas já parecem estar indo bem melhor. As novas cepas ainda são um risco, mas não parecem tão assustadoras com o avanço da vacinação.

Agora é lidar com os efeitos na economia. Inflação juros mais altos. Vamos ver isso em todo o mundo nos próximos meses. Aqui no Brasil pode adicionar o molho da política, que no nosso caso, dá um sabor bastante amargo e consegue azedar tudo. Sempre!

Prepare-se então para instabilidade no cenário macro e, obviamente, muita movimentação no mundo de tecnologia, com M&As e rodadas aos montes – que novidade!

Boa leitura e boa semana!

Gustavo Brigatto
Fundador e Editor-Chefe

Se preferir, leia o CODEX no site

Semana de 27 de Setembro a 3 de Outubro

RODADAS DE INVESTIMENTO

  • Para financiar a expansão de sua rede de bicicletas, a Tembici fechou uma captação de recursos que soma R$ 420 milhões e que contou com um pedaço de equity e outro de captação de dívida com selo verde. A parcela de crédito é de R$ 29 milhões em linhas obtidas com o Itaú e o Santander e está atrelada a critérios de impacto.
  • Na parte de equity, o aporte foi liderado pela gestora Crescera Capital e contou com a entrada da Pipo Capital (do Gustavo Ahrends, que também investe na Kovi) e da Endeavor CatalystIFCValorRedpoint eventures e Igah, que já eram investidores, acompanharam.
  • Em uma extensão da série E anunciada em junho, a mexicana Konfío levantou mais US$ 100 milhões. Com o complemento, a rodada totaliza US$ 225 milhões e elevou o valuation da companhia para US$ 1,3 bilhão fazendo dela o mais novo unicórnio latino. A ideia é usar os recursos para expandir o portfólio em 3 áreas principais: crédito, ferramentas de gestão empresarial e processamento de pagamentos. Além disso, a fintech pretende continuar sua estratégia de aquisições. A extensão foi liderada pela Tarsadia Capital e teve a participação dos já investidores SoftbankKaszek VenturesQED InvestorsLightrockIFC e do fundo sueco VEF. Todos haviam contribuído com a 1ª parte da rodada, de US$ 125 milhões.
  •  A Merama, startup que ajuda a alavancar marcas em plataformas digitais, mal usufruiu dos US$ 160 milhões obtidos em sua 1ª rodada de captação e já partiu para uma série B. A empresa  levantou U$ 225 milhões em captação liderada pelo SoftBank Latin America e pela Advent International. Também participaram a Globo Ventures e os atuais investidores MonasheesValor CapitalBalderton Capital e MAYA Capital. Desde a série A realizada há 5 meses, a empresa mais do que dobrou de tamanho e está a caminho de gerar mais de US$ 250 milhões de receita consolidada em 2021. Com o novo valor recebido, a Merama quer profissionalizar, incubar e crescer algumas das maiores marcas de e-commerce da América Latina.
  • A Elifepar – empresa de participações que investe em negócios B2B para nichos de mercado ainda não atendidos ou com grandes oportunidades de crescimento – fez um aporte de R$ 1 milhão no Plexi, plataforma de big data com foco em empresas com operação 100% automática para consulta de dados sobre pessoas físicas e jurídicas em mais de 50 fontes públicas como Receita Federal, Detrans e Tribunais de Justiça de todo o Brasil.
  • Hi Platform , primeira plataforma de Customer Experience Journey do Brasil, anuncia captação de R﹩ 35 milhões em aporte liderado pela XMS Partners Soluções Financeiras e Investimentos. Os recursos serão direcionados para acelerar o crescimento da empresa e também para futuras aquisições que devem acontecer nos próximos dois anos.
  • Modalmais fez um investimento na KeyCash, a companhia que Paulo Humberg criou como proptech e transfomrou em uma fintech de crédito com garantia imobiliária. O banco vai comprar, inicialmente, 11% da companhia, mas a fatia pode chegar a 25%. As ofertas de home equity da startup serão incorporados à plataforma do Modal e a ideia é ampliar o portfólio.
  • Concebida há um ano, justamente devido à pandemia e seu impacto na rotina feminina, a plataforma digital Todas Group acaba de fechar sua primeira captação com investidores. A rodada seed é de R$ 1 milhão e a companhia, que tem o objetivo de ajudar a impulsionar carreiras de mulheres, traz reforço para o conselho de administração. A captação foi liderada pela The Next Company (TNC), gestora de venture capital fundada por Bob Wollheim e André de Escobar. Wollheim assumirá uma cadeira no conselho da companhia.

