Como atrair investimentos para sua startup

Neste ano iniciamos uma nova jornada, com mais fôlego, novas expectativas e planos. E esse é o ponto de partida para o sucesso do seu negócio: um plano estruturado, detalhado, consistente e pronto para implementação de quem deseja atrair investidores.

Sim, é preciso começar do básico bem feito, e já que estamos energizadas, iniciando 2024 com brilho nos olhos, falemos sobre como mobilizar liquidez e vitórias. No pitch – a apresentação da startup – o ideal é convencer seu interlocutor de que o capital acertará o mercado-alvo. Mas de que forma?

Tudo pode dar certo se você tem a tese do investidor; isto é, se fez o estudo estratégico do perfil do grupo, sabe em quais startups já investiu, e consegue capturar a atenção apresentando uma solução para um problema existente e quais as maneiras de resolvê-lo.

Os modelos de investimento são variados. No equity crowdfunding, as startups podem oferecer participação societária em troca de investimento proveniente de diversos investidores. Já no CVC – Corporate Venture Capital -, as corporações fazem os aportes de capital nos negócios de inovação, mirando fechar gargalos que não conseguem cobrir sozinhas.

No Brasil, por meio do CVC, foram realizados aportes de R$ 10 bilhões em startups e, no mundo, a modalidade cresceu 142% em relação a 2020, chegando ao recorde de US$ 169 bilhões investidos no total, de acordo com o State of CVC, da CB Insights, plataforma de análise de negócios e banco de dados global. A expectativa é que os recursos continuem a subir este ano no Brasil, que, no entanto, ainda está distante da abundância norte-americana nesse tipo de investimento.

Nesse cenário de enorme possibilidade de expansão, o ponto-chave é suscitar o interesse dos investidores, porque hoje, até mais importante que o tempo, a atenção é a moeda mais valiosa.
Antes de optar por determinada empresa, o investidor irá analisar minuciosamente a situação financeira da startup, documentação, time, clientes listados na carteira e os leads – clientes em potencial -, proposta de valor, estratégia de marketing, posicionamento, características e diferenciais do produto/serviço no mercado.

Nesse tocante, será levado em consideração se as ideias são ambiciosas o suficiente (com um tamanho de mercado bem relevante), inovadoras de fato e com sólida base tecnológica. Ainda, também será levado em conta o potencial de escalabilidade do negócio. E, para tal, será necessário que a startup seja capaz não só de solucionar problemas do público-alvo mas também de atrair novos consumidores no médio prazo. Por fim, para responder a todas essas questões com objetividade e segurança será preciso ter o mapa/estudo da concorrência do seu mercado.

Acima tratamos apenas sobre fatores objetivos e externos, mas há que se falar e pensar também em pontos mais subjetivos e internos do negócio. Um dos pontos cruciais que nós, empreendedoras e empreendedores, devemos cultivar sempre é a “sede” de curiosidade. Sabe, aquele bom hábito de pesquisar informações, ler conteúdos variados, científicos e válidos que envolvem o setor, inclusive no contexto internacional?! Então, é bem por aí! Essa postura nos leva adiante e pode ser um eficiente alicerce para alavancar vendas, gerar produtos, serviços e, portanto, futuras fontes de lucros.

Adentrando mais no negócio, o foco também deve estar direcionado à gestão de pessoas, campo delicado e crucial para manter o core da empresa funcionando! É a boa vontade de ensinar e aprender com o time, manter talentos e a inspiração.

E, por último, mas não menos importante, as lições de casa da gestão financeira precisam estar em dia. Verificar o fluxo de caixa, conversar com os profissionais da contabilidade, sanar dúvidas e prezar pela transparência são atitudes que só trarão ainda mais confiança ao ambiente de negócios.

Com todos os passos acima executados, com certeza as chances de atrair investimentos aumentam consideravelmente. E, além de tudo, o seu negócio também se beneficiará com todos esses pontos. Você vai apreciar o retorno, com certeza!