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Boa tarde,

O fenômeno das fintechs está prestes aa completar uma década no Brasil. O movimento que começou ali por volta de 2013 gerou mais de 1.150 companhias e uma competição nunca d´antes vista no sistema financeiro brasileiro. Muito por iniciativa do Banco Central, que tirou várias amarras regulatórias para permitir esse avanço.

A forcinha dada pelo regulador até agora parece não ter descido muito bem para o pessoal do Itaú-Unbanco, que acha que os novatos têm muitas vantagens e pede tratamento isonômico coma as obrigações dos  incumbentes. Curioso é que as obrigações estão nas regras, mas de forma escalonada. Quanto maior a empresa fica, e, por consequência, mais risco sistêmico, e mais caixa, mais ela precisa arcar.

Responda rápido: se fosse pra criar um banco, qual ambiente regulatório você iria preferir? O de hoje, ou o de uma década atrás? Prago pra ver você rogar essa volta…

Lembrando que o CODEX está aberto para quem não é assinante do Startups ao longo do mês de junho por obra do BVA Advogados (@bva_law), que se tornou apoiador da newsletter.

Boa leitura e boa semana.

Gustavo Brigatto
Fundador e Editor-Chefe

SEMANA DE 31 MAIO A 6 DE JUNHO

RODADAS DE INVESTIMENTO

  • Para se tornar a loja dos restaurantes na América Latina, a colombiana Frubana recebeu um aporte de US$ 65 milhões (cerca de R$ 351 milhões) em sua rodada série B. O investimento foi liderada por Hans Tung, da GGV Capital. A Lightspeed Venture Partners também entrou. SoftBankMonashees e Tiger Global, que já eram investidores, seguiram;
  • idwall levantou R$ 210 milhões em sua série C. A rodada foi liderada pelo Endurance, family office dos herdeiros de Pedro Conde, que vendeu o BCN para o Bradesco nos anos 1990. GGV CapitalPenínsula (do Abílio Diniz), Monashees e Norte Ventures também entraram. CanaryQualcomm Ventures e ONEVC, que já investiam na companhia, acompanharam;
  • Tractian levantou R$ 17 milhões para investir no seu “band-aid inteligente” para máquinas e equipamentos industriais. A rodada foi liderada pela gestora DGF e pelo family office Citrino e contou com a entrada de fundos americanos como Soma CapitalLiquid 2 Ventures e Cibersons. Também entraram para o captable investidores anjo como a brasileira Claudia Massei, presidente da Siemens em Omã. Norte VenturesY Combinator e executivos como Parker Treacy, fundador da Cobli, que já investiam na companhia, seguiram;
  •  Menos de 1 ano depois de anunciar a sua série C, a chilena NotCo, que faz alimentos à base de plantas, trouxe para o seu captable mais um investidor: o Enlightened Hospitality Investments (EHI). O fundo pertence à Union Square Hospitality Group (USHG), holding do fundador da rede Shake Shack, Danny Meyer. O valor do aporte não foi revelado, mas ficou na faixa de US$ 12 milhões. Conta rápida: na série C ano passado a companhia falava que tinha captado um total de US$ 118 milhões até aquele momento. Agora, fala em mais de US$ 130 milhões. Logo…
  • A startup de seguros de vida que custam a partir de R$ 5 Azos levantou uma rodada de R$ 12 milhões com Kaszek, Maya Capital, Propel e alguns investidores-anjo. A captação aconteceu em outubro/20 e foi anunciada agora. Os recursos se somaram a outros R$ 500 mil que a companhia iniciante tinha levantado com anjos brasileiros e americanos;
  • Randon Ventures, unidade de investimentos e aceleração de startups das Randon, liderou uma rodada de R$ 1,4 milhão na TruggHub, marketplace de fretes especializado no segmento de cargas fracionadas, um nicho ainda pouco atendido pelas novas soluções de logística digital. Esse é o 5º investimento da Randon Ventures desde que foi criada em 2020.
  • Fundada em 2017, pela Venture Builder Caos Focado e os sócios Guilherme Castro e Marcos Fogagnoli, a agtech de visão computacional Cromai recebeu um aporte de R$ 5 milhões d do Grupo Stoller – líder mundial na nutrição, fisiologia vegetal e fixação biológica de Nitrogênio. O objetivo é aumentar a atuação nos mercados de cana-de-açúcar, café e soja, atingindo em 2 anos o total de 600 mil hectares monitorados e com suas soluções presentes em 40 usinas de cana-de-açúcar;
  • A Semexe, um marketplace para compra e venda de equipamentos esportivos novos e usados, levantou R$ 5 milhões em rodada liderada pela DOMO. A companhia já tinha levantado R$ 2 milhões com amigos e parentes.
  • A fintech especializada em open banking Belvo levantou uma série A de US$ 43 milhões. O investimento foi feito por Future PositiveKibo Ventures FJLabs e investidores como Sebastián Mejía, cofundador e presidente da Rappi, e Harsh Sinha, diretor de tecnologia da Wise (antiga Transferwise). KaszekMaya CapitalVenture Friends e David Vélez (Nubank), que já investiam na companhia, também participaram. Até então, a fintech havia levantado US$ 13 milhões em recursos.