FUSÕES E AQUISIÇÕES

  • A argentina Nuvemshop, que se tornou um unicórnio com um aporte de R$ 500 milhões que contou com a participação da SoftBankcolocou o dinheiro dos investidores para trabalhar e comprou a brasileira Mandaê. A operação é a 1ª da companhia – e pode esperar mais vindo por aí – e marca sua entrada na oferta de serviços de logística aos vendedores cadastrados em sua plataforma.
  • Quem também colocou o dinheiro da SoftBank para trabalhar foi a OmieA companhia comprou a G-Click, que desenvolve ferramentas para otimizar o dia a dia de escritórios de contabilidade na qual já tinha uma participação de 10% desde 2019;
  • A rede de saúde Mater Dei comprou a empresa de análise de dados e inteligência artificial A3Data. Pelo acordo, ela terá 50,1% da companhia pagando R4 40 milhões – sendo R$ 25 milhões de cash out para os sócios e R$ 15 milhões para a empresa. A A3Data continuará atuando de forma independente;
  • Neogrid fez sua 2ª aquisição no mês e arrematou a Lett, especializada em trade marketing digital, por R$ 38,4 milhões. A transação envolve um pagamento inicial de 57% acrescida de mais 3 parcelas com pagamento e m120, 360 e 720 dias dependendo do atingimento de metas;
  • TC levou a empresa de informações financeiras Economatica por R$ 40 milhões. É a 3ª aquisição da companhia depois de seu IPO, em  julho. Desde a listagem a companhia perdeu mais de 40% de valor, resultado das incertezas que assolaram o mercado nas últimas semanas, mas também da desconfiança com relação ao futuro da própria companhia;
  • Banco Pan, do BTG, comprou a Mosaico, da qual o BTG detinha 13% de participação, 7 meses depois de a companhia fazer um IPO, que foi liderado pelo BTG e do qual, a maior parte dos recursos levantados, foram usados para pagar um empréstimo com o BTG. A informação foi dada inicialmente pelo Lauro Jardim e mais tarde confirmada pela empresa e representa um salvamento para a empresa que vinha andando de lado. O BTG vai pagar um prêmio de 27% sobre o valor da ação na sexta-feira, de R$ 12,62, valor que poderia ser interessante se não representasse um prejuízo de 19% para quem entrou no IPO em fevereiro.
  • Zigpay e a netPDV anunciaram a sua fusão. O movimento acontece logo após a rodada de investimentos da fintech, anunciada em agosto de 2021, na qual ela levantou R$ 40 milhões junto a investidores como Edgard e Diogo Corona, da SmartFit, e Ricardo Goldfarb, das Lojas Marisa. A nova empresa nasce com um incremento no portfólio, uma vez que as duas companhias atuam em segmentos diferentes do entretenimento: a Zigpay oferece soluções para restaurantes, bares, casas de shows e eventos, e a netPDV atende a grandes e megaeventos, como Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, Lollapalooza, Rock in Rio, Oktoberfest Blumenau e muitos outros. Assim, as soluções de uma companhia poderão atender aos clientes da outra e vice e versa. A expectativa é transacionar mais de R$ 2 bilhões em TPV no próximo ano, intensificar os projetos de expansão global e quadruplicar o atual quadro de colaboradores, gerando aproximadamente 200 novos postos de trabalho. Para a efetivação desses projetos, está previsto um investimento de R$ 80 milhões até o final de 2022. A agenda inclui a consolidação das operações no Brasil, onde elas terão 13 filiais até o fim de 2021, além de avançar com a expansão global, com a abertura de escritórios em Portugal, México e outros países tanto na Europa como na América Latina.
  • Pravaler fechou a compra da Amigo Edu, ampliando sua oferta de produtos;
  • M. Dias Brancos, dona dos biscoitos Piraquê (nada saudáveis, mas bem gostosos) comprou a Latinex, dona da marca Fit Food (esses sim saudáveis, e até gostosinhos). A entrada no segmento de health foods vai custar à companhia R$ 180 milhões inicialmente. O valor total pode chegara R$ 272 milhões, contando earnout.
  • O e-commerce de móveis e decoração Westwing anunciou a compra de 100% do capital social da Zarpo Viagens, uma agência de viagens on-line. Pois é,  na 1ª aquisição em seus 10 anos de vida, o site resolveu comprar  uma empresa de viagens. A compra, de valor não revelado, faz parte da estratégia de expansão da plataforma em novas categorias, um dos pilares de crescimento anunciados em seu IPO, realizado em fevereiro e que movimentou R$ 1,1 bilhão.
  • Infracommerce, empresa que atua no conceito de Customer Experience as a Service (CXaaS) no Brasil, anunciou a compra da rival Synapcom por R$ 1,2 bilhão. Do total, R$ 773 milhões serão pagos em dinheiro e R$ 430 milhões em ações, com a emissão de 27 milhões de papéis da companhia. O anúncio exaltou os ânimos do mercado com as ações ordinárias da Infracommerce disparando 11,55%, negociadas a R$ 17,96 na B3 logo depois do anúncio. Essa é a maior aquisição feita pela empresa até hoje, apenas 4 meses após seu IPO.
  • A Afya comprou a RX PRO, que distribui amostras personalizadas de medicamentos dos laboratórios farmacêuticos para médicos. O valor da compra foi de R$ 35,4 milhões, dos quais 85% foram pagos em dinheiro e 15% em ações. De acordo com a Afya, a RX PRO trabalha com 12 laboratórios e já entregou amostras grátis para mais de 45 mil médicos. A expectativa é de receita bruta de R$ 8,9 milhões em 2021.

