Em 25 de julho de 2024, a OpenAI, renomado laboratório de pesquisa em Inteligência Artificial e criadora do ChatGPT, lançou o protótipo de sua nova ferramenta de busca: o SearchGPT. Esta inovação promete revolucionar a forma como interagimos com a informação online, oferecendo “respostas rápidas e oportunas com fontes claras e relevantes”.
Ainda em fase alfa de testes, o SearchGPT está disponível apenas para um grupo seleto de usuários e publishers. No entanto, já se fala muito sobre como esta novidade veio para desafiar gigantes como Google e Bing. Mas o verdadeiro cerne da questão vai além da tecnologia em si – trata-se do poder dos dados.
O reinado do Google e o desafio dos dados
Com décadas de coleta de informações e um banco de dados sem paralelos, o Google mantém uma vantagem significativa. Sua longa trajetória e autoridade no mercado conferem-lhe uma posição única quando se trata de dados personalizados e experiência do usuário.
Leia também: OpenAI lança seu “Google Killer”, mas quem precisa de um?
No entanto, a “ameaça” do SearchGPT pode significar uma aceleração nas inovações do grupo Alphabet (responsável pelo Google). A nova geração de usuários já demonstra comportamentos de busca diferenciados, como evidenciado pelo uso crescente do TikTok como ferramenta de pesquisa, onde respostas dinâmicas são encontradas em vídeos explicativos alinhados ao algoritmo do usuário.
A proposta Inovadora do SearchGPT
O SearchGPT promete uma experiência semelhante, potencialmente incorporando vídeos gerados pela IA Sora (também da OpenAI). Contudo, diferencia-se ao prometer utilizar fontes confiáveis sem depender de IA generativa para criar conteúdo, como é o caso do ChatGPT.
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Uma característica notável do SearchGPT é sua abordagem para citar fontes. As respostas incluem atribuições claras e links in-line, permitindo que os usuários identifiquem rapidamente a origem das informações e explorem mais resultados em uma barra lateral com links para as fontes.
O futuro da busca e o papel dos Publishers
A OpenAI está comprometida em criar um ecossistema próspero para publishers e criadores de conteúdo. Nicholas Thompson, CEO da The Atlantic, comentou: “A busca por IA se tornará uma das principais formas de navegar na internet, e é crucial que a tecnologia seja construída de uma maneira que valorize, respeite e proteja o jornalismo e os publishers.”
Para manter sua relevância, o Google precisará adaptar rapidamente suas ferramentas de IA, aproveitando sua vasta base de dados que inclui histórico de pesquisa, comportamento de compras, localização e dados de anunciantes. A chave para o sucesso do Google será usar esses dados de forma assertiva para criar experiências inovadoras que atraiam usuários cada vez mais interessados em novas descobertas.
O lançamento do SearchGPT marca o início de uma nova era na busca online. Enquanto o Google ainda detém uma vantagem significativa em termos de dados e alcance, a inovação da OpenAI representa um desafio sério ao status quo.
Para startups e empresas de tecnologia, esta evolução sinaliza a importância crescente da IA e do gerenciamento inteligente de dados na criação de experiências de usuário superiores. O futuro da busca online promete ser mais interativo, personalizado e rico em informações do que nunca.
À medida que esta tecnologia evolui, será fascinante observar como as empresas equilibrarão a inovação com a confiabilidade das fontes, e como os usuários adaptarão seus hábitos de busca a estas novas ferramentas poderosas.