FUSÕES E AQUISIÇÕES

  • BTG fechou a compra da Universa, holding dona da Empiricus, da corretora Vitreo, dos sites de finanças Seu Dinheiro e Money Times e do aplicativo de consolidação de investimentos Real Valor. O negócio carece de aprovação do Banco Central, mas o BTG se comprometeu a pagar  R$ 440 milhões à vista e R$ 250 milhões em ações. O restante será pago em até 4 anos, conforme o cumprimento de metas operacionais e financeiras, o que significa que o negócio pode passar de R$ 2 bilhões. Com o negócio o BTG amplia sua atuação no varejo, incorporando os 425 mil clientes e R$ 11 bilhões de ativos sob gestão da Universa. As operações serão mantidas de forma independente;
  • E a disputa entre BTG e XP está animada. A XP e o escritório de agentes autônomos Messem assinaram acordo para criar uma nova corretora. Pela estrutura do negócio, a Messem terá 50,1% da operação e a XP os 49,9% restantes. Segundo O Brazil Journal, a nova companhia está avaliada em R$ 1 bilhão. O negócio entrará em operação em 12 meses, a depender da aprovação do Banco Central. A Messem tem atuação em 15 cidades e R$ 15 bilhões sob gestão.
  • A corretora criada por Guilherme Benchimol, que caminha para se tornar um banco de verdade, também levou uma fatia da corretora especializada em quantitativos Giant Steps, superando o arqui-rival na disputa. O tamanho da fatia minoritária e o valor aportado não froam revelados;
  • O iFood comprou uma fatia minoritária na Synkar, empresa brasileira que desenvolve robôs autônomos. Nem o valor da operação, nem a fatia arrematada forma divulgados;
  • unico fez sua 1ª aquisição 9 meses depois de levantar R$ 580 milhões com a SoftBank e a General Atlantic. O alvo foi a ViaNuvem, que ajuda concessionárias a vender carros online. O valor da operação não foi revelado;
  • Totvs concluiu a compra de 92% da RD Station por R$ 1,86 bilhão. A operação anunciada em março avaliou a empresa de marketing digital em R$ 2 bilhões e marca um sinal de vida da empresa de sistemas de gestão ao mercado, depois de perder a disputa pela Linx para a Stone no fim do ano passado. “Esta transação representa um passo definitivo para a Totvs estabelecer a dimensão de Business Performance e fundamental na construção de um ecossistema de tecnologias B2B, que tem como objetivo aumentar o addressable market, o take rate e também a fidelização de clientes, por meio do avanço na cadeia de valor em que atuam, os apoiando a vender mais e serem cada vez mais competitivos”, disse a companhia no fato relevante;
  • VTEX comprou a Suiteshare, uma plataforma brasileira que permite que marcas vendam e prestem atendimento ao cliente via WhatsApp. A companhia já proporciona experiências de vendas conversacionais para os principais varejistas do Brasil e da América Latina, como Lacoste, The North Face, Reserva, Grupo Soma, Natura, Tramontina, Track & Field e Mary Kay. O valor da operação não foi revelado.

