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Canais comuns em startups B2B e B2C e ciladas a evitar

Escolher os canais certos para atrair clientes pode ser a diferença entre ganhar tração e desperdiçar os poucos recursos disponíveis

Canais B2B e B2C
Canais B2B e B2C | Foto: JoGo/Divulgação

Para startups early-stage, escolher os canais certos para atrair clientes pode ser a diferença entre ganhar tração e desperdiçar os poucos recursos disponíveis. Mas, tão importante quanto saber quais canais explorar, é entender as armadilhas mais comuns que podem aparecer. Aqui, vamos explorar três canais comuns para startups B2C e três para startups B2B, destacando as ciladas a evitar.

Canais mais comuns para startups B2C

1. Mídia Paga: Google Ads e Social Ads

Plataformas de anúncios pagos, como Google Ads e redes sociais (Meta Ads, TikTok Ads), são populares entre startups B2C porque oferecem alcance rápido e métricas claras. Elas permitem segmentar públicos específicos e testar mensagens diferentes rapidamente, ideal para validar o interesse inicial no produto ou serviço.  

Cilada: Superestimando o alcance. Muitos early-stage founders não ajustam suas campanhas a públicos pequenos ou locais. Isso resulta em cliques caros e leads de baixa qualidade. Lembre-se: é melhor nichar e validar antes de escalar.  

2. Influenciadores Digitais  

Trabalhar com criadores de conteúdo pode ser uma forma rápida e eficiente de atingir públicos específicos. Além de gerar alcance e credibilidade, os influenciadores geralmente produzem conteúdo de alta qualidade para as marcas, o que é um diferencial para startups com equipes pequenas ou pouco experientes em marketing.  

Cilada: Escolher influenciadores apenas pela quantidade de seguidores. Para early-stage startups, a relevância e o engajamento são mais importantes que o alcance. Foque em micro-influenciadores com público alinhado ao seu ICP pelo menos na fase de testes.  

3. Marketing de Comunidade

Criar ou participar de comunidades online em grupos no WhatsApp, Telegram, fóruns ou plataformas como Reddit permite interações diretas com o público-alvo. É um canal eficaz para gerar advocacy e criar uma base de clientes fiéis no boca a boca.  

Cilada: Deixar o engajamento morrer. Startups que entram nesses canais precisam nutrir a conversa. Se você só aparecer para vender, será ignorado rapidamente.  

Canais mais comuns para startups B2B

1. LinkedIn e Social Selling  

Para startups B2B, o LinkedIn é a “terra prometida” da prospecção. Ele oferece uma base gigantesca de profissionais e ferramentas para segmentar contatos por cargo, setor e localização. Além disso, o social selling permite interações diretas com potenciais clientes, sem soar invasivo.  

Cilada: Tratar o LinkedIn como vitrine. É comum founders postarem conteúdo genérico sobre a startup, mas o que realmente converte são mensagens personalizadas e interações genuínas com leads.  

2. Eventos e Networking

Feiras de negócios, meetups e webinars são ótimos para startups B2B estabelecerem presença e se conectarem com tomadores de decisão. Eles oferecem a oportunidade de criar relações reais e construir reputação dentro do mercado.  

Cilada: Ignorar a qualidade dos contatos. Participar de eventos apenas para “marcar presença” é um erro. Sempre tenha uma estratégia clara e os recursos para dar seguimento às conversas após o evento.  

3. Parcerias Estratégicas

Parcerias simples, com marketplaces, prestadores de serviços complementares ou até mesmo influenciadores corporativos, podem ser um excelente ponto de partida para startups early-stage. Elas oferecem acesso a novos públicos com custos reduzidos e podem ajudar a construir credibilidade em mercados específicos.  

Cilada: Depender de um único parceiro. Muitos early-stage founders se concentram em uma parceria exclusiva, mas, se ela falhar, a startup perde tempo precioso. Diversifique suas parcerias para reduzir riscos.  

Como evitar essas ciladas?

1. Teste e valide canais com cuidado – antes de escalar, certifique-se de que o canal gera resultados consistentes.

2. Foque na qualidade, não na quantidade – leads segmentados são mais valiosos do que um grande volume desqualificado.

3. Meça tudo – use ferramentas de analytics para entender o que funciona e ajuste rapidamente.  

No early stage, cada canal é uma aposta — e cabe a você minimizar os riscos. Como diria o clichê (mas verdade): “Não é sobre fazer mais; é sobre fazer melhor.” Se você já caiu em alguma cilada (ou viu de perto alguém que caiu), compartilhe comigo nas redes sociais. Adoro trocar ideias sobre o tema e aprender com diferentes perspectivas!