CAPTAÇÕES

  • Raiar Orgânicos, empresa voltada para produção de proteínas 100% orgânicas, concluiu a captação de R$ 1,36 milhão para financiamento da produção de grãos por pequenos produtores de agricultura familiar. A operação ocorreu por meio de tokens de CPR (Cédula de Produto Rural) e foi capitaneada pela empresa de investimentos de impacto Gaia Impacto e pela plataforma de tokenização de ativos Liqi;
  • Mercado Livre e a Kaszek listaram na Nasdaq o Meka, um SPAC que tem como objetivo compra uma empresa de tecnologia na América Latina. A captação foi de US$ 287 milhões. O objetivo é encontrar uma empresa com valor de mercado inferior a US$ 1 bilhão. A lista de candidatos tem cerca de 30 empresas;
  • SP Ventures fez o 4º fechamento de seu fundo Ag Venture 2. Entre os novos investidores estão Bando do Brasil Seguridade e a norueguesa Yara, de fertilizantes. A meta é chegar a R$ 300 milhões até o fim do ano.

ACELERAÇÃO

  • O programa de aceleração do Google abriu uma turma voltada apenas ao agronegócio. A selecionadas foram AegroAgrointeliBart DigitalCromaiDigiFarmzGo FluxGrão DiretoPerfect FlightScicrop e Treevia
  • Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com o consórcio AWL (ArtemisiaWayra e Liga Ventures), selecionou 25 startups de impacto socioambiental que vão participar do programa Garagem. São elas: Arquitetura Faz BemBright Cities, Caren, Central da Visão, DARSH Soluções Educativas, Eneergia | See Energy, Glic, Incentiv.me, Korui Alternativas, Lemobs, LiaMarinha, ManejeBem, Morada da Floresta, Movimento #EUVISTOOBEM, Portal de Compras Públicas, Recigases, SDW, SOLOS, Stella Energia, T&D Sustentável, Telite, TerraMares, Toti Diversidade, Torca, USUCAMPEÃO.

PROBLEMAS NO PARAÍSO?

  • O Banco Central (BC) informou o vazamento de dados de chaves Pix sob a guarda e a responsabilidade do Banco do Estado de Sergipe S.A (Banese) “em razão de falhas pontuais” em sistemas da instituição financeira. O Banese confirmou que sua área técnica detectou consultas indevidas a dados relacionados a 395.009 chaves Pix, exclusivamente do tipo telefone, de não clientes da companhia, a partir do acesso de duas contas bancárias de clientes do Banese, provavelmente obtido mediante engenharia social (phishing ou similar). Segundo o BC, não foram expostos dados sensíveis, como senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros em contas transacionais, ou outras informações sob sigilo bancário. E a partir de hoje, as operações com o Pix à noite terão limite de R$ 1 mil.

TESTES PROTEGIDOS

  • CVM anunciou as propostas selecionadas para seu 1º sandbox regulatório. Foram aprovados projetos apresentados pela Basement, Beegin e Vórtx.