NOVOS FUNDOS

  • A gestora Canary está levantando um novo fundo de R$ 510 milhões (US$ 100 milhões), segundo o Pipeline, do Valor. Será o maior fundo da casa, que tem outros 2 fundos: um de US$ 50 milhões (seu 1º, de 2016) e um de US$ 75 milhões.
  • TerraMagna, agfintech que atua com crédito agrícola, lançou uma linha de financiamento de R$ 100 milhões construída em conjunto com a Markestrat, consultoria especializada no agro, e a FMC, de defensivos agrícolas. “Através da análise tecnológica completa da capacidade produtiva e os riscos de crédito, agronômicos e climáticos, a TerraMagna – usando satélites, inteligência artificial e dados alternativos – conecta direitos creditórios do nosso agro com os investidores, para que os títulos possam ser antecipados”, disse a companhia em comunicado;
  • A fintech Click Cash, que oferece empréstimo pessoal rápido entre R$ 1 mil e R$ 10 mil para pessoa física, lançou seu FIDC (Fundo de Investimento de Direitos Creditórios), em parceria com a CPD Capital. A ideia é captar 50 milhões, até 2022. Com os recursos, a Click Cash pretende originar de 5 a 10 vezes mais empréstimos, expandindo sua oferta de crédito a clientes de todo o Brasil. Além da participação de ativos no Fundo, a Click Cash também será proprietária de parte dos produtos do FIDC, o que também reforça o quanto a empresa está confiante no sucesso desta estratégia.

COLHER DE CHÁ (PARA OS GRANDES BANCOS)

  • Copresidente do conselho de administração do Itaú, Roberto Setúbal, disse durante o evento Itaú Day, que os reguladores estão dando várias “vantagens” às fintechs que os bancos não têm e pediu um tratamento isonômico entre os competidores. Faltou alguém perguntar pra ele se, caso ele não fosse um Setúbal e fosse criar um banco hoje, sob quais regras ele preferia estabelecer essa nova operação.

5.000.000

  • O banco digital next, lançado pelo Bradesco em 2018, superou a marca de 5 milhões de clientes. O número representa um crescimento de 35% na comparação com dezembro, quando eram 3,7 milhões. O objetivo é passar de 7 milhões de clientes em 2021. “Termos chegado a 5 milhões no final de maio sinaliza que estamos no caminho certo”, disse Renato Ejnisman, CEO do next, em comunicado. “Nosso foco é o crescimento sustentável, com clientes engajados na experiência de usar o next“, completou.

REVOLUÇÃO ROXA

  • Com o processo aprovado pelo CADE, o Nubank concluiu todos os trâmites jurídicos para a compra da Easynvest e fez os primeiros movimentos de integração das marcas. A partir de agora a corretora – que já tinha o logo na cor roxa, parecido com o do Nubank – ganha aquela repaginada no visual e passa a se chamar Easynvest By Nubank. A nova marca começa a ser implementada em todos os pontos de contato com os mais de 1,6 milhões de clientes da corretora, a começar pelo site e pelos aplicativos para iOS e Android. Ao comunicar a integração, o Nubank disse ter 40 milhões de clientes. O número não inclui os 1,6 milhão da Easynvest. O número é condizente com a média de 1 milhão de novos clientes que o Nubank tem conquistado por mês nos últimos tempos.

REVOLUÇÃO ROXA 2

  • Além do início da digestão da Easynvest, o Nubank anunciou a contratação do costa-riquenho Arturo Nuñez como seu novo diretor de marketing. O executivo, que já teve passagens pela AppleNike NBA, traz a experiência em marcas de consumo e estilo de vida no momento em que o Nubank chega a um estágio de maturidade ao completar 8 de vida.  “A trajetória do Nubank é um case de sucesso impressionante e é uma honra para mim assumir este desafio e levar o conceito de banco digital para um próximo nível”, disse ele, que por enquanto vai ficar baseado em Miami, onde mora.

REVOLUÇÃO ROXA 3

  • O colunista Guilherme Amado, do site Metrópoles, colocou o mercado em êxtase ao trazer a informação de que o Nubank estaria em negociação com a cantora Anitta para que ela seja sua garota propaganda. A conversa teria um perfil de media for equity, envolvendo o pagamento com ações e também um cargo no neobank. Procurado, o Nubank disse que não tem nada a comentar sobre esse assunto. Com uma pegada jovem e descolada e projeção na América Latina, condizente com a ambição do Nubank, Anitta tem tudo a ver com o atual momento da companhia. A dúvida é: vale a pena esse tipo de acordo? Pelo tamanho e valor de mercado do Nubank, uma diluição nem seria tanto o problema. A questão é ter um relacionamento tão profundo com uma pessoa que não está no dia a dia da operação. For o risco de imagem caso o/a contratada/contratado e sócio/sócia se envolva em alguma polêmica. A ver…

