Hoje em dia, não há como um negócio estabelecer a sua presença apenas por existir. E, na comunicação organizacional, a reputação é ativo que forja a confiança que clientes, colaboradores, parceiros e investidores depositam em uma marca, sendo considerada uma formadora imediata de opiniões sobre a sua utilidade, qualidade e credibilidade para o mercado.
Mesmo assim, estabelecer uma reputação já não parece tão simples, até mesmo, para os gigantes do mercado, que experimentam um declínio diante de consumidores e profissionais cada vez mais conscientes de sua responsabilidade com a sociedade e o meio ambiente. Os números do “2023 Global RepTrak 100”, por exemplo, pintam um quadro claro: entre 2022 e 2023, a média de reputação entre os principais players do mercado mundial caiu de 77,6 para 76,2.
Esse declínio não é um mero capricho estatístico; é um reflexo de uma mudança de paradigmas éticos, transparentes e corporativos que, muitas vezes abaixo do esperado, ganham destaque no palco da reputação, alinhando-se à crescente importância da ESG (Ambiental, Social e Governança).
Os dados da RepTrak sinalizam que a reputação deixa de ser uma simples métrica de promessas cumpridas para tornar-se um índice tangível, capaz de afetar diretamente os negócios, já que 8 em cada 10 stakeholders estão dispostos a confiar, trabalhar, investir e recomendar produtos e serviços de uma empresa sólida. Por outro lado, 9 em cada 10 stakeholders evitam tais ações diante de uma crise reputacional.
Neste cenário desafiador, a presença de marca assume um papel crucial como uma vitrine para stakeholders. A nós, fundadores, líderes e empresários, cabe reaprender a jogar com essas transformações. E este é um chamado para líderes e profissionais de comunicação.
Em consonância com a RepTrak, a reputação não é construída da noite para o dia. É um processo contínuo que demanda tempo e consistência. As Relações Públicas (PR) entram em cena como as arquitetas dessa jornada, moldando a linguagem especializada para diferentes audiências, desde os veículos de comunicação generalistas até os nichos mais especializados.
As estratégias de PR não apenas constroem conexões a longo prazo, como também desempenham um papel vital na gestão de crises. A presença constante da marca na mídia, aliada à credibilidade construída com importantes portais de notícias, estabelece uma base de confiança que permite à empresa, a qualquer momento, narrar sua versão da história, esclarecer equívocos e demonstrar ética e responsabilidade em situações desafiadoras.
Outro levantamento, desta vez da Trust Barometer 2024, indica que essa constante construção de fidúcia e transparência pode ter influenciado ótimos resultados para as empresas brasileiras, já que 66% da população entrevistada confia nos negócios no país – uma taxa relativamente maior do que no último ano.
Portanto, à medida que os números apontam para uma era onde a reputação é um elemento crítico para o sucesso empresarial, mas completamente certeiro para atrair os olhares atentos do mercado, o caminho a seguir é claro: uma estratégia integrada de comunicação, como as Relações Públicas, capaz de tecer uma narrativa autêntica, que ressoa com a audiência e que resiste às tempestades da concorrência e crises.
A presença de marca é muito mais do que um reflexo visual. Neste ambiente competitivo, ela se torna a vitrine que define o valor percebido pelos stakeholders. E, ao investir em estratégias eficazes de comunicação, as empresas passam a se posicionar não só para resistir, mas, principalmente, para prosperar num mundo onde a reputação é o verdadeiro ativo inegociável.