INVESTIMENTO EM GOVTECHS

  • A Multilaser se tornou investidora do fundo direcionada a govtechs da KPTL. A fabricante de eletrônicos fará um aporte de R$ 20 milhões, ou cerca de 10% do veículo. É o 3º investimento em venture capital da companhia. Ela já é cotista do WE Ventures, da Microsoft e do fundo de internet das coisas do BNDES e da Qualcomm. O interesse pelo governo tem razão de ser porque a digitalização do setor público pode gerar negócios para a fabricante. Além disso, a política é uma questão própria de Alexandre Ostrowiecki, filho do fundador e presidente da Multilaser. Ele é um dos responsáveis pela iniciativa Ranking dos Políticos.

PRIMEIRO MILHÃO

  • A conta PJ do Nubank chegou à marca de 1 milhão de clientes. O número representa um crescimento de 200% em 12 meses para a conta criada há 2 anos. Atualmente, ela pode ser aberta por donos de pequenos negócios, empreendedores individuais e autônomos que sejam sócios únicos (MEI, EI, EIRELI e LTDA Unipessoal) e tenham também a conta pessoal do Nubank. Há algumas semanas ela lançou um cartão de crédito, tornando-se uma das 1ª da categoria a oferecer essa opção (o resto é só débito mesmo).

A RODA DO ÔNIBUS RODA RODA

  • Buser ampliou sua operação no Norte do Brasil. Desde o dia 30, ela está fazendo 24 trechos em Rondônia, Roraima, Acre, Pará e Amazonas. Ela já atuava no Tocantins. Até o fim do ano a companhia quer praticamente dobrar o número de cidades atendidas no país, passando de cerca de 550 para mil;
  • Onfly vai incluir em sua plataforma, em 2 semanas, a venda de passagens de ônibus. A expectativa é gerar R$ 500 mil em transações por mês até o fim do ano, com o negócio representando de 3% a 4% do volume movimentado pela startup mineira.

CARTÃO EM DÓLARES (MAIS UM)

  • Passfolio lançou um cartão de débito em dólares para brasileiros. O passo marca mais uma novidade na disputa para levar o dinheiro do brasileiro para o exterior – algo totalmente legal, desde que declarado à Receita Federal e que não haja conflito de interesses na gestão dos recursos se você uma pessoa com cargo no governo (#justsaying).

DANÇA DAS CADEIRAS

  • Marcelo Hein deixou a gestora Lazard para assumir a posição de Chief Strategy Officer da Take Blip. Além da estratégia da companhia, ele ficará responsável pela relação com investidores e por M&A. A companhia tem como meta chegar a uma receita recorrente anual (ARR) de US$ 100 milhões;
  • Neogrid contratou Eduardo Kazmierczak como Chief Technology Officer (CTO). Com quase 20 anos de experiência no mercado de tecnologia, software as a service (SaaS) e fusões e aquisições (M&A), o executivo será responsável por apoiar as estratégias de crescimento e investimentos em pesquisa e desenvolvimento de produtos e novas tecnologias.

RECOMENDAÇÕES DE LEITURA

DOWNLOAD

  • The 2021 Global Startup Ecosystem Report (GSER) from Startup Genome and the Global Entrepreneurship Network was just released. With data from over 3 million companies across 280 ecosystems, the Report ranks the leading 140 ecosystems in the world, breakdowns by continent with regional insights, and founder-focused articles from thought leaders and experts.
  • The Uber Mafia: Uber Alumni Have Raised $4B Across 240+ Startups. Here Are 15 Our Algorithm Says You Should Be Watching (CB Insights)
  • A alta do investimento em startups no Brasil alimentou o desejo de 47,1% das empresas nacionais em adotar um Corporate Venture Capital próprio nos próximos 2 anos. Hoje, apenas 27,1% das companhias possuem uma estrutura voltada para a identificação e investimento em novos negócios promissores. Dentre todas as empresas, que contam ou não com um CVC atualmente, 51,4% pretendem realizar aportes em startups ainda este ano, especialmente em fintechs (45,8%), SaaS (30,6%) e healthtechs (25%)*. O estudo foi feito pela BR Angels e pelo Innovation Latam.
  • O Nu invest e a Teva Indices, empresa que desenvolve índices para ETFs brasileiros, lançaram um levantamento de empresas listadas na B3 que contam com maior presença de mulheres em seus conselhos de administração. No ranking de maior representatividade feminina, a Enjoei lidera com 60% do conselho formado por mulheres, seguida pelo Banco BMG e Lojas Marisa, com 50% cada, respectivamente.
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