CONTA DOS CAMINHONEIROS

  • A plataforma online de transporte de cargas FreteBras lançou uma conta digital com foco em caminhoneiros. A companhia afirma que garante o recebimento do saldo do frete aos caminhoneiros, eliminando risco de calote. Para os motoristas, as compras feitas com o cartão atrelado à conta da FreteBras terá cashback de 3%. Já as contratantes dos fretes poderão receber de volta até 1% do valor dos pagamentos feitos pela plataforma.

BANCO DAS FRANQUIAS

  • Fruto de uma parceria entre as holdings Multiplicar Investimentos e 300 Franchising, o 300Bank nasceu para se tornar o banco das franquias. O investimento inicial das empresas no novo negócio foi de R$ 10 milhões e cada uma deterá 50% da operação.

COMPRAS INTERNACIONAIS

  • Quem gosta de comprar itens fora do Brasil está ganhando mais opções. Depois de uma primeira onda de empresas que faziam esse processo nos EUA, como a SkyBOX, dos marketplaces que trazem produtos da Ásia, como AliExpress e Shopee, novos sites estão investindo no Brasil: Tiendamia e Zipy. Esta última está focada em 3 players dos EUA (Amazon, Aliexpress e eBay) e traz também os produtos do Allegro, e-commerce polonês em franca expansão na Europa. O Brasil é o 1º país da América Latina a contar com o serviço da startup israelense.

10.000

  • Tembici anunciou uma meta de adicionar pelo menos 10 mil bicicletas compartilhadas até o fim de 2022.  Com operações em em São Paulo, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Riviera (litoral paulista), Salvador, Vila Velha, Buenos Aires (Argentina) e Santiago (Chile), a companhia espera dobrar de tamanho até o fim do ano que vem. Há 1 ano ela levantou U$$ 47 milhões para ampliar sua operação. Junto com o anúncio da meta, ela apresentou um projeto com a Associação Transporte Ativo, organização da sociedade civil voltada para qualidade de vida através da utilização de meios de transportes à propulsão humana,  para criar o “Vai Longe”, programa de aceleração que vai promover e estimular o uso da bicicleta nas cidades.

5.000.000.000

  • De janeiro a maio, os aportes em startups movimentaram US$ 3,2 bilhões no Brasil, o equivalente a 90% do total investido em 2020, segundo o Distrito. Sim, isso mesmo, 90% de 2020 em apenas 5 meses. Foi um crescimento de 293% na comparação com igual período do ano passado. Em termos de negócios, foram 261 transações registradas. Só em maio foram US$ 788 milhões investidos, maior volume para o mês, e 55 aportes feitos, também um recorde. Nessa toada, a expectativa é que o volume de aportes possa ficar entre US$ 4,5 bilhões e US$ 5 bilhões em 2021.

JÁ ERA HORA!

  • Depois de reverter sua decisão de deixar aplicativos de entrega e entrar no RappiiFoodCornershop e fechar acordo com a B2W, o GPA ampliou seu leque de opções e incluiu também o Mercado Livre na lista. A companhia ficará responsável por toda logística das entregas e o frete será grátis para pedidos com valor acima de R$ 79,90. Passou da hora, na verdade.

TÁXI-VOADOR

  • A Embraer recebeu uma encomenda de 200 unidades de seu táxi-voador da anglo-americana Halo. A ideia é que os equipamentos comecem a circular por aí em 2026. O eVTOL era desenvolvido em parceria com o Uber, mas a companhia americana vendeu sua parte no projeto de longo prazo para se focar em suas operações e na sua rentabilidade hoje.

FALANDO EM UBER

  • Uber vai construir uma nova sede para sua operação no Brasil. O prédio ficará localizado na cidade de Osasco. Serão 12 mil metros de área construída e mais 18 mil de área verde. A ideia é inaugurar o espaço em 2022. Curiosamente, o anúncio da nova sede vem depois de a companhia anunciar um modelo de trabalho híbrido, com os funcionários trabalhando presencialmente só 3 vezes por semana – o que, teoricamente, reduziria a demanda por espaço no escritório. O Startups apurou que a mudança estaria ligada à redução na alíquota de ISS. Quem também está planejando uma mudança de escritório ( para Osasco ou para Barueri) é a 99.

PARE, AGORA!

  • LiberFly, startup que compra direitos judiciais de passageiros que processam companhias aéreas, foi condenada a parar de promover seus serviços em uma ação movida pela OAB. Ela também deve pagar os honorários de advogados no valor de R$ 4 mil. A decisão da Justiça do Rio confirma liminar de 2019 sobre o mesmo tema. “O problema inicia quando se verifica que, na verdade, a LiberFly não exerce mera função mediadora de conflitos, e sim defende os interesses de uma das partes (o consumidor) contra a outra (companhias aéreas), em busca de uma ‘justa indenização’”, escreveu, na época, o juiz Rogério Tobias de Carvalho. Ele também disse que, quando a empresa diz que, após o consumidor aceitar proposta da linha aérea, fica com “30% do valor como taxa de serviço”, seria uma forma de cobrar honorários advocatícios. Assim, ela deveria seguir as regras da OAB, que proíbem advogados de fazer captação ativa de clientes. Vai vendo…

MARCO LEGAL?

  • Mais de 50 organizações ligadas ao mundo das startups e da inovação vão enviar ao Congresso uma carta pedindo a derrubada do veto do Presidente ao artigo 7º da lei complementar 182/2021, ou o Marco Legal das Startups. O dispositivo prevê que investidores em startups possam compensar as perdas que tenham tido em alguns de seus investimentos com ganhos que tenham apurado em outros. A possibilidade não é nenhuma inovação e já existe para investimentos em ações feitos na B3. “Do ponto de vista prático, atualmente com o veto ao Art. 7, um investidor que faça um aporte igual em 10 startups e em 5 delas tenha perda e nas outras 5 tenha um retorno de duas vezes o capital investido, o que do ponto de vista econômico significa que teria no somatório apenas o retorno do seu capital, devido a impossibilidade de compensação seria tributado nas que teve ganho, resultará em prejuízo! Isto é claramente um grande desestímulo ao investimento em startups!”, diz o texto ao qual o Startups teve acesso. O material ainda está em fase de ajustes e de angariar apoio. Ao todo, 53 organizações já manifestaram apoio ao documento.

11.000.000.000

  • A companhia uruguaia de pagamentos dLocal estreou na Nasdaq. O valor da ação, que foi definido em US$ 21, saltou para US$ 31 já na estreia das negociações e chegou a US$ 37, fazendo a empresas valer US$ 11 bilhões. Quase 10x mais do que o valuation que a companhia recebeu na rodada que a tornou um unicórnio no meio de 2020. Hoje o papel está na faixa dos US$ 34. Com os US$ 617,7 milhões captados na oferta, a companhia pretende ampliar suas ofertas e expandir geograficamente. Sua jogada, Ebanx.

PEDIDO DE IPO

  • A empresa de compra e venda de celulares usados Trocafone entrou com pedido de IPO na B3. O prospecto preliminar foi publicado agora pouco e, como normalmente acontece, não traz detalhes sobre o valor a ser captado. O material também não indica quem serão os acionistas vendedores. Seu capital social é formado por 90.550.008 de ações. O IPO tem como coordenador-lider o Itaú BBA, que liderou a captação da rodada feita em 2020. Também participam da oferta o BTG PactualGoldman Sachs e UBS BB.

DANÇA DAS CADEIRAS

  • A Fran Openbank anunciou a chegada de Daniela Martins para liderar a área de Recursos Humanos e de Augusto Cesar Canassa para a posição de Chief Operating Officer (COO);
  • Com mais de 10 anos de experiência em mercado financeiro, consultoria e tecnologia, tendo passado por organizações como 99Accenture e BR Consulting, Pedro Guerra chega à Filóo Saúde como COO, comandando as áreas de Planejamento Estratégico, Marketing, Atendimento ao cliente e Backoffice – incluindo Compliance, RH e Processos, Administrativo e Financeiro.;
  • Acordo Certo reforçou sua área de conteúdo com a chegada da especialista em educação financeira Bruna Allemann. Com mais de 12 anos de mercado e com atuações nas áreas de finanças e investimentos, a profissional acumula passagens por empresas como Unilever e Lightstone, onde exerceu o cargo de diretora da América Latina, apoiando famílias e empresas em seus  investimentos, negócios e imigração nos Estados Unidos;
  • O soteropolitano Bruno Pina é o mais novo executivo do Distrito. Ele, que em sua última passagem foi membro do Board e diretor de Inovação e Tecnologia da AstraZeneca Brasil e, anteriormente, foi sócio associado da consultoria McKinsey & Company, assume como Chief of Innovation Experience na área de Corporate Venture do Distrito. “A chegada dele resulta na junção das áreas de SaaS, Customer Success e Consultoria em Inovação para corporações, trazendo uma visão de customer centricity na experiência de inovação”, disse a companhia em comunicado;
  • Após comprar a BitcoinTrade, a Ripio está fazendo algumas mudanças em cargos na companhia. Bernardo Teixeira, que foi diretor financeiro, e brevemente ocupou a presidência da BitcoinTrade, agora é o diretor financeiro da Ripio. Ele também assume uma cadeira no conselho da companhia. Bernardo substituiu Matías Dajcz que se tornou vice-presidente da Ripio OTC, divisão corporativa da empresa. Em seu novo cargo ele será responsável por liderar a unidade de negócios encarregada de administrar os investimentos institucionais e estender a mesa corporativa a novos mercados na região e nos Estados Unidos;
  • A argentina Auth0 anunciou Natalie Hausia-Haugen como sua primeira Chefe de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI). Hausia-Haugen acumula mais de 15 anos de experiência no setor, com passagens por Nike e Target e será responsável por acelerar a visão, políticas e processos de DEI da Auth0, além de desenvolver ainda mais a sua cultura de inclusão e pertencimento;
  • Assim como o Nubank está fortalecendo sua estrutura de gestão de olho em um IPO, a VTEX caminha no mesmo sentido. A companhia contratou Astha Malik como Chief Operating Officer (COO) global de growth. Ela tem mais de 25 anos de experiência e, mais recentemente, estava na Zendesk. A companhia também nomeou 3 executivos para o seu conselho de administração: Arshad Matin (CEO e membro do conselho da Avetta, uma plataforma de cadeia de suprimentos baseada em nuvem), Alejandro Scannapieco (que lidera a área de consultoria estratégica e atuou como CFO da argentina Globant) e Benoit Fouilland (diretor financeiro da Firmenich, uma das maiores empresas de fragrâncias e sabores do mundo, com sede na Suíça);
  • Zenklub contratou a executiva Cássia Messias para comandar sua operação. A COO tem mais de 25 anos de experiência, com passagens por MicrosoftHP e AT&T;
  • Méliuz contratou Isleine Marchini para assumir a recém-criada diretoria de Novos Negócios. Ela 15 anos de experiência no sistema financeiro, tendo atuado em instituições como BankBostonItaú-Unibanco e PayPal. Nos últimos dois anos, comandou a operação na área de pagamentos online como do Wix no Brasil.

RECOMENDAÇÕES DE LEITURA

FALTOU DA SEMANA PASSADA

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  • Liga Ventures, em parceira com a PwC e a govtech amazonense Meryt, fizeram um mapeamento justamente das startups que atuam com tecnologias para governo no Brasil.  Foram detectadas 66 companhias divididas em 14 categorias de aplicação e em 29 cidades do Brasil. Somente em maio/21, 16 novas startups foram fundadas, de acordo com a Startup Scanner, a ferramenta de mapeamentos criada pela Liga. Entre os segmentos com mais soluções, estão Smart Cities (16,67%), Licitação e Contratos (10,61%), Transformação Digital (10,61%), Mobilidade Urbana (9,09%) e Saúde Pública (9,09%);
  • PEGN colocou no ar a mais recente edição da 100 Startups to Watch.
  • Uma pesquisa feita pela fintech Quanto em parceria com a gestora Constellation mostra que dentre os entrevistados, 75% possuem conta em mais de um banco. No geral, 70% têm uma conta em uma fintech e um em cada quatro mudou de instituição financeira no último ano. Apesar da abertura de novas contas, metade dos entrevistados afirma nunca ter fechado uma conta bancária, e a maioria cita como motivo o medo de perder o histórico financeiro – um dado crítico para obtenção de crédito ou financiamentos – com 62% afirmando que preferem o banco digital, mas têm a conta no banco tradicional para manter as informações sobre movimentações financeiras